quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

MERECIDAMENTE, FLUMINENSE!

Dizer que um campeão por pontos corridos depois de 38 rodadas é merecido soa quase que evidente, para dizer o mínimo. Foi assim desde que a fórmula foi implantada, lá em 2003, com o Cruzeiro de um então vitorioso e ambicioso Luxemburgo, o primeiro campeão desta nova era. Foi assim também em 2010 com o Fluminense de Muricy Ramalho, a equipe que por mais rodadas esteve na ponta deste Brasileiro. Ainda que aqui, tenhamos a infeliz distorção das já famosas entregadas na reta final. Simplesmente por sermos brasileiros.

Pequenezas à parte, costuma-se dizer também que o campeonato de pontos corridos premia a fórmula da regularidade. Sendo assim, o Brasileirão deste ano foi tão parelho que até na irregularidade de Corinthians, de Fluminense e de Cruzeiro, os três foram quase que regularmente iguais.

Todavia, melhor para o Fluminense de Muricy Ramalho que passou por sua fase ruim um pouco antes das de Corinthians e Cruzeiro, pela ordem. E saiu fortalecido no momento certo para buscar seu Bi. E também com o futebol mais consistente, sem quedas absurdas de produção. Coisas da qual só um Muricy Ramalho - e também um Mano Menezes, diga-se - são capazes de introduzir em equipes brasileiras.

Campeão Fluminense de Muricy Ramalho, sem dúvidas o grande nome da conquista tricolor. Fluminense também de Conca, o grande craque da competição, que jogou todas as partidas em bom nível, chegando a ser brilhante em algumas delas. E que jogou todas para todos, torcedores e time, mesmo diante de um calendário humanamente irracional.

Fluminense dos milhões insanos de Celso Barros, que não se cansa de 'investir' no seu clube de coração. E que, mesmo depois de tantos anos relegados mas nem assim capaz de demovê-lo, só agora foi premiado com um merecido título que lhe trará retorno. Loucuras das quais só mesmo o futebol é capaz de produzir.

Fluminense de ninguém menos do que Nelson Rodrigues. Do genial Nelson Rodrigues. O mesmo que certa vez sacramentou que no futebol aprende-se na vitória, no empate e na derrota. E como as doloridas derrotas de anos passados ensinaram a este renascido Fluminense. Merecidamente, Fluminense. Bicampeão brasileiro.

Ao Corinthians, não resta do quê reclamar. A não ser pela série de sete jogos sem vitórias, ainda sob o comando de Adilson Batista. De 21 pontos possíveis, o clube de Parque São Jorge somou três. Desnecessário dizer a imensa falta que os outros 18 fizeram. Ao Cruzeiro, muito menos. Sequer de arbitragem.

Agora é esperar por 2011. Ainda que torcedores de Goiás e Inter tenham um longo ano pela frente. No caso goiano, o ano resume-se aos 90 minutos de hoje no caldeirão de Avellaneda. Já no caso Colorado, serão os dois jogos para sagrar-se bimundial. E, aí sim, dizer que o ano foi mesmo deles, os gaúchos, embora já tenha tido grande parte dele com a conquista da América.

Mas voltando - ou adiantando-se - a 2011, oremos. Oremos por um calendário humano, por dirigentes racionais, por uma tabela que não deixe a desejar no fim do Brasileiro, por um STJD menos risível, por uma melhora de arbitragem e, por fim, pelo fim da violência nos estádios.

É ter fé demais, eu sei. Até porque ao que tudo indica, continuaremos orando por um bom tempo em terras tupiniquins. Mas não custa tentar. E orar.

AVISO AOS NAVEGANTES!

Pessoal, fiquem tranquilos que vai ter post falando sobre o merecido bicampeonato do Tricolor das Laranjeiras. Obviamente.
O blogueiro esteve em Minas no fim de semana, uma viagem pra lá de cansativa e, para piorar, está fechando uma edição especial de fim de ano para o jornal no qual trabalha. Além de tudo, a de número 100, que terá uma série de inovações editoriais.
É isso.
Grato pela compreensão.
OBS: Podem antecipar comentários aqui mesmo, neste espaço. Até amanhã o post sai.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

UM TRATO DE BRILHO PARA O BI! SERÁ?!?!?!

Crédito: Mário Alberto/ Lance!

EM TEMPO: A quantia ainda nem foi oferecida de forma concreta, mas jornais paulistas já especulam que o valor da suposta mala branca será de R$ 2,5 milhões ao Guarani. Isso da parte alvinegra porque é bem provável que tenhamos duas malas azuis voando no fim de semana também, uma para o Rio e outra para Goiânia.

Dinheiro em jogo haverá, até porque a premiação para o primeiro colocado cobre isso. Resta saber se teremos futebol da parte bugrina para segurar o esquadrão tricolor de Muricy Ramalho. Aí sim as coisas se complicam.

Palpite numa hora dessas?!? Só arrisco dizer que tudo passará, principalmente, pelo quê ocorrer na primeira etapa no Engenhão. É possível, embora improvável. Mais respostas no domingo à noite.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

REFLEXOS DE UMA SOCIEDADE VIRA-LATA

Entrega, palavra da moda. Ano após ano no país do futebol.

Alternam-se os nomes, os envolvidos, o local da peleja, mas o sentimento é sempre o mesmo. Nada muda. Infelizmente, a vida como ela é.

Nos últimos dias, mudamos até o nome da já enraizada entregada em terras tupiniquins. Conviu-se por chamá-la de desinteresse. É menos frustante e mais subjetivo.

É verdade também que aqui as rivalidades regionais ultrapassam a ética desportiva. Anomalia já identificada no Brasileiro.

Também não podemos jogar fora tudo o quê de bom foi feito. O Brasileiro de pontos corridos não é o vilão da história, mas sim a vítima. Distorcido por um desvio de caráter, algo tão natural em nossa sociedade.

Aqui temos ao menos 13 clubes com rivalidades que ultrapassam a beira do campo. Ano que vem com o retorno do Coritiba serão 14. Na Europa não. O Velho Continente possui alguns poucos e parcos clubes em condições de disputa de título nacionais. É assim na Itália, na Inglaterra, na Alemanha e ainda mais na Espanha e na França. Diante disso, algo deve ser repensado.

O que vivemos e continuaremos vivendo é o reflexo nu e cru de uma sociedade execrada pela amoralidade. Ou pela imoralidade. Não importam os valores éticos, desportivos, tampouco os de carateres. Princípios são coisa do passado. Atualmente os valores andam tão invertidos que a derrota é considerada vitória.

Ano após ano. Foi assim em 2007, 2008, em 2009 e está sendo assim em 2010. Será assim também em 2011. Seja na política, na questão social ou no futebol. Nossos valores foram surrupiados. E sequer nos queixamos disso.

Hoje eu sinto vergonha. Pelos outros e por mim. Sinto vergonha de ver torcedores indo a um jogo de futebol para comemorar em êxtase a derrota do próprio time.

Só se fala disso nas ruas. Mas nada disso importa. Importante mesmo é se dar bem. Não importa a que valor isso seja. Nem o quanto isso custará.

Este blogueiro, mesmo sendo alvinegro, já se viu torcendo por um título brasileiro do Palmeiras que não veio e também torceu a favor dos Meninos da Vila no começo do ano. Porque admirava a beleza que viu com seus próprios olhos ser produzida por uma geração que deve ficar marcada por trazer de volta a essência de nosso futebol. E também porque acreditava que os palmeirenses, tão sofridos que andam, mereciam melhor sorte depois de uma década de amargura. E também pelo investimento feito.

Este blogueiro também não ficará triste quando a iminência do título brasileiro do Fluminense vir a acontecer. Pelo contrário. Sentirá-se alegre pelo retorno triunfal de um clube que merece estar no posto que chegou. Assim como também torceu pelo sucesso argentino em terras africanas porque se reconhece na aguerrida história albiceleste.

O que me entristece é a deterioração de valores. Este blogueiro, hoje mais do que nunca, sente vergonha por - lá no fundo - ter gostado da entregada alvinegra ano passado diante do Flamengo. Ainda mais porque assistiu ao lado de um parente que demonstrava toda sua indignação quanto ao que estava vendo no Brinco de Ouro. Fim dos tempos.

Revolta-me saber que os 300 picaretas de Brasília querem aumentar em quase 100% seus próprios salários e quase ninguém se indigna. Farão isso sorrateiramente, na calada da noite e sob nossos olhos incólumes, embora cerrados.

Nós precisamos de um choque de moral.

Também tenho meus pecados. E não são poucos. Mas isso não me tira o direito de indignar-me. De apontar caminhos melhores.

Eu sou de outros tempos. Eu sonho com outros tempos. Eu sonho em poder ver as torcidas de Palmeiras e Corinthians chegando juntas, lado a lado, durante um ensolarado dérbi de domingo no Pacaembu.

Eu sonho com dias melhores, conceitos melhores. Eu sonho com uma sociedade justa e igualitária. Eu sonho com o dia no qual não mais teremos que ouvir discursos demagogos e hipócritas, como andamos ouvindo por esses dias.

Eu sonho ainda mais com o dia no qual o conceito de desportividade seja realmente colocado em prática. Eu sonho também com o dia no qual valores democráticos estejam acima dos interesses pessoais.

É frustrante sonhar com algo tão utópico, eu sei. Mas mais frustante ainda é ver como os valores estão distorcidos.

É sonhar demais eu sei. Mas não custa continuar sonhando. E apontando.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PRECISO ME ENCONTRAR!

Triste sina, Palmeiras. Eliminado em casa por um fraco Goiás já rebaixado no Brasileiro. Pior, precisando apenas de um empate. Só não se pode colocar a palavra inacreditável porque a história novamente se repete, Palmeiras. Sempre com você, Palmeiras.

Mas verdade seja dita, um time apático, limitado, fraco tecnicamente, sem peças de reposição, sem laterais e com apenas um único atacante que se preze, está sujeito a passar pelo quê houve ontem.

Foi como este blogueiro havia dito no começo do mês. Felipão e seu elenco sabiam que a recuperação das glórias alviverdes passavam diretamente pela conquista de uma taça que recuperasse sua auto-estima. O caminho viável era a Sul-Americana.

Agora não mais. A recuperação terá de passar por um tratamento psicológico primeiro. De choque, provavelmente.

Rir pra não chorar.

A década que se inicia começa do mesmo jeito que terminou a passada, sem títulos. Em 11 anos, apenas uma conquista, o Paulista de 2008. É pouco, muito pouco para quem acostumou-se a ser grande.

E pior, os prenúncios que sopram pelos lado do Palestra são os piores possíveis. Orçamentos modestos, contas a pagar, categoria de base falida, problemas políticos e, principalmente, falta de dinheiro. Não se sabe até quando o grupo de Eternos Palestrinos continuará investindo dinheiro sem vislumbrar retorno. Toda a situação é crítica.

A Traffic já retirou quase todo seu investimento deixado no clube. E com enorme prejuízo, diga-se. Mesmo com as vendas de Henrique e Keirrison, a soma delas não chegam nem perto daquilo que um dia foi investido.

A situação é preocupante sob vários aspectos. Não há alento verde num horizonte próximo.

Em onze anos, nada menos do que 28 técnicos já dirigiram a equipe. Isso mesmo, 28. Nomes de grife e da estirpe de um Muricy Ramalho, Levir Culpi, Vanderlei Luxemburgo - quando ainda era considerado top, Emerson Leão, Candinho e agora Felipão. Mas os resultados foram sempre os mesmos, vexame. De diversas formas e maneiras.

A maldição começou lá atrás, com a queda em pleno Morumbi diante do Boca Juniors na final da Libertadores de 2000 e com uma derrota de virada impressionante e, nesse caso, até hoje inacreditável para o Vasco no Parque Antártica na final da extinta Copa Mercosul.

A partir daí, sucessivos fracassos. Em 2002, a dor da queda para a série B. Desclassificações desmoralizantes na Copa do Brasil e no Paulista. No Brasileiro, o clube se acostumou a ser figurante. Isso quando não brigou por nova queda. Em 2007, uma derrota em casa para um fraco Atlético-MG tiraria o clube da Libertadores do ano seguinte. Ano passado o fracasso foi ainda maior na reta final do Brasileiro.

Não se sabe quanto mais poderá aguentar o torcedor alviverde.

Ao menos de uma coisa os palmeirenses podem se gabar - o adjetivo sofrimento foi roubado dos arquirrivais corintianos. Triste fado, Palmeiras. Sabe-se lá até quando.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A PRIMEIRA DAS QUATRO ÚLTIMAS

Nove jogos, nove decisões particulares para pelo menos uma das equipes que entram em campo neste sábado e domingo. Em alguns casos, as decisões ganham ares de final, com as duas equipes precisando da vitória a qualquer custo para continuar sonhando com algo. Seja com a permanência na série A, na briga pela quarta vaga condicionada ou - aquilo que mais importa - pelo título da competição. Mas se querem palpites, vamos ao motivo pelo qual estão aqui.

Santos x Grêmio - Este blogueiro crê na vitória gaúcha, embora um empate na Vila também dê sinais de que aconteça. Até porque o time santista não quer terminar o ano em baixa.

Corinthians x Cruzeiro - Do duelo mais interessante da rodada, cai um candidato ao título. Desde que a vitória alvinegra aconteça, como crê o palpitador de plantão.

Atlético-MG x Flamengo - Dá Galo. Para desespero rubro-negro. Mas não, o Flamengo não cai. Nem mesmo os mineiros.

Fluminense x Goiás - Vitória carioca. Mas com cheiro de apertada.

Inter x Avaí - Com titulares ou reservas, com cabeça no Mundial ou no Brasileiro, dá Colorado. O que praticamente selará a degola catarinense, a exemplo do resultado no Engenhão que também colocará os goianos na série B em 2011.

Guarani x Vitória - Empate no Brinco. Para aumentar o suspense de quem fica com a quarta vaga malquista. Mas sobra espaço também para um pitaco em favor dos campineiros. Quem sabe a vitória do Bugre reapareça depois de oito rodadas.

Atlético-GO x Palmeiras - Vitória goiana. Fundamental na luta contra a degola.

Vasco x São Paulo - Dá São Paulo. Para aumentar o suspense da próxima rodada.

Atlético-PR x Grêmio Prudente - Barbada paranaense. E a primeira degola matemática do Brasileiro sendo sacramentada.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

QUE A DUREZA DO PRÉLIO NÃO TARDE, PALMEIRAS!

Não foi lá uma apresentação que empolgasse, contagiasse ou algo que o valha. Mas em tempos de vacas magras, o que importa é passar, avançar, ganhar. Passos fundamentais para retomar a confiança de jogadores e torcedores.

Felipão sabe mais do que ninguém disso. E tem incorporado e projetado esse espírito no elenco. O outrosa vitorioso treinador sabe que a recuperação de suas glórias e as do Palestra passam diretamente pela conquista de uma taça que recupere sua auto-estima. E, claro, pelo fato de que isso acabará com a seca de títulos de ambos.

O torcedor alviverde embarcou na ideia e a comprou de corpo e alma. O festivo e lotado Pacaembu que se viu na noite de ontem foi a prova disso.

Mas como nem tudo são flores, a questão não é tão simples assim. Hoje o Palmeiras conta com um bom goleiro, um ótimo zagueiro, um veterano que tem mostrado-se excepcional e resolvido tudo, dois bons meias que não conseguem render o que podem e um excelente atacante que joga só e isolado pelo esquema de seu técnico. É pouco, muito pouco. Mas, em contrapartida, dá para ganhar uma Sul-Americana. Até pelo peso da camisa verde e pela fragilidade do adversário que se avizinha na semifinal.

Não é nenhum torneio classe A também é verdade. Mas ganhou um plus com a garantia de vaga na Libertadores. É a competição ideal ao Palmeiras neste momento. A classificação de ontem, diante de um Atlético combalido e na condição de franco-atirador, serve para dar nova esperança ao torcedor palmeirense.

Levantar um trófeu é o presente de Natal preferido e pedido por 11 entre 10 palmeirenses. Mas cuidado, Felipão. Praticar o QuitoBol, na provável final da competição com a equatoriana LDU, é tarefa para poucos. O Fluminense que o diga.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AS CONDICIONANTES DO TÍTULO ALVINEGRO

Dizer que o pentacampeonato alvinegro voltou a ser possível após os últimos e convicentes resultados é redundar no evidente. A tabela e o futebol maduro não deixam dúvidas a ninguém em sã consciência. Mas a conquista corintiana esbarra também em uma série de fatores a serem considerados.

O primeiro e mais óbvio deles passa diretamente pelas vitórias sobre Cruzeiro e Vitória, pela ordem. Depois, em menor grau de dificuldade, por triunfos também sobre Vasco e Goiás. Quatro jogos e doze pontos somados, o que tiraria a pedra mineira do caminho.

Mas aí vem a segunda parte, que soa como a mais espinhosa delas, o Fluminense terá de perder pontos. Tal cenário seria não só possível, como também provável, desde que São Paulo e Palmeiras, os dois jogos mais difíceis do time carioca e ambos fora, estivessem disputando algo. Fato que não condiz com a atual conjuntura dos dois na tabela.

E aí entra a delicada questão que vem se repetindo nos últimos anos, jogar para valer ou aquilo que se conviu chamar de desinteresse entrará em cena para prejudicar o grande rival dos dois clubes no ano de seu centenário? Anomalia de reta final dos pontos corridos em um país no qual as rivalidades regionais ultrapassam a ética desportiva.

Nesse caso a ordem se inverte e isso torna-se não só possível, como até mesmo provável no caso são-paulino. Tanto pela questão da rivalidade entre os dois clubes que se acirrou de tal maneira e em graus extremamente elevados nas duas últimas décadas, e ainda mais depois do boicote de Ricardo Teixeira ao Morumbi para a Copa de 2014, em detrimento do grande sonho da arena própria à sua altura que o alvinegro se vê prestes a realizar.

O alento corintiano pode vir com uma combinação de resultados. O primeiro deles terá de vir na quarta-feira com uma vitória cearense em cima do Botafogo no Castelão, algo possível. No sábado, o Santos terá de bater o Grêmio, algo nem tão possível assim, para manter acesa a brasa pelo sonho do G4 tricolor. E para completar a trinca favorável em apenas uma rodada, a equipe de Carpegiani terá de bater o Vasco em São Januário no domingo. Aí sim, pode ser que venha a haver jogo, ainda que a contragosto da grande maioria de sua torcida que já lançou até campanha na internet para que a partida seja entregue.

Já no caso palmeirense, este blogueiro tem uma visão diferente. E passa diretamente pela classificação ou não à Copa Sul-Americana diante do Atlético-MG, nesta quarta. Em caso de avanço, Felipão colocará seus reservas no duelo ante os cariocas, o que chega a ser absolutamente aceitável. O que, por sua vez, não se possa cravar que os jogadores que estarão em campo mostrarão desinteresse pela partida. Creio até mesmo no contrário.

Enfim, o cenário que se desenha é esse. Talvez o mesmo me desminta, o que seria louvável para o bem dos pontos corridos, que todo fim de ano se vê nessa encruzilhada. Talvez o Corinthians sequer chegue perto dos doze pontos sonhados, também é verdade. O certo, dentre tantas dúvidas, é que quem viver, conferirá. Mas duvido que alguém pague com convicção apostando em uma visão contrária.

domingo, 7 de novembro de 2010

TIMÃO SOBERANO NO MAJESTOSO!

Na raça e no coração, segundo Ronaldo. Mas principalmente, e ainda mais que isso, na base da confiança, da inteligência e dos números favoráveis. E no talento de Dentinho, de Elias e de Jucilei. Assim pode ser sacramentada a vitória corintiana no Majestoso que fechava os clássicos paulistas no ano. Vitória com soberania descabida até.

Time por time, o Corinthians de Tite é melhor que o São Paulo de Carpegiani. Sistemas defensivos equilibrados - o São Paulo possui miolo levemente melhor e laterais piores -, mas com ataque e meio-campo pendendo claramente ao lado alvinegro. Ronaldo, mesmo fora de forma, e Ricardo Oliveira hoje se equivalem. Mas entre Dentinho e Dagoberto a diferença é nítida. E ficou ainda mais clara na tarde de hoje. Já no meio, a diferença entre as duas equipes também foi evidente e até abismal.

O duelo opunha também uma rivalidade que há tempos ultrapassou a beira do gramado. Polêmicas extra-campo, brigas políticas nos bastidores, guerra aberta e declarada pelo direito de sediar a abertura da Copa.

Além de tudo, tinha um tabu de quase quatro anos sem vitória são-paulina diante de seu maior rival no meio do caminho. O Morumbi fervia com mais de 40 mil pagantes, a esmagadora maioria dos donos da casa. Eufóricos com a possibilidade de vitória.

Era a chance que o torcedor tricolor sonhava para acabar com o centenário alvinegro. O direito de poder gozar, de libertar-se do estigma de cliente preferencial, além de sentir-se parte de qualquer eventual fracasso que a perda do título brasileiro possa vir a trazer. Fora todo esse peso, o São Paulo jogava para continuar sonhando com Libertadores. Agora não mais.

Antes do confronto, jogadores tricolores alimentaram ainda mais o peso do clássico com declarações apimentadas, provocações. Maduro, mais leve e experiente, o grupo corintiano não quis responder. Sabia que as respostas seriam dadas dentro de campo. E elas viriam da melhor maneira possível, com mais uma vitória em cima do rival que tem sido atormentado pelo clube de Parque São Jorge.

Até por jogar fora de casa e contra um São Paulo empenhadíssimo em acabar com as pretensões de seu grande arquirrival, além de um incômodo jejum de vitórias, a equipe de Tite consagrou na tarde de hoje a certeza de que lutará até o fim pelo quinto título brasileiro.

Senhor dos clássicos paulistas no ano com sete vitórias e apenas um empate e uma derrota, o Corinthians fez por merecer o resultado. Foi mais time, mais letal, mais frio, mais consistente. Foi fatal. De quebra, pode vangloriar-se de ter batido com folga nos números todos os seus maiores rivais no ano.

Já o São Paulo de Carpegiani não sabe mais qual caminho trilhar. Derrotar o Fluminense daqui duas rodadas pode significar o coroamento do título alvinegro. Entregar o jogo e enterrar de vez as chances de Libertadores significará um rombo ao qual os cofres do clube não está acostumado nos últimos anos. Durma-se com um barulho desses.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

BRASILEIRÃO - POUCA COISA MUDOU!

Quase nada mudou na 32ª rodada. Quem brigava pelo título, continua brigando. Quem luta para não cair, continua lutando. A exceção fica por parte do Botafogo, o maior beneficiado da rodada, que bateu o aguerrido Atlético em Minas e chegou aos 51 pontos, sonhando cada vez mais firme e forte com Libertadores. Rodada favorável também ao líder Fluminense que bateu o Grêmio com atuação de gala de Conca, ainda que sob protestos legítimos dos gaúchos sobre desastrosa a arbitragem do Engenhão.

PITACOS DA RODADA

Santos x Vitória - Embora a cada rodada com menos chances de título, o time santista conquista três pontos em casa hoje. Para desespero dos baianos que, por sinal, podem e devem endurecer na Vila.

Botafogo x Atlético-GO - Apesar de ser considerado um duelo de opostos na tabela, o time carioca não deve ter vida fácil no Engenhão. Mesmo assim, vitória carioca.

Guarani x Atlético-MG - Outro duelo direto da noite, o de sobrevivência na série A. Apesar de mandante, o time campineiro não é favorito no confronto. Um empate ao Bugre não é de todo ruim. E também há grande possibilidade de que ele aconteça no Brinco de Ouro.

Inter x Fluminense - O time gaúcho anda devendo uma apresentação convincente há tempos. Nada melhor do que encarar o líder da competição para devolver a moral e a confiança antes daquilo que lhe interessa, o Mundial de Clubes. Por tudo isso, o jogo de hoje será encarado como decisão no Beira-Rio. Vitória colorada.

Goiás x Grêmio - Vitória gaúcha. E segunda divisão sendo anunciada aos esmeraldinos goianos.

Cruzeiro x São Paulo - O time paulista joga suas últimas cartadas em busca da Libertadores 2011. Já os mineiros duelam para seguir vivos em busca do título. Neste, que tem tudo para ser o jogo mais interessante da rodada, o placar antecipado soa como o mais incógnito dentre todos os de hoje à noite. Para ficar no meio-termo e diante do equilíbrio que promete ter o confronto, empate no Parque do Sabiá.

Ceará x Flamengo - Empate no Castelão. O que não deixa de ser conveniente para ambos.

Corinthians x Avaí - Vitória paulista. Crucial para manter as chances de título. E com gol(s) de Ronaldo.

Vasco x Prudente - Três pontos obrigatórios aos cariocas.

Atlético-PR x Palmeiras - Empate com ares de melancolia aos dois clubes na Arena da Baixada.

AVISO AOS NAVEGANTES!

Caros, o blogueiro já concluiu sua mudança. Falta só a net ser estabelecida na nova casa, razões pelas quais o blog andou ficando de lado nos últimos dias.
Mas retomarei hoje com novidades, logo mais.
Abraços a todos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

IGUALDADE JUSTA NO ENGENHÃO!

Nem lá, nem cá. Nem bom, nem ruim. O Corinthians, em mais uma decisão de reta final do Brasileiro, foi até o Rio enfrentar o Flamengo invicto de Luxemburgo e voltou com um só ponto na bagagem. Diante da gangorra que foi a partida, o resultado de ontem fica no meio-termo. Poderia ter sido três, poderia ter sido nenhum.

Na primeira etapa, o Corinthians funcionou bem. Marcava com disposição e controlava o jogo como queria. O Flamengo, mesmo com três atacantes, pouco assustava. Faltava apenas contundência para o time paulista chegar ao gol de Marcelo Lomba. Em uma delas, Ralf deu arrancada espetacular do campo alvinegro, passou lotado pelos marcadores rubro-negros, tocou para Ronaldo e recebeu novamente na frente, cara a cara com o goleiro carioca. Na finalização faltou a frieza de atacante e a bola saiu em cima de Lomba que desviou para escanteio.

Se faltou frieza para Ralf, isso é qualidade que sobra para Ronaldo. Aos 30 minutos, Bruno César recebeu bola na entrada da área entre três marcadores e fez passe preciso e precioso para o atacante. Livre, o Fenômeno recebeu e exibiu a categoria e a frieza de sempre. Bola colocada no canto, fora do alcance de Lomba e comemoração do lado paulista.

No segundo tempo, a ordem do jogo se inverteu. O time de Tite dava espaços de sobra aos cariocas e o Flamengo jogava melhor. O gramado do Engenhão lembrava o do Maracanã tamanho os vazios no campo, principalmente na ligação entre ataque e meio-campo alvinegros.
E para desespero dos paulistas, o Fla empatou com Diogo logo aos dois minutos, após jogada ensaiada em cobrança de escanteio. A partir daí, o jogo ficou aberto. E melhorou.

As duas equipes buscavam a vitória. Pelo lado paulista, Julio César salvava quando exigido. Já os donos da casa foram salvos pelo poste, em cobrança de falta batida por Bruno César. E a partida seguia em ritmo alucinante. No fim, os dois times davam sinais de cansaço, muito em razão da movimentação que teve o jogo.

E foi só. Um ponto somado para ambos. Melhor para o Flamengo que afasta-se rodada a rodada da zona de rebaixamento, pior para o Corinthians que não pôde dormir na liderança provisória. O alento alvinegro pode vir com uma vitória gremista ante o líder Fluminense na noite de hoje.

EMPATE TAMBÉM PELA SUL-AMERICANA
Galo e Palmeiras ficaram apenas no empate por 1 a 1, na partida de ida das quarta da Sul-Americana. Igualdade favorável aos paulistas que jogam em casa no jogo de volta. E ainda saem com motivos justos de reclamação sobre a confusa e criminosa arbitragem na Arena do Jacaré.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BRASILEIRÃO 2010; ALGUMAS PARCAS CERTEZAS E MUITAS DÚVIDAS

Se há uma certeza neste Brasileiro é a de que ele chega à reta final com ares de indefinição total, embora soe mais como uma indefinição definida. Isso porque a briga pela ponta não escapará da tríade Fluminense, Cruzeiro e Corinthians. Algo que este blogueiro vem dizendo já há um bom tempo, aliás. Santos e Inter tiveram a oportunidade para chegar, mas empacaram de maneira quase definitiva.

Para se ter uma ideia, ano passado - quando a competição deu guinada surpreendente e o Flamengo terminou como campeão, a diferença do líder Palmeiras para o clube que terminaria com a faixa era de apenas três pontos na 31ª rodada. No meio do bolo havia ainda Atlético-MG, Internacional e São Paulo, pela ordem. Inter e Santos estão a seis pontos dos líderes, com apenas 21 a serem disputados. Só mesmo uma hecatombe para mudar esse cenário.

ANALISANDO A TABELA
Rodada a rodada, a tabela mostra-se favorável ao time mineiro. Dos sete jogos restantes, a equipe celeste terá três jogos difíceis, dois deles decisivos. Um contra o São Paulo ainda vislumbrando chances de Libertadores e outro naquele que poderá vir a ser a decisão do campeonato, contra o Corinthians no Pacaembu.

O Flamengo, no Rio, completa a lista de jogos-chaves dos mineiros. Fora isso, talvez só o Vitória no Barradão ofereça perigo, já que Prudente e Vasco têm de ser computados como três pontos obrigatórios, além do Palmeiras, no jogo derradeiro e certamente com o time paulista jogando mais interessado em favorecer os mineiros e, de quebra, prejudicar seu arquirrival. Problema crônico de reta final dos pontos corridos.

Já a lista de jogos do clube paulista também aponta para três decisões, coincidentemente envolvendo os mesmos São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, a exemplo do clube mineiro. Avaí e Vasco, em casa, traz em si a obrigação de vitória. Fechando a série alvinegra, dois jogos delicados, Vitória e Goiás, ambos como visitante. Sabe-se lá como estarão os dois desesperados a essa altura do campeonato.

E por fim os cariocas tricolores. Neste momento, o Flu tem uma sequência difícil pela frente - Grêmio, Internacional fora, além do clássico contra o Vasco. Depois um jogo delicado contra o Goiás, ainda que em casa, e outros dois fora contra São Paulo e Palmeiras. Felipão já deu todas as dicas de que deve abandonar o Brasileiro. Resta então saber se o clube de Carpegiani estará com chances de Libertadores até lá, faltando três rodadas para acabar a competição. Caso contrário, Juvenal Juvêncio dobrará o bicho aos seus jogadores em caso de derrota. Fechando a série, jogo de três pontos obrigatórios contra o Guarani, em casa.

O panorama é esse. Sete jogos, 21 pontos e sete decisões. Em jogo, o direito de sagrar-se campeão do nacional mais disputado do planeta. Projeções, meras projeções. Mas que dizem muito.

CORINTHIANS GRANDE! E VIVO!

Um dérbi no detalhe. Mas não um detalhe mínimo, e sim um que quantifica, o da qualidade. Qualidade que vinha do compacto meio-campo alvinegro, superior ao apenas esforçado palmeirense.

Compacto porque tinha Ralf de volta ao lado de Jucilei e de Elias - este mais como meia -, e os três correndo como se fossem cinco. Além de Bruno César, centralizado e ao mesmo tempo solto pelos dois lados do campo. E decisivo, como vinha sendo até a fase ruim chegar. O Corinthians, reorganizado e reforçado, é mais time que o rival. Felipão sabia disso. E Tite também.

Ciente de seus problemas técnicos, juntamente com os desfalques, Felipão armou o Palmeiras preparado para se defender primeiro e quem sabe, na bola parada, na aérea ou na velocidade de Kléber, contragolpear. Mas oferecia-se muito pouco para vencer. Felipão queria o empate, ainda mais porque sabe da dificuldade que terá para superar o Grêmio e obter a quarta vaga - condicionada - e das cobranças que só um dérbi proporciona.

O Corinthians não vencia há sete jogos. O Palmeiras não perdia há nove. Mas um dérbi tem poder de transferência de pressão como nenhum outro jogo tem para os dois clubes. A derrota palmeirense está dolorida para seu torcedor hoje. A vitória corintiana injeta ânimo novo, passa moral e esperança para o Parque São Jorge, novamente em dias de calmaria. Ainda mais depois da rodada que se vestiu de preta e branca no fim de semana.

Era a retomada que o Corinthians precisava. Na hora certa e no jogo certo. Como num passe de mágica, a pressão se inverte. Capaz de ser tão clara assim como foi a irritação demonstrada por Felipão em sua coletiva presunçosa pós-jogo. Efeitos de um dérbi que ganhou manchetes e valorização como há tempos não se via.

Depois de sete rodadas e dezoito pontos desperdiçados, o corintiano pôde finalmente dormir tranquilo. O sonho do título no ano do centenário está de volta. O Penta está vivo, vivíssimo aliás. Que venha o Flamengo de Luxemburgo agora. Ao Palmeiras, o foco de agora em diante passa a ser a Sul-Americana.

sábado, 23 de outubro de 2010

INCOMPARÁVEL, PELÉ!



Isto é Pelé. Sem mais. E tudo o que mais for dito será apenas lugar-comum.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UM DÉRBI ENTRE O BEM E O MAL

Um clássico divisor de águas. Ou até mais do que isso. Uma partida que opõe perspectivas versus realidade. Um jogo que certamente definirá o futuro de ambos no Brasileiro.

Corinthians e Palmeiras representa mais que um simples jogo. Os efeitos de um dérbi vão além disso. Muito além da tabela de classificação e dos meros três pontos. Tudo isso, todos esses ingredientes, estarão em campo na tarde de domingo no Pacaembu.

Uma vitória alvinegra e o Corinthians, agora de Tite, retoma a luta pelo título. Uma derrota representará o pior centenário possível ao corintiano já que o risco de se ver fora da Libertadores ficará evidente. E iminente. Já o Palmeiras de Felipão, por sua vez, também decidirá seu rumo no domingo, embora jogue como franco-atirador. Vitória alviverde e o G-3 ficará possível e palpável. Por outro lado, a derrota significará esquecer o Brasileiro e foco total na Sul-Americana. Com o perdão do apelo, será matar ou morrer.

Peguemos como exemplo dois clássicos recentes entre as duas equipes. Os dois ocorridos no Paulista. Em 2008, o Corinthians de Mano Menezes ainda estava sendo montado, mas vinha em um bom momento na tabela de classificação e tinha tudo para figurar entre os quatro primeiros. De quebra, estava quatro pontos à frente de seu arquirrival. Uma derrota deixaria o Palmeiras de Luxemburgo em situação complicadíssima e, por outro lado, praticamente garantiria a classificação alvinegra à próxima fase da competição.

Mas Valdívia tratou de sacramentar os três pontos para o Palestra, em vitória por 1 a 0 em um domingo abarrotado com mais de 50 mil pessoas no Morumbi. O Palmeiras não perdeu mais na primeira fase e depois desse jogo caminhou com sobras para conquistar o título paulista. Já o Corinthians teve destino inverso e sequer chegou às semifinais. A derrocada alvinegra na competição começou ali, naqueles revés amargo em tarde ensolarada de domingo.

O outro dérbi em questão ocorreu ano passado. E desse, todos os alvinegros se lembram. O Corinthians de Mano Menezes estava de volta à elite do Brasileiro, mas ainda existia uma névoa de desconfiança em relação à qualidade de seus jogadores. Ronaldo, a grande contratação do futebol brasileiro, ainda não havia jogado de fato. Tinha disputado apenas uns minutos em jogo pela Copa do Brasil contra o modesto Itumbiara, quatro dias antes do grande clássico. Sua falta de mobilidade em campo e a aparente má forma física chamaram a atenção. Para muitos, o fenômeno estava liquidado para o futebol. Era apenas uma jogada de marketing da diretoria alvinegra. Seria um total fracasso no futebol brasileiro alardeavam os pessimistas.

E, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, sob um sol escaldante em Presidente Prudente, lá foi o maior artilheiro das Copas entrar em campo com a camisa alvinegra. E ali, naquele 8 de março de 2009, Ronaldo reescreveria novamente sua história renascendo mais uma vez para o futebol.

O resto da história todos sabem. Muitos dizem que o Corinthians só ganhou confiança depois de ganhar as duas partidas das semifinais contra o São Paulo. Pode até ser. Mas no caso de Ronaldo, a retomada de sua confiança começou ali, naquela partida épica e naquele alambrado do Prudentão. Afinal, e modéstia à parte, no momento do gol o ídolo alvinegro beira à perfeição. Quanto ao Palmeiras, bem, digamos que aquela cabeçada nunca mais foi esquecida nos bastidores do Palestra.

Esse é o espírito de um Corinthians e Palmeiras. Suas nuances, seus efeitos, seus dissabores e seus deleites. Corinthians e Palmeiras não seriam os mesmos sem um ao outro, não teriam a mesma intensidade, o mesmo brilho. É por isso que o clássico deste domingo vale mais do que simplesmente três pontos. Enfim, um dérbi para o bem e para o mal.
*créditos das fotos: Agência Globo

domingo, 17 de outubro de 2010

RODADA DOS TRICOLORES! E DOS ATLÉTICOS!

Se tivemos beneficiados na 30 rodada do Brasileiro, certamente estes foram os tricolores Grêmio e São Paulo. Os gaúchos pela vitória sobre o líder Cruzeiro no Olímpico abarrotado e ainda mais pela belíssima campanha neste segundo turno. Já o São Paulo pela vitória na base da superação no eletrizante clássico contra o Santos, decidido no apagar das luzes.

Outros três que tiveram motivos para comemorar são os Atléticos, ainda que sob diferentes perspectivas. O paranaense, pela campanha sólida que o faz sonhar com Libertadores. Por outro lado, o caçula goiano e o xará mineiro pelas arrancadas na reta final que dão alento à permanência na série A. Vitória, Guarani e Avaí que se cuidem.

SANSÃO EM RITMO ELETRIZANTE
Os prognósticos já anunciavam que teríamos um jogo aberto. Mas nem o mais otimista deles, imaginava um clássico com ritmo tão sensacional como foi o do começo do jogo. Isso porque, com menos de 20 minutos, o duelo já registrava cinco gols, com placar favorável ao São Paulo por três a dois.

Meio-campo praticamente não havia. Era mais um duelo entre ataque e defesa. E nesse quesito a são-paulina se saía melhor, até porque a santista falhava e muito. O jogo era aberto. E o placar dele, também.

Na segunda etapa, o São Paulo voltou melhor, ciente de que só a vitória interessava para manter qualquer esperança de Libertadores. Mas aí, quando o jogo caminhava ao gosto dos mandantes, Richarlyson fez a besteira de ser expulso. Sempre ele, para que se conste.

O Santos partiu pro tudo ou nada. E empatou aos 24 com Neymar cobrando pênalti. Dessa vez sem paradinha. Mas quando tinha tudo para virar novamente a partida, estranhamente o visitante recuou. E o São Paulo passou a jogar melhor e até fazia por merecer a vitória.

Vitória que quase veio no fim com Jean perdendo gol incrível. Mas, para fazer justiça, alguns minutos depois a bola sobrou livre na pequena área para que o mesmo Jean fizesse de cabeça o gol da sobrevida tricolor.

Com os três pontos, o São Paulo ultrapassa o arquirrival Palmeiras que deixou escapar dois pontos em casa. De quebra, vem com ânimo e moral renovados para brigar por uma das vagas à Libertadores. O grande problema tricolor no caso é tirar o indigesto Grêmio de Renato Gaúcho do posto.

Já o Santos deixou escapar uma valiosíssima chance de encostar nos líderes. Derrota dolorida, para abalar qualquer elenco. Inclusive, ou até mesmo, o santista.

EMPATE AMARGO NO BRINCO
Já em Campinas, o Corinthians ainda cambaleando tinha a volta de Ronaldo e de Ralf no duelo ante o Guarani. E era justamente neles que os corintianos depositavam suas esperanças para acabar com dois problemas crônicos da equipe, a falta de um homem de referência e a falta de proteção à defesa, amplamente vazada neste últimos jogos.

E se era de gols que o Corinthians precisava, o fenômeno fez logo dois. Mas como a fase não é lá das melhores, a arbitragem tratou de anular os dois alegando impedimento. Inexistentes, diga-se.

E o placar teimou em ficar em branco no Brinco, ainda que chances não faltassem. Pior para os dois clubes, embora a igualdade seja ainda mais lamentada pelo lado alvinegro.

Domingo que vem, o Corinthians - agora de Tite - terá jogo crucial para definir sua situação neste Brasileiro. Uma vitória o recoloca na briga pelo título. Um empate ou derrota e os corintianos devem contentar-se em assegurar sua participação na Libertadores de 2011. O risco, como já foi dito aqui, é iminente. Rodada a rodada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PALMEIRAS BEM NA SUL-AMERICANA!

No Equador, existe o Quitobol. Na Bolívia, o Sucrebol. Tanto um como outro são derivações de esportes andinos daquilo que concebemos e conhecemos como futebol. E como em campeonatos sul-americanos temos essas distorções absurdas, lá foi o Palmeiras de Felipão, na altitude de Sucre, praticar esta modalidade que continua permitida pela Fifa.

A partida começou morna, até fraca tecnicamente. Muito em razão do pífio adversário, já que o Palmeiras fazia o jogo que lhe cabia. E foi seguindo sonolento até que veio a oportunidade que o time paulista esperava.

Já que o duelo tinha grandes chances de ser resolvido na velocidade da bola, nada melhor do que uma falta na intermediária para Marcos Assunção cobrar. Se em condições normais a bola venenosa do veterano alviverde já produz estragos, em condições favoráveis ela é fatal. Foi fatal, aliás.

Depois do gol, o Palmeiras controlou bem o jogo e foi para o intervalo com valiosa vantagem. No segundo tempo, o Sucre esboçou reação, mostrou algo que aparentava ser futebol e pressionou. Mas nada que significasse mudança no placar. Se houvesse alteração, ela seria ainda mais favorável ao clube brasileiro já que Lincoln teve gol mal anulado pela arbitragem. E ainda houve um pênalti não marcado em Kléber.

Mas ficou de bom tamanho para a equipe de Felipão que deve encarar o Atlético-MG nas quartas-de-final. O jogo de volta das oitavas, em São Paulo, já tem cheiro de goleada.

O Palmeiras, agora sim, segue dividido entre Brasileirão e Sul-Americana. Mas chegará o momento de definir por qual deles brigar e creio que a Sul-Americana será o caminho a seguir. E frise-se, o clube alviverde é sério candidato a ficar com ela.

Felipão já deu todas as dicas, no sentido de que deve abandonar logo logo o Brasileiro. Resta apenas ao arquirrival Corinthians tratar de eliminar qualquer pretensão alviverde.
*Crédito da foto: Agência Reuters

O REAL E IMINENTE RISCO ALVINEGRO

Um time totalmente entregue, combalido. Desorientado, esfacelado. Sem poder de reação alguma. Sem rumo, nem prumo.

O Corinthians que ontem perdeu para o Vasco lembrava o time que foi rebaixado em 2007. Tomou dois gols bobos - ainda que um em posição de impedimento - e não conseguiu oferecer perigo algum ao time carioca, que controlou a partida como quis. Salvo um gol bisonhamente perdido por Iarley. Mais um em sua interminável conta neste Brasileiro, aliás.

Um ataque totalmente ineficiente. Um ataque, decididamente, de nervos.

O Centenário alvinegro que se anunciava como próximo do inesquecível, caminha a passos largos pelo caminho inverso. O Corinthians está à beira de um colapso físico e mental.

E corre risco de ficar fora até mesmo da zona de classificação à Libertadores. Algo inimaginável, duas semanas atrás. O Grêmio de Renato Gaúcho é sério candidato a brigar por ela.

Mas ainda há tempo. Tempo curto, é verdade. E também sem espaços para novas derrotas. Neste momento, a meta é se reestabilizar. Para só depois poder voltar a pensar em algo maior.

O Corinthians de Andrés Sanchez e Ronaldo terá que se superar. Assim como teima a sina de histórias alvinegra.

SANTOS DE VOLTA À BRIGA
No outro jogo adiado da rodada e realizado ontem, o Santos bateu o Inter por um a zero na Vila, gol de Neymar.

A diferença que já chegou a mais de 10 pontos para o líder, caiu para seis. E os garotos voltaram a sonhar.

Mas para isso, três jogos serão fundamentais para as pretensões santistas. O São Paulo, já neste domingo no Morumbi, o Inter novamente, só que no Beira-Rio e o Grêmio de Gaúcho na Vila Belmiro. Além do Atlético-MG fora. Ainda dá. Por mais inacreditável que seja.

Quanto ao Inter, resta 'só' o Mundial de Abu Dhabi. Se é que me entendem.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES!

Pessoal, o blog está no segundo turno da prêmio Top Blog na categoria esportiva. Para votar é só clicar no banner na aba direita do blog. É simples, rápido e fácil. Conto com o apoio de todos.
EM TEMPO: Logo mais o blog estará atualizado com tudo o quê houve nestes dias de merecido descanso na terra natal do blogueiro.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A RODADA DA SOBREVIDA!

Se tanto Corinthians como Fluminense não andam lá nos seus melhores dias, quem tem se aproveitado e bem disso é o Cruzeiro.

Cruzeiro que ontem bateu o sofrível Goiás e pode chegar à liderança da competição, desde que vença o Fluminense no domingo, em Sete Lagoas. Mais do que isso, o time de Cuca vem mostrando equilíbrio fundamental neste segundo turno. Algo que tanto Corinthians quanto Fluminense não vêm fazendo. Cariocas e paulistas que polarizaram a briga pelo título até agora, deixaram a Raposa encostar. E até passar no caso do alvinegro.

O alento do time de Adilson Baptista continua sendo a tabela e o jogo a menos que tem. Mas o maior problema alvinegro não é a terceira colocação, e sim o futebol apresentado pela equipe nas últimas rodadas. Isso sim é preocupante.

Menos mal que o próximo adversário é o frágil Atlético-GO e em casa. Não há mais espaços para tropeços. Uma vitória com boa margem de gols no domingo e, na quarta, a equipe paulista fará o jogo que tem a menos na tabela, contra o Vasco em São Januário.

É jogo-chave para definir o rumo da equipe no campeonato. Uma vitória magra no Rio deve recolocar o time paulista na liderança. O problema será reencontrar o futebol perdido entre as três últimas partidas. E, principalmente, saber qual time deverá estar em campo.

PALMEIRAS E GRÊMIO RESSURGEM
Além do time mineiro, destaques também por conta do Grêmio de Renato Gaúcho e do Palmeiras de Felipão neste segundo turno. Embaladas, organizadas e sem problemas de desfalques, as duas equipes começam a vislumbrar algo mais neste Brasileiro. O grande objetivo é Libertadores e, para isso, uma vitória fora de casa na próxima rodada diante dos cariocas Vasco e Botafogo será fundamental.

Se o G-3 virar G-4 novamente, Grêmio e Palmeiras aparecem como maiores candidatos para brigar pela vaga. Pior para Atlético -PR, que perdeu seu técnico, e Botafogo que anda perdendo um jogador por semana para o racional calendário brasileiro.

GALO RESPIRA
A situação era pra lá de tenebrosa. Mas eis que bastou uma troca de comando, novamente de Luxa por Dorival assim como no Santos, e o Atlético-MG voltou a sonhar com a permanência na primeira divisão. Ainda é cedo, mas agora quem dá pinta de ingressar no temido grupo R-4, é o catarinense Avaí. O Vitória que se cuide também.

Por outro lado, Goiás e Atlético -GO devem repetir Náutico e Sport ano passado e serem os dois clubes rebaixados do mesmo Estado à série B. Completando a lista, o Grêmio Prudente é o virtual primeiro rebaixado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BRUXA SOLTA PELO BRASILEIRO!

Uma hora a conta chega. Sempre chega. Motivado por um calendário mais do que absurdo, os clubes brasileiros têm sofrido com a enorme lista de desfalques por contusão. Justo agora, na reta final do Brasileiro.

A rodada de ontem expõs ainda mais a mazela. Dentinho e Fred que voltavam após um longo período parados, jogaram alguns minutos e voltaram a sentir lesões. Pior, tanto líder como vice-líder também já haviam perdido mais uma atacante, Emérson e Jorge Henrique. O Cruzeiro, terceiro colocado e que pode superar o Corinthians na tabela hoje à noite, também tem sofrido com isso.

No Santos a lista é ainda maior e chega a uma dezena. Resquícios de um clube que conquistou - e encantou - tudo que disputou no primeiro semestre e que, no segundo, virou um time comum justamente por conta disso. E pelas lesões, é claro.

No Botafogo, que ontem enfrentou o Guarani, a conta chegava a cinco nomes. Todos da equipe titular. O Inter, que ontem se viu derrotado pelo Ceará, também teve seus desfalques por lesões.
A lista é grande e não para de crescer. No São Paulo, Fernandão, Ilsinho e J. Wagner. O Palmeiras também já sofreu com o espinhoso problema.

Se a briga aflige lá em cima, é desesperadora lá embaixo. O Atlético-GO, por exemplo, perdeu simplesmente seu melhor jogador, Elias, e justamente no momento em que a equipe dava sinais de reação.

Dizem que futebol é planejamento. Baseado nisso, talvez o melhor fosse planejar um calendário adequado àquilo que o corpo de um atleta pode aguentar. A irracionalidade de alguns, aliado à resistência de outros que atendem aos interesses da "Central", prejudica a tudo e a todos. Aliam-se interesses mercadológicos, mas alijam-se os clubes. E aleija-se o povo.

E assim segue o futebol tupiniquim, com seu calendário absurdo e deprezivelmente único no mundo. Como se todos estivessem errados e apenas nós estivéssemos certos. Apenas coloco o dedo na ferida. É isso.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

COCHILINHO ELEITORAL....

* Crédito da Charge: Mario Alberto/Lance!

ELEIÇÕES 2010 - O ABSURDO DOS ABSURDOS


Tiririca, mais de 1,3 milhão de votos para deputado federal em São Paulo.

Garotinho, Paulinho da Força, Jader Paspalho Barbalho, Maluf Ficha Limpa, Valdemar da Costa Neto e até Romário.......

Definitivamente, um circo chamado Brasil.

EM TEMPO: Voto de protesto?!?!?! Protesto bem lusitano esse hein?!?!?! E depois, nossos irmãos europeus é que são motivo de piadas. Agora senta e chora. Porque afinal, cada povo tem os governantes que merecem.....

sábado, 2 de outubro de 2010

EMPATES E EMPATES

Nos três jogos que envolviam os líderes da competição, três empates com diferentes perspectivas.

O cruzeirense é até aceitável em virtude justamente das virtudes do adversário, um Atlético-PR que não perde já há seis jogos e aparece na quinta posição da tabela. Já o carioca tem ares de lamento por ter sido contra o lanterna do campeonato, ainda que fora de casa. Mas a igualdade corintiana pode ser considerada desastrosa, principalmente pela péssima atuação dos donos da casa. E contra um decadente Ceará que, dos últimos dez jogos, venceu apenas um.

E se a rodada foi recheada de empates, seis no total, quem se deu bem mesmo foram os gaúchos Grêmio e Inter que golearam Vitória e Guarani. Já lá embaixo, no duelo dos desesperados, o Atlético MG bateu o xará Goiano de virada no Serra Dourada e voltou a respirar no campeonato. E com direito a um golaço de Réver de bicicleta, o do empate.

TROPEÇO ALVINEGRO, MAS COM AR DE ALÍVIO
Em um Pacaembu mais uma vez lotado, com mais de 28 mil pagantes, o Corinthians jogava não somente mal, mas muito mal aliás. E via o líder Fluminense desgarrar-se na tabela com a vitória parcial em Prudente. Isso porque os cariocas batiam os donos da casa por 1 a 0, gol de Rodriguinho ainda na primeira etapa e, àquela altura, via Marcelo Nicácio inaugurar o marcador em plena casa alvinegra. Era a pior combinação possível ao time de Adilson Baptista, que sequer oferecia perigo aos visitantes.

No segundo tempo, o Corinthians prosseguia mal e aumentava seu calvário ao ver o veterano Magno Alves fazer o segundo como quis, como se a improvisada defesa alvinegra fosse um salão de festas acolhedor a forasteiros. O sonhado título brasileiro em pleno ano do Centenário estava indo ladeira abaixo.

Mas aí na base da superação, o alvinegro conseguiu diminuir com Paulinho, empatou quase no fim com Defederico e ainda viu o Grêmio Prudente empatar o jogo com os cariocas. Na medida do possível, ficou de bom tamanho para os paulistas.

Por muito pouco, o Corinthians não coloca tudo a perder. E, dessa vez, pode até reclamar de um pênalti não marcado em Iarley, para contrabalancear os erros de arbitragem envolvendo a equipe.

CLÁSSICO MEIA-BOCA NA VILA
No clássico paulista entre Santos e Palmeiras, um jogo apenas morno e de muita marcação como é de praxe entre as equipes dirigidas por Felipão.

Empate por 1 a 1 e pretensões alviverdes brecadas até mesmo por Felipão que reconhece a dificuldade para vislumbrar G3. Quem sabe se a reação palestrina tivesse vindo umas rodadas antes. Ao Santos resta mesmo esperar por 2011. Até porque 2010 foi muito melhor do que o mais otimista do santistas poderia imaginar.

A GÁVEA EM DIAS DE VÁRZEA
Se o clássico paulista não foi lá dos melhores, o carioca então chegou a ser indiferente tamanha a apatia de Bota e Fla no Engenhão. O resultado não poderia ter sido outro que não o empate com gosto amargo para ambos. O Bota pela chance de aproximar-se do G3. Já o Fla por não tirá-lo da incômoda situação de preocupação com a zona de rebaixamento.

Pior que o resultado para o rubro-negro, foi a triste demissão de Zico na sexta por conta de problemas políticos. Lamentável a saída de Galinho que chegara meses antes com a dura missão de botar ordem nos bastidores da Gávea. Nem Zico pôde com tamanho fardo. Quem lamenta é o futebol brasileiro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

UM BRASILEIRÃO ENTRE TRÊS CLUBES

Doze rodadas. Trinta e seis pontos em disputa para Flu e Cruzeiro. O Corinthians, o outro integrante da trinca, ainda tem um jogo a menos como carta na manga. Os últimos anos indicam que a conta fecha em 75 pontos para o título. À exceção de 2009, é claro.

Rodada a rodada, a matemática do Brasileiro vai clareando e definindo quem é quem no campeonato. A derrota colorada de ontem, na Arena Barueri, praticamente sepulta qualquer chance de título gaúcho. Se tínhamos quatro brigando até então, agora sobram apenas três. A trinca de quem sonha alto está feita. E não deve ser alterada até o fim. Fluminense, Corinthians e Cruzeiro. O título de 2010 ficará no Sudeste.

JOGO A JOGO - RESUMO DA RODADA
A rodada que começou na terça com um empate desesperador entre um desesperado Goiás e um preocupante Flamengo e a, enfim, vitória vascaína sobre o Santos de Neymar, teve sequência na noite de quarta com mais oito jogos. Cinco deles, excepcionais. Além de boa média de gols, 2,7 por partida.

MANDANTES BEM NAS ARENAS
Nos jogos da 19h30, a única surpresa talvez tenha ficado pela vitória do lanterna Grêmio Prudente por 4 a 2. Ainda que tenha sido sobre o Guarani e jogando em casa. Porque o Cruzeiro fez o que dele se espera, não deu chances ao acaso ao bater o Atlético-GO por 3 a 0 na Arena do Jacaré. Mais uma vitória autoritária do time de Cuca.

Na outra Arena, a de Barueri, o Palmeiras de Felipão, com dois petardos de Marcos Assunção, bateu um Inter desfalcado e engatou a terceira vitória consecutiva no Brasileiro. Algo raro neste campeonato, aliás. Mas que vem em boa hora para dar moral na Sul-Americana.

Fechando os jogos das Arenas, a Baixada viu seu Atlético, o paranaense, vencer mais uma nesta belíssima campanha do clube no Brasileiro. E hoje, o Atlético estaria não só sonhando como já dentro da zona de classificação à Libertadores, não fosse a atitude desmedida da Conmebol que retirou uma vaga brasileira para o ano que vem. Talvez pelo medo da supremacia brasileira já há alguns anos na competição.

FLU, NO SUFOCO!
E no Raulino de Oliveira o líder Fluminense suou um bocado para bater o decadente Avaí, com gol de Conca, só aos 37 da segunda etapa. E foi num sufoco só, ainda mais para quem julgava que os cariocas teriam vida fácil pela frente.

Mas mais uma vez, o argentino Conca resolveu. E, assim como em 2005 quando foi com Tevez, o Brasileirão deste ano tem tudo para ter um argentino como melhor da competição. Mesmo que seja sem título, até porque ano passado o prêmio foi para Diego Souza, quinto colocado com o Palmeiras.

JOGÃO NO PACAEMBU
Já no Pacaembu, para mais de 25 mil presentes, Corinthians e Botafogo faziam o clássico dos alvinegros. Se o jogo já prometia antes do início, com menos de três minutos, Bruno César tratou de incendiá-lo ainda mais com um golaço em chute colocado no ângulo direito de Jefferson. O Botafogo, naquele momento, se atordoava com a correria dos paulistas, tamanha velocidade e empenho do time de Adílson.

Na base do perdido por um, perdido por mil, o time carioca lançou-se ao ataque. O jogo ficou aberto e Loco Abreu quase empatou na sequência, em falha da defesa alvinegra que o deixou sozinho na área para dominar e chutar no travessão de Julio César. Era o prenúncio do que estava por vir.

Pouco depois, Herrera levantou na área, Wiliam não fez cobertura em Abreu e Alessandro falhou na marcação do centroavante carioca deixando-o sozinho para o cabeceio fatal. Um a um no Pacaembu e o jogo prometia ainda mais já que, àquela altura, o Flu fazia um a zero suado no Avaí e seguia mantendo a ponta. De quebra, botava pressão em cima do vice-líder.

No segundo tempo, foi um festival de gols perdidos. E por ambos. Paulinho desperdiçou um chute cara a cara com Jefferson. Depois foi a vez de Elias assustar em chute que passou rente à trave. Minutos antes, Herrera até fez para o Botafogo, mas o assistente assinalou impedimento inexistente.

Nos dois últimos lances do jogo já nos acréscimos, o time carioca ainda desperdiçou mais duas chances. Uma com Somália e outra com Caio que, egoísta, quis ser o nome do jogo e não passou a bola para Abreu, livre e em condições de virar. Diante da circunstâncias e do erro, o torcedor corintiano não tem muito do quê reclamar.

O Corinthians poderia até contentar-se com um empate com o Galo na próxima quarta, em jogo fora de casa. Com o resultado de ontem, não pode mais.

NO DUELO DOS TRICOLORES, DEU A LÓGICA
No Sul, o São Paulo de Baresi foi presa fácil para o Grêmio de Renato Gaúcho. Quatro a dois no Olímpico, com direito a falha de Rogerio Ceni no quarto gol gremista.

O mandatário são-paulino Juvenal Juvêncio, agora mais do que nunca, sabe que o Morumbi receberá a Copa do Brasil. Só que a de 2011 e a nacional. Não a Mundial.

Depois de sete anos, o time paulista não mais disputará a competição continental. Um prejuízo enorme para os cofres do clube. A não ser que ocorra uma hecatombe na tabela. E, claro, o São Paulo vença todos seus jogos. Aí é que a questão fica um pouco mais difícil.
* Crédito das fotos: Agência Vipcomm

terça-feira, 28 de setembro de 2010

AS SANDICES QUE SÓ UM BRASILEIRO PROPORCIONA

Nos últimos tempos, o Campeonato Brasileiro tem ficado tão maluco que já beira o caso de uma análise mais profunda e clínica sobre o tema. Mas como este blogueiro não é matemático - embora se aventure na área, muito menos psicanalista, e sim apenas jornalista, atento-me aos fatos. E os reporto.

Ano passado o Fluminense, milagrosamente, escapou do rebaixamento. Este ano é sério candidato ao título.

O paradoxal da história é que, ano passado, o Flamengo foi campeão com uma arrancada espetacular. Pois eis que, este ano, quem joga contra o rebaixamento é ele.

Coisas do futebol tupiniquim. E há quem ainda ouse julgar que a volta do mata-mata é a melhor solução.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A BRIGA QUE SE ANUNCIA PELO BRASILEIRO

Vinte e cinco rodadas já disputadas para dezesseis clubes. Vinte e quatro, para outros quatro. A 25ª rodada também reserva a curiosa particularidade de ter derrubado justamente o 25º técnico no campeonato. Ou, posto de melhor forma, são 19 demissões e seis trocas por opção do próprio comandante. Inclusive a de Mano Menezes que assumiu a difícil missão de comandar a seleção de Ricardo Eterno Teixeira. E que anda até mesmo conseguindo enfiar boas ideias na ultrapassada mente de Ricardo, cabeção de Leão. Para espanto de muitos.

Mas voltando ao que interessa, se a briga no Nacional ameaçava pender-se em favor do clube do Parque São Jorge, eis que a vitória colorada de ontem, deu novos ares ao campeonato. Inserindo, inclusive, o time gaúcho na briga pela ponta. Ainda que o Inter pise em terreno minado - ou em ovos, caso prefiram -, porque qualquer derrota neste delicado momento será fatal para as pretensões do atual campeão da Libertadores.

Já o Corinthians de Adilson sai de cabeça erguida do Beira-Rio. Mesmo com a liderança perdida, a derrota alvinegra de ontem teve um quê de alentadora. Muito em razão do futebol apresentado no segundo tempo, e ainda mais contra quem foi, e ainda mais da maneira que foi. Além de ser onde foi. O outro alento alvinegro é o fato de que a turbulência na tabela também passou.

Outro que estava em franca ascensão e se viu brecado no final de semana, foi o Cruzeiro de Cuca. Com direito a show de Neymar, a raposa foi parada pelo Santos na Arena Barueri. Mesmo assim, e sem alarde, o time mineiro chegou à briga. Resta saber agora se terá conjunto para permanecer nela.

O complicado mesmo, no caso, é ter que tirar a diferença na tabela com uma equipe que, tecnicamente, não soa tão favorita como Corinthians, Fluminense e Inter. Para se ter uma ideia do fardo celeste. Por outro lado, dificilmente, o time mineiro perderá a vaga na Libertadores em 2011. Para desespero de Botafogo e Atlético-PR.

E por fim, quem se deu melhor na rodada. A retomada da liderança carioca também veio em boa hora para Muricy Ramalho, que já começava a ouvir os primeiros reclames vindos diretamente da patrocinadora de sua equipe. Isso porque a relação entre clube e patrocinador não é lá das mais habituais quando trata-se de questões nas quais deveria envolver apenas sua diretoria. Coisas do futebol tupiniquim.

Vale lembrar ainda que o Flu, do magistral Conca, tem mais dois jogos consecutivos que lhe são favoráveis e depois a tabela aperta. Aí, será o momento de definir se o clube carioca fará frente ao time paulista até o fim. Opinião? Este blogueiro aposta nisso, embora continue acreditando ainda mais no favoritismo alvinegro.

domingo, 26 de setembro de 2010

A BATALHA DO BEIRA-RIO...

Tudo antecipava e indicava que teríamos um belíssimo jogo no Beira-Rio. Ingredientes para isso não faltavam. Os dois melhores meio-campos brasileiros da atualidade, rivalidade intensa posta à prova, duas grandes equipes em campo e que, de quebra, ainda brigam pelo título.

O caldeirão de Beira-Rio fervia com quase 35 mil pagantes. Mas ninguém poderia prever um jogo tão bom quanto o que tivemos. Porque foi um jogaço. Certamente, um dos três melhores do campeonato, o que dá a proporção do quê foi o confronto.

Até mesmo espetacular. Esse é o adjetivo que cabe na descrição do duelo épico. Definido nos instantes finais, quase no apagar das luzes. Nos acréscimos. E com requintes de crueldade na falta cobrada por Andrezinho que desvia em Moacir, bate na trave de Julio César e entra no outro canto do goleiro que assiste a tudo atônito.

O Corinthians sai derrotado do Beira-Rio. Mas vende caro a derrota e continua com futebol e espírito de quem quer ser campeão.

Se há derrota alentadora em um campeonato tão equilibrado como é o Brasileiro, a alvinegra de ontem pode ser considerada uma dessas. O Corinthians de Adilson aprendeu a jogar fora de casa. E contra qualquer equipe brasileira, frise-se.

Já o clube gaúcho volta à briga pelo título. Continua difícil, mas não tão impossível assim. O elenco Colorado de Celso Roth quer fazer história.
* Crédito da foto: Agência Estado

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ATLÉTICO ARREMEDO MINEIRO DE LUXA....

A acachapante derrota atleticana ontem, ante o Fluminense custou o cargo de Vanderlei Luxemburgo. Mais que isso, a goleada sofrida no Engenhão serve de constatação para a decadência daquele que, durante quase quinze anos, dominou o posto de "melhor treinador do país".

Luxemburgo foi um excelente treinador, um dos maiores que este blogueiro já viu. Mas passou. Estacionou. Decaiu. Desfocou-se entre palestras motivacionais, instituições (?) mal dirigidas, negócios escusos e afins.

A ridícula campanha mineira no campeonato é a prova disso. Um time totalmente desorientado, frouxo, sem alma e sem compactação alguma dentro de campo. Não que isso tire os méritos da bela apresentação carioca também. Principalmente a de seus alas-laterais.

Mas explica, em parte, a triste situação de um clube que outrora fora forte e vingador. E também a de seu ex-técnico.

Menos mal que a pontuação mínima exigida pela permanência na série A deste ano, possa decair. Ainda há luz no fim do buraco atleticano.

O problema é que a esperança de salvação mineira passa direta e justamente pelos pés de jogadores indicados e gabaritados por Luxemburgo. Os recentes casos de Santos e Palmeiras não me deixam mentir.

Dizem que o elenco atleticano é para o ano que vem. Particularmente, não concordo. Uma pena também para o primeiro campeão brasileiro que, em 2011, não se possa mais disputar o Brasileiro de 2010. O perigo é iminente.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

PRÓ-MEMÓRIA

"Flu e Corinthians vem sobrando neste Brasileiro até agora. Tanto é que a distância para o terceiro colocado já chega a oito e sete pontos, respectivamente. É um número a ser considerado.
Não é de hoje que este blogueiro vem afirmando. O Brasileiro deste ano será monopolizado entre os clubes paulista e carioca. Talvez sobre aí, espaço para que mais uma equipe entre na disputa. Talvez uma de cor azul celeste. E de Minas".

Este post foi escrito no dia 9 de agosto deste ano, em uma longínqua 13ª rodada. Qualquer semelhança com a tabela atual é mera coincidência.

A VIRADA DA MATURIDADE!

Santos e Corinthians faziam um clássico que ganhara ainda mais peso com toda repercussão dos acontecimentos que cercaram o clube da Baixada. Para o líder Corinthians era a chance de praticamente eliminar um concorrente direto. Ao Santos, a oportunidade de seguir vivo na competição e aproximar-se do líder. E foi um jogaço!

O Santos começou fazendo o jogo que lhe convinha, aberto e na base da correria. O Corinthians tomou um gol de Durval logo aos dois minutos e teve que correr atrás do empate. Igualdade que veio ainda aos oito, em mais uma bela jogada de Jucilei que colocou Iarley na cara do gol para completar. Um a um e jogo em ritmo alucinante.

O Corinthians empatou e, minutos depois, quase virou em chance desperdiçada por Bruno César. Era lá e cá. Os dois times também erravam muito, muito em razão do ritmo eletrizante que o clássico tinha. A Vila fervia.

Quando o time de Adilson resolveu colocar a bola no chão e amadurecia a virada, levou o segundo. E foi dele, Neymar, pegando rebote de Julio César em chute de Marcel. A missão de bater o Santos na Vila já era difícil. Àquela altura, complicava-se ainda mais.

O Santos tinha Neymar, mas o Corinthians tinha - e tem - um time, um conjunto. Maduro e confiante, aliás. E, coletivamente, foi em busca do empate. Em bela assistência de Bruno César que lançou Elias nas costas da zaga santista, o camisa sete alvinegro tocou na saída de Rafael e empatou novamente a partida. Isso sim era um clássico paulista que se preze.

Na segunda etapa, o Santos de Neymar voltou pressionando. Ciente de que só a vitória interessava para manter acesas as chances de título, o interino Martelotte partiu pra cima. E abriu-se ainda mais para o contragolpe do alvinegro da capital. Seria fatal.

Mas antes, Julio César ainda operou milagre por duas vezes em defesas de puro reflexo e quase embaixo da linha. O Santos pressionava, o Corinthians se segurava e esperava o momento certo para agir.

Aos 25, o lance capital. Em jogada ensaiada, Jorge Henrique recebeu e fez belo passe em profundidade para Danilo, ligeiramente impedido, dominar na lateral da área e tocar para Paulo André, de cabeça, escorar. Era a virada corintiana em pleno alçapão da Vila.

A partir daí, o duelo ganhou contornos dramáticos. O Santos buscava a todo custo o empate. O Corinthians, inteligentemente, se segurava sem sobressaltos e prendia a bola. Em minoria, a Fiel fazia festa, provocava e podia ser ouvida na casa santista.

Esperava-se muito do personagem que ganhou as manchetes nos últimos dias. Mas Neymar esteve acanhado. Talvez pelo peso dos holofotes que caíram sobre a revelação santista nos últimos dias, o jogador pouco lembrava as atuações que encantaram o país no primeiro semestre. Mas continua sendo o diferencial da equipe da Baixada. Agora praticamente sozinho, aliás.

No fim, ainda sobrou confusão entre um nervoso Pará e Jorge Henrique. Mas já era tarde. Com a vitória na Vila, o Corinthians de Adilson se credencia ainda mais ao título. Um grande passo rumo ao pentacampeonato nacional.

Já o Santos de Neymar está fora da disputa. O jeito é arrumar a casa para 2011. A começar por um técnico que reúna todas as qualidades que tinha seu antecessor. Ironia das ir0nias.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O PIONEIRISMO DA DIREÇÃO SANTISTA

Insubordinação. Palavra que significa desobediência, indisciplina, rebelião. Foram esses os motivos que levaram à conturbada demissão do técnico Dorival Júnior pela diretoria santista. Curiosa e paradoxal a justificativa da direção da Baixada. Ainda mais se levarmos em conta o mote que desencadeou toda a confusão.

Luis Álvaro chegou pregando modernização. Falava em administração europeia. Na primeira polêmica, na primeira grande dividida que teve, foi apenas mais do mesmo.

Ou melhor, foi até mesmo precursor em sua decisão. Não que isso soe como elogio.

Erraram todos, até mesmo o ex-treinador da Baixada que deveria ter preparado melhor o terreno para as decisões que tomaria.

Dorival, ao que tudo indica, deve parar no Morumbi. Já o Santos terá de correr atrás de um técnico de ponta. E que tenha pulso para segurar os garotos. Nessa toada, deve também desembolsar uma boa grana.

A atitude desta semana pode trazer sérias consequências lá na frente para a diretoria santista. E pior, nem se deu conta disso.

Neymar venceu o duelo. Pena que o Santos tenha perdido nessa também. Wagner Ribeiro deve estar rindo à toa.

No clássico de hoje, a joia santista fará de tudo para provar que a diretoria estava certa na decisão que tomou. Resta saber como estará o clima entre os outros jogadores da equipe. Não se assustem se, hoje à noite, ouvirem coro pelo nome do ex-técnico na Vila.

Quanto a Neymar, se a cobrança e a pressão estavam determinando as atitudes de um garoto de apenas 18 anos, a decisão da diretoria santista joga ainda mais holofotes sobre ele. Preservar era preciso. Para se ver o tamanho do erro cometido ontem.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOITE DO TIMÃO NO ENGENHÃO!

Há certas coisas no futebol que, por mais que se tente, não se explica. A vitória alvinegra fora de casa estava amadurecendo já há umas boas rodadas. Mas não vinha sendo creditada na conta e andava atormentando alguns já receosos alvinegros. O Flu, líder do Brasileiro, duelava pela ponta e pela invencibilidade em casa. Ainda que a mesma tenha sido construída no Maracanã e não no Engenhão. Mas sonhava com uma vitória para disparar na tabela. Já o Corinhians de Adilson não podia sequer pensar em derrota.

Anseio e ansiedade em jogo no Engenhão. Desfalque por desfalque, o Corinthians de Adilson vinha mais esfacelado. Ainda mais depois do corte de última hora de Ralf. E teria que se superar para continuar vivo no Brasileiro. Vivíssimo, aliás.

O Flu até começou melhor, em razão de uma desalinhada zaga alvinegra que ainda sentia a ausência de seu volante de contenção. Mas a experiente equipe paulista, comandada por Roberto Carlos, Alessandro e William, tratou de colocar a bola no chão e frear o ímpeto tricolor. E aí, Jucilei começou a aparecer. Correu, marcou, desarmou, fintou. E até cavou. Jogava como gente grande. Como, aliás, vem fazendo há um bom tempo já.

Paulinho, que substituía Ralf, era outro que fazia bela partida com a camisa corintiana. O Corinthians endurecia o jogo e já ameaçava os donos da casa. Tensão no Engenhão. O jogo era bom, mas estava longe de ser brilhante.

Até que, aos 44, aquele que já vinha sendo o nome do jogo matou uma bola no peito na entrada da grande área e concluiu com perfeição para fazer um a zero para os visitantes. Jucilei estava em noite iluminada de Ronaldo.

No intervalo, Muricy tentou reparar seu pecado ao sacar um zagueiro e colocar mais um atacante em campo. Mas a batalha que se travava como crucial para a partida era no meio. E era lá que o Corinthians de Adilson ganhava a partida.

O Flu veio pra cima. E deixou escancarado o contragolpe aos indigestos visitantes. Em duas oportunidades, o Corinthians quase ampliou. Na terceira que teve, Alessandro fez grande jogada e tocou para Iarley ampliar a vantagem. O Engenhão era todo alvinegro.

Mas como reza a sina alvinegra, tinha que ter sofrimento. Washington, aos 24, descontou. E incendiou. O alvinegro, novamente, tratou de esfriar o tricolor. Adilson povoou ainda mais o meio para reter qualquer indício de reação. E deu certo.

O Corinthians inteligentemente volta do Rio com três valiosos pontos na bagagem. Importantíssimos para dar moral na sequência da competição.

Vitória justa e para embalar. Triunfo de quem quer ser campeão. O centenário alvinegro que andava soando como chacota para os rivais meses atrás, tem tudo para terminar beirando ao inesquecível.

EM TEMPO - Quanto ao caso Neymar, este blogueiro passa. Quando, lá atrás, a revelação santista aplicou um chapéu desnecessário em Chicão com a bola parada, todos acharam graça. Incentivaram. Inclusive a mídia, que agora volta-se contra o jovem. Desnecessário dizer agora que o mimo passou dos limites. Típico de jogador que se acha maior que o clube.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

UMA RODADA PARA, QUEM SABE, EMBOLAR AINDA MAIS...

Nos jogos da 19h30, o mais provável é que apenas o Botafogo apronte para os donos da casa, o desesperado Goiás, embora o time carioca chegue a Goiânia repleto de desfalques e possa ter suas pretensões complicadas no Serra Dourada. Nos demais jogos, este blogueiro não crê em surpresas. Talvez um empate entre os xarás Atléticos, o paranaense e o mineiro. Um ponto fora que, diante das circunstâncias, deve ser muito comemorado em BH.

Mas o duelo mais aguardado da rodada certamente é o reservado para Fluminense e Corinthians no Engenhão. Confronto de líderes que buscam recuperação após as derrotas do final de semana. Duelo entre Muricy, que deve ir de três zagueiros e apenas um atacante, e Adílson, faminto pela primeira vitória fora de casa e que apostará tudo em seu meio-campo para bater seu principal rival no campeonato.

Um empate agradará mais aos cariocas, até porque o time paulista pode ser superado por Botafogo e Cruzeiro em caso de empate ou derrota. Ainda que a quarta posição na tabela deva ser creditada por apenas uma rodada, já que cariocas e mineiros fazem o duelo direto no domingo e o alvinegro terá vida fácil pela frente, em duelo contra o Grêmio Prudente no Pacaembu.

A rodada também reserva o jogo entre Grêmio e Palmeiras no Olímpico. Um confronto que vale mais por fatores históricos e pela tradição dos dois, do que por aquilo que as duas equipes vêm apresentando dentro de campo.

Já o Santos de Dorival, depois de duas derrotas, ainda quer mostrar que está vivo. E para isso, nada melhor do que um confronto teoricamente fácil, contra o Atlético-GO em casa.

Fechando a rodada amanhã, São Paulo e Inter reeditam um confronto que determinou os rumos das duas equipes no ano. O Inter, tranquilo e pensando só em dezembro, deve engrossar para os donos da casa. Enquanto o São Paulo de Baresi ainda mira a Libertadores. Uma vitória tricolor é essencial para as pretensões do clube.

domingo, 12 de setembro de 2010

TEM CAMPEONATO QUERENDO ENLOUQUECER...

Inter e Santos já haviam tropeçado na última rodada. E voltaram a vacilar nesta. O blogueiro já havia alertado que quem brigaria mesmo era o G4. E com a derrota santista no Castelão e o magro empate sem gols do Colorado no Beira-Rio, as duas equipes perderam a chance de seaproximarem dos líderes e continuam distantes na briga pelo título. Ainda que tenham um jogo a menos na manga.

A 21ª rodada também reservou a surpresa das derrotas de líder e vice-líder, Fluminense e Corinthians. E para embolar ainda mais a tabela, os dois duelam na quarta-feira. Quem ri à toa com isso tudo, é Botafogo e Cruzeiro que encostaram no topo da tabela. Resta saber agora se é para ficar ou apenas para assustar.

VACILO ALVINEGRO NO PACAEMBU
Havia uma invencibilidade de 23 partidas. Havia também um aproveitamento de 100% como mandante. Havia, porque não há mais. Diante de um Pacaembu lotado mais uma vez, o Corinthians sucumbiu em casa, foi batido por 1 a 0 e perdeu a chance de colar no líder Fluminense.

Diante de um Grêmio muito bem postado e que chegou a dominar o primeiro tempo, o time de Adílson Baptista, que inventou como quis neste jogo, viu o meia Douglas abrir o placar com um golaço em sua antiga casa. E quase fez o segundo com Borges, em grande defesa de Julio César.

Com vários desfalques e a contusão de Ralf logo no começo do jogo, o time paulista pecou mais uma vez nas finalizações. No segundo tempo, Adilson mexeu na equipe toda em busca de algo que pudesse diferenciar sua equipe. Teve inúmeras chances para empatar o jogo, mas não o fez. E saiu até merecidamente castigado com a primeira derrota neste Brasileiro em casa, a quarta no campeonato. De quebra, ainda viu Botafogo e Cruzeiro encostarem.

Há tempos este blogueiro vem alertando, o centenário time alvinegro precisa de um definidor urgente. Coisa que Iarley certamente não é. E provou mais uma vez ontem, a ponto de perder três chances claras de gol. Inclusive um pênalti, o quarto seguido perdido pelo clube no Brasileiro. Pode fazer falta lá na frente.

EM GOIÂNIA, TROPEÇO DO LÍDER
Se há um alento na queda alvinegra deste sábado, ela pôde ser comemorada somente ao fim do jogo no Pacaembu. Isso porque o Fluminense empatava com o Atlético de Renê Simões no Serra Dourada até os 46 minutos, quando Juninho fez um gol salvador e virou para os donos da casa.

A queda de produção do Fluminense lembra a do Palmeiras em 2009. Na 21ª rodada, a equipe alviverde tinha 40 pontos, um a menos que os atuais 41 do clube carioca. A queda alviverde começou na 17ª rodada com um empate em casa. Assim como o Flu de Muricy, que empatou com o São Paulo na antepenúltima rodada do turno. À época, o Palmeiras, em cinco rodadas, fez seis pontos de 15 possíveis e o Flu, de lá para cá fez ainda menos, apenas cinco. É bom abrir os olhos, Muricy....

LOUCURA NO ENGENHÃO
No Engenhão, um belo jogo dos donos da casa, em franca ascensão no Brasileiro. O Botafogo dominou o São Paulo do início ao fim e fez jus ao placar. Dois a zero, com direito a impressionante arrumação tática dentro de campo. Há tempos, o time carioca não vinha tão forte para a disputa do Brasileiro. E vale destacar, a prancheta e os ensinamentos de Joel continuam resolvendo a vida do clube carioca.

Daqui duas rodadas, haverá embate entre cariocas e mineiros no Engenhão. É jogo de seis pontos, jogo para ver quem continua na caçada ao líder. E se há uma terceira vaga na disputa pelo título, este blogueiro fica com o arrumado time carioca.

Por outro lado, tinha são-paulino sonhando até mesmo com título após três vitórias consecutivas. Depois de hoje não se pode dizer mais o mesmo. O problema nem é tanto matemático, embora também seja, mas mais ainda, o principal empecilho seja dentro de campo.

EM TEMPO - O Cruzeiro também se deu bem na rodada ao bater o Avaí na Ressacada por 2 a 1, em jogo que este blogueiro não acompanhou. Mas uma coisa é certa, o time de Cuca é fortíssimo candidato a uma das quatro vagas à Libertadores em 2011. Nesta que seria a quarta participação seguida do clube mineiro, aliás. A quarta posição na tabela não é mero acaso. Mas o Grêmio de Renato Gaúcho também quer entrar na briga.