quinta-feira, 29 de julho de 2010

SANTOS!!! A UM PASSO DA LIBERTADORES...

E na Vila Belmiro, um jogo oposto do que foi o do Beira-Rio. Aberto, ainda mais movimentado (e dos dois lados), e sem tanta pegada no meio. Tenso também - como toda decisão que se preze, mas menos faltoso. A partida fluía melhor e as chances, naturalmente, apareciam em maior intensidade e quantidade.

O Santos de Dorival contava com a volta do quarteto que encantou o país no primeiro semestre. O mesmo quarteto que agora foi chamado por Mano Menezes para defender a seleção. Com toda justiça, diga-se.

Logo no começo, com 11 minutos, PH Ganso cobrou falta magistral que, caprichosamente, bateu no pé da trave do time baiano. Era o prenúncio do que estava por vir.

Aos 14, Pará fez excelente cruzamento para Neymar escorar de peito e fazer o primeiro do time paulista. A Vila era uma euforia só.

Mas o ataque mais positivo do país não se contenta com pouco. E continuou na pressão em busca por mais gols. Tanto que Robinho perdeu um, André outro e Neymar mais outro, por preciosismo. O Santos terminou o primeiro tempo com um gol. Mas já merecia o segundo.

Na segunda etapa, o time de Dorival lançou-se ainda mais ao ataque. Ciente de que precisaria fazer boa vantagem em casa para não sucumbir no caldeirão baiano, quarta que vem. O Santos jogava e dava espaço para o Vitória jogar. Mas o time baiano veio à Vila para perder de pouco, apostando no bom retrospecto do Barradão.

Aos 28, Neymar sofreu pênalti, mais um daqueles que só ele consegue sofrer. E cobrou com cavadinha irresponsável, nas mãos do jovem goleiro Lee, que substituía Viáfara, suspenso. Pretenso demais. Não se faz isso em uma decisão de Copa do Brasil. Até mesmo vaias puderam ser ouvidas na Vila. Situação inusitada e inimaginável para a jovem revelação da Baixada.

O Vitória até tentou buscar o empate. Mas nada que assustasse a meta de Rafael, um mero espectador durante toda partida.

E aos 38, Marquinhos cobrou falta perfeita e ampliou na Vila. Alívio de Neymar e justiça no placar.

Foi pouco pelo quê foi a partida. E continua sendo pouco, em termos de vantagem. Vale toda pena lembrar, o Vitória fez 19 gols em casa em 5 jogos nesta Copa do Brasil. O Leão ainda não está morto. Ainda.....
* Crédito da foto: Agência GloboEsporte

quarta-feira, 28 de julho de 2010

VANTAGEM COLORADA! COM TODA JUSTIÇA...

No infernal Beira-Rio, um jogo de um time só. Ou melhor ainda, um jogo de ataque e defesa. Sim, porque o que se viu neste primeiro duelo pela semifinal da Libertadores foi os donos da casa buscando a iniciativa - e o gol - a todo momento, e os visitantes apenas preocupados em se defender. O São Paulo se apequenava na capital gaúcha e sequer se importava com isso.

Durante todo o primeiro tempo, o Inter pressionou, embora o tenha feito sem criar tantas chances claras. Faltava o último passe e a aproximação entre os meias e os atacantes gaúchos. Verdade que a marcação são-paulina também era boa, ainda que tenha falhado em algumas bolas pelo alto. Como, aliás, vem acontecendo nas últimas partidas do clube paulista.

No segundo tempo, a mesma tônica. Só que com ainda mais pressão. O Inter chegava e, dessa vez, finalizava. Já o São Paulo não jogava. Muito menos chutava.

O Inter tinha a iniciativa do jogo. E o São Paulo apostava tudo nos contragolpes. Mas Dagoberto esteve abaixo da média e Fernandão, isolado, pouco podia fazer.

E assim o Inter foi desperdiçando chances. Até que Giuliano - que dois minutos antes havia entrado no lugar de Andrezinho - abriu o placar. Iluminado Giuliano, o mesmo que deu a épica classificação Colorada na batalha de Quilmes, contra o Estudiantes.

Aos 27, Dagoberto - nulo na partida - deu lugar a Ricardo Oliveira. No minuto seguinte, o Inter quase ampliou com Kléber.

Cansado de só se defender, o São Paulo esboçou a busca pelo gol. Mas nada que chegasse a assustar o time de Celso Roth. E foi só.

Um a zero é uma ótima vantagem para o time Colorado. Mas não pode ser considerada definitiva.

Já o São Paulo de Gomes precisará reiventar-se para chegar à final. Do contrário a cabeça do próprio Gomes será a primeira a rolar no Morumbi.
*Crédito da foto: Agência Estado

terça-feira, 27 de julho de 2010

ESTADO DE GRAÇA ESPANHOL



EM TEMPO - Ah sim, o jogo em questão era entre Espanha e Itália e valia pela Eurocopa sub-19. Ezequiel Calvente é o nome do prodígio espanhol.

É a nova geração espanhola, fazendo jus à seleção principal. Esse, nem Djalminha faria igual....

INVERSÃO DE PAPÉIS NA LIBERTADORES!

Antes da parada para a Copa, o São Paulo de Ricardo Gomes surgia como favorito no duelo ante o Inter pelas semifinais da Libertadores. O time paulista vinha em seu melhor momento no ano, apresentando futebol melhor que o gaúcho, além de ter sido absoluto nos dois jogos contra o Cruzeiro, considerado à época o favorito no confronto pelas quartas-de-final da competição continental.

Mas se, em junho, o São Paulo surgia como favorito para chegar à final, a realidade agora é outra. Dois meses depois, o quadro se inverteu. O Inter que passava por mau momento, tanto no Brasileiro quanto na suada classificação contra o Estudiantes, não tinha a força, nem o padrão tático, nem a bola que exibe neste momento. Nem mesmo seus próprios jogadores, que reencontraram as boas atuações após a chegada de Roth.

O São Paulo de Gomes chega para o duelo enfraquecido e sem tantas alternativas no banco e também em campo quanto a equipe gaúcha. Mas é o São Paulo e não se descarta a força da camisa tricolor em duelos decisivos pela Libertadores. Mas, para isso, precisará encaixar seu jogo assim como foi diante do Cruzeiro. Sólido na defesa e apostando nos contragolpes.

Certo mesmo é que, caso não avance, o time de Celso Roth brigará pelo título brasileiro. Elenco para isso o time Colorado tem. Já o São Paulo de Ricardo Gomes não pode se dar ao luxo de dizer o mesmo. Não nestas circunstâncias, nem neste momento.

SANTOS FAVORITO, MAS NEM TANTO COMO JÁ FOI

Já pela Copa do Brasil, a tão esperada finalíssima que dará ao campeão o direito de ser o primeiro clube brasileiro garantido na Libertadores de 2011. Em campo, Santos e Vitória duelam pela vaga e pelo título em uma final inédita para os dois clubes.

O time de Dorival Júnior - a exemplo do São Paulo - também foi um dos prejudicados com essa parada no meio do ano. O futebol santista regrediu é verdade, mas continua sendo a equipe que encantou o país no primeiro semestre. Com as mesmas - e valiosas - peças. Resta encontrar o foco e a alegria que marcaram a equipe nestes seis meses.

Para que isso ocorra, nada melhor do que ter o trabalho reconhecido como aconteceu ontem com a convocação de quatro santistas para a seleção. De quebra, Mano Menezes deu uma baita força para Dorival. Injetou ânimo e fôlego novos nos garotos da Vila, que andavam meio sem rumo - e já com a cabeça na Europa - neste retorno pós-Copa.

O Santos de Dorival continua sendo favorito, embora não tanto quanto antes. É bom abrir os olhos, para que os erros das finais do Paulistão não se repitam. Afinal, de bobo, o time baiano não tem nada. Pelo contrário....

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O ADEUS E O RECONHECIMENTO DO POVO!

Foi impossível não se emocionar no jogo de ontem no Pacaembu. Na partida derradeira de uma era. A era Mano Menezes à frente do Sport Club Corinthians Paulista. Dois anos e oito meses de uma espantosa calmaria. Ainda mais em se tratando do clube do Parque São Jorge.

Nesse tempo, Mano acumulou glórias e decepções, cargos e funções. Contudo, mais alegrias que tristezas. E soube lidar, e principalmente domar, como ninguém o conturbado ambiente alvinegro. Como já disse anteriormente, um fardo para raros.

Ser reconhecido por sua postura e seu trabalho não é para qualquer um. Mano Menezes foi um desses. Mesmo quando as coisas fugiram do estipulado.

Nas últimas décadas, já virou lei em terras tupiniquins - técnicos brasileiros só sobrevivem aos resultados. E, mesmo quando eles não apareceram, Mano Menezes esteve firme e forte no comando. Um caso raro, de quem teve sua filosofia de trabalho reconhecida. É por essas e outras que seu nome deve ser respeitado.

Sim, também é verdade que poderia ter sido melhor. Que o Corinthians poderia ter ganho a Libertadores deste ano - a grande meta e o grande sonho -, mas em futebol as coisas nem sempre saem como planejadas. Fosse assim, o Brasil teria pelo menos oito títulos mundiais.

Mas Mano teve o grande mérito de recolocar o Corinthians em seu devido lugar, no patamar que lhe é de direito. Direito historicamente adquirido, por sinal.

Ontem tivemos o capítulo final dessa história. E posso cravar, foi emocionante. Imensuravelmente comovente.

Mano deve ser respeitado. E apoiado. Porque ele conquistou isso e também porque suas qualidades o credenciam a isso. O último reconhecimento alvinegro veio em forma de choro, de gritos e de louvação pelos 28 mil presentes ao Pacaembu ontem.

De qualquer maneira, resta-me deseja boa sorte, Mano Menezes. O resgate do orgulho nacional agora também passa por você!

EM TEMPO - Sim, também tivemos outros nove jogos na rodada do fim de semana. Inclusive, um clássico na Vila Belmiro e outro no Engenhão. Ainda que o Sansão não tenha sido dos mais interessantes, por razões óbvias. Mas que me desculpem os outros, o nome do momento merecia um post especial.

sábado, 24 de julho de 2010

QUANDO TEM QUE SER......

Quem convive com este blogueiro de perto, sabe da admiração que ele tem com o trabalho do treinador alvinegro. E apoiava o nome dele para o comando técnico da seleção, ainda que com certo ressentimento por razões passionais.

Mas Mano foi o segundo. Tanto na opinião popular - , quanto na do presidente da CBF que só não consultou Felipão - o primeiro do povo - porque sabia da improbabilidade de um sim no momento. Muricy, então o primeiro de Ricardo Eterno Teixeira, também possui seus méritos e isso é inquestionável sob o aspecto curricular e de idoneidade.

Teixeira, aliás, que conduziu de maneira amadora a situação e saiu ainda mais enfraquecido dela. Isso porque não se consulta um técnico - ainda mais para tal fardo - da noite para o dia e anuncia-se o seu nome sem que antes ele consulte o seu clube.

De qualquer maneira, Mano é um ótimo nome. Um dos que mais me agradam. Até mesmo desnecessário elencar suas qualidades aqui.

O Corinthians, agora só de Andrés Sanchez, terá que encontrar um nome à altura da lacuna deixada pela vaga de Mano Menezes. Um técnico que simplesmente se habituou a conviver em perfeita harmonia com o estardalhaço que, de fato, é comandar um clube com a repercussão e a grandeza de um Sport Club Corinthians Paulista. Tarefa para poucos, aliás raros, em 100 anos de história. E este, talvez tenha sido um dos maiores méritos de seu ex-técnico. Senão, o maior.

Adílson Baptista, dentro de campo, me parece ser o nome certo. Mas não se pode dizer o mesmo fora dele. Parreira, ao menos, já conhece o ambiente.

Boa sorte, Mano Menezes. Que a renovação - de jogadores e principalmente de estilo de jogo - estejam em suas mãos.
* Crédito da foto: Globo Esporte

quinta-feira, 22 de julho de 2010

PALMEIRAS AINDA EM TRANSE!

Um primeiro tempo longe do ideal. Sem praticamente nada que valha a pena mencionar, embora o Palmeiras até tenha esboçado uma tímida pressão. Meio sem jeito e sem inspiração. Apenas na base do abafa e do fator casa.

Mas uma segunda etapa que começou animadora após a troca do tradicional uniforme verde pelo amarelo-verde fosforescente. Logo de cara, um belíssimo gol de falta de Marcos Assunção. Um golaço mesmo.

Dez minutos depois, Kléber ampliaria em bela triangulação do ataque alviverde. E o Palmeiras de Felipão enchia seu torcedor de reluzente esperança na arquibancada do Pacaembu. A exemplo da camisa que o clube vestia no segundo tempo.

Mas aí o Botafogo resolveu jogar. Perdido por dois, perdido por quatro. Que fosse. E encontrou um gol em cabeçada certeira de Jóbson.

Alguns minutos depois, novo cruzamente de Marcelo Cordeiro e Antônio Carlos fez outro belo gol de cabeça. O Botafogo não só empatava, como quase virava na sequência.

No fim, ainda houve tempo para Marcos Assunção ser infantilmente expulso. E o Palmeiras reclamar - com justiça, diga-se - de um pênalti não marcado em Kléber.

Mas ficou nisso. Felipão terá mais trabalho do que imagina à frente deste novo-velho Palmeiras. Novo em razão das mudanças ocorridas no clube nos últimos dias. Mas velho, na questão dos problemas dentro de campo.

LIDERANÇA COM NOVO DONO
No melhor jogo desta quinta, Fluminense e Cruzeiro duelaram no Maracanã diante de 35 mil torcedores - o maior público da rodada. Mas era o Cruzeiro quem estranhamente se sentia em casa, a ponto de perder seguidas chances preciosas e fatais. Que fariam muita falta ao fim do jogo.

No intervalo, Fred foi certeiro no diagnóstico que ocorria no Maracanã. "Estamos dominados", cravou o atacante com surpreendente sinceridade.

Mas já dizia a velha máxima que quem não faz, toma e lá foi o Flu inaugurar o marcador em cabeçada letal de Leandro Euzébio ainda no começo da segunda etapa. E o Cruzeiro se lançou ao ataque, em busca da igualdade. Mas que nada, era dia do time carioca. Dia de assumir a liderança e de mostrar que não veio a passeio este ano.

Depois de quatro anos, o Fluminense de Muricy Ramalho volta a liderar um Brasileiro. E vem reforçado e embalado para tal feito. O Corinthians de Mano - pelo menos até domingo - que abra o olho.

EMPATE NO BRINCO
Fechando a rodada, em Campinas, Guarani e Ceará ficaram no empate por 1 a 1. Melhor para o time nordestino que conquistou um ponto fora de casa e segue no G-4, embora em decadência neste período pós-Copa.

A PERGUNTA QUE NÃO CALA


Até quando o destemperado Emerson Leão continuará a se envolver em brigas com arbitragens, times adversários e, pasmem, seu mais novo alvo, repórteres*?!?!?

Nesses contínuos vexames que o treinador acumulou ao longo da carreira, saem todos prejudicados. Clubes, jogadores e sua reputação. Se é que ele se interessa por ela.

O quase igualmente destemperado Rafael Moura que o diga (até porque igualar-se a Leão no quesito é feito para poucos). Um belo gancho deve vir por aí.
* EM TEMPO: Brigas com repórteres de campo nem são tão novas assim no currículo do treinador. Já aconteceram anteriormente, o que também não chega a ser lá grande novidade.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ADEUS, INVENCIBILIDADE!


Havia um único invicto no campeonato. Não há mais. Assim como em 2003, quando o Cruzeiro teve o melhor início de um clube na era dos pontos corridos e perdeu na 10ª rodada, o Corinthians seguiu trajetória idêntica ao do time mineiro e sucumbiu surpreendentemente diante do lanterna Atlético-GO em Goiânia. E saiu derrotado por 3 a 1, em um belíssimo jogo, por sinal.

O Atlético respeitou. Mas não temeu. E teve a ousadia necessária para vencer o líder do campeonato. Até então invicto. Mas, diferentemente de domingo quando fez belo jogo contra o Atlético-MG, a equipe de Mano Menezes alternou bons e maus momentos na partida. Na soma, mais maus do que bons, também é verdade.

E saiu justamente derrotada - ainda que Chicão tenha desperdiçado em pênalti mal cobrado a valiosa chance do empate. Até porque o clube alvinegro tem um claro problema de definição nas partidas e não encontra em campo o nome que consiga decidi-las.

De quebra, o time paulista poderá ser ultrapassado pelo Fluminense amanhã, que joga contra o Cruzeiro no Maracanã. Logo agora, às vésperas do provável anúncio de Mano Menezes como novo técnico da seleção brasileira.

SÃO PAULO ABAIXO DA CRÍTICA
O jogo nem bem havia começado e o São Paulo dava impressão que afastaria o mau futebol e os maus resultados. Washington, com um minuto de jogo, já inaugurava o placar do Morumbi e dava esperança para o torcedor tricolor.

Mas foi só o que se viu. Porque depois quem tomou conta do jogo foi o time de Prudente, a ponto de igualar a partida em cabeçada de Anderson Luís. E que quase virou no fim do primeiro tempo em contragolpe com Deyvid Sacconi.

Na segunda etapa, o São Paulo até esboçou melhora, mas nada que chegasse a assustar o time de Toninho Cecílio. Uma apresentação abaixo da crítica.

E foi só. É pouco para quem quer chegar à final da Libertadores.

A TRINCA COLORADA
Para piorar a situação do clube paulista, se o São Paulo de Ricardo Gomes ainda não fez sua parte nestes jogos pós-Copa, o Inter o faz de maneira brilhante - três vitórias em três jogos. E olha que hoje foi sobre o Atlético de Luxemburgo na cidade mineira de Sete Lagoas.

SANTOS DESENCONTRADO
E em Curitiba, o Santos sofreu sua terceira derrota consecutiva na Arena da Baixada. Dois a zero para o Atlético, em um jogo que este blogueiro não acompanhou. Até em razão do movimentado jogo no Serra Dourada.

E se há dois meses o título da Copa do Brasil era iminente para a equipe da Baixada no confronto diante do Vitória, neste momento não se pode dizer o mesmo.
* Crédito das fotos: Agência Estado

PARA TODOS OS GOSTOS E CREDOS!

A décima rodada do Brasileirão começa hoje com, ao menos, quatro jogos que merecem maior destaque. Outro aperitivo da rodada é a eterna gangorra de treinadores que ameaça fazer mais vítimas na noite de hoje.

A RODADA

Nos jogos que abrem a rodada, às 19h30, Atlético-MG e Inter fazem um duelo interessante. O time mineiro buscando a qualquer custo a recuperação na tabela, enquanto os gaúchos buscam confirmar a boa fase.

Já no Morumbi, o São Paulo tenta se recuperar na classificação diante do Grêmio Prudente, adversário ideal para tanto. Vitória fundamental para espantar a crise que ameaça rondar a equipe de Ricardo Gomes, este que anda a cada dia mais contestado pela torcida e até mesmo por parte da diretoria do clube paulista.

Na partida intermediária, às 21 horas, um embate entre os ascendentes Flamengo e Avaí no Maracanã. O time carioca querendo espantar de vez os problemas extra-campo e os catarinenses sonhando com o G-4 da competição. Sonho este cada vez mais próximo, aliás.

E nos jogos das 21h50, um duelo com ares de Davi e Golias em Goiânia. O Corinthians, líder invicto e isolado da competição busca os três pontos diante do lanterna Atlético-GO. Caso a equipe de Mano Menezes confirme seu favoritismo - ainda que jogue fora de casa - terá sacramentado, de quebra, o melhor início de um clube na era dos pontos corridos. Resta saber quem fará os gols da equipe alvinegra, um claro problema ainda a ser resolvido.

Fechando os jogos da noite, o Grêmio joga diante de um frágil Vasco no Olímpico. Duelo de desesperados, embora seja ainda mais para o time gaúcho que joga pela cabeça de Silas.

E na Arena da Baixada, Atlético-PR e Santos duelam em um jogo com cara anunciada de empate. A equipe paulista, sem o suspenso Ganso e Neymar com a cabeça já na Europa, precisando reencontrar o rumo do primeiro semestre.

domingo, 18 de julho de 2010

O CORINTHIANS DE MANO É SÉRIO CANDIDATO AO TÍTULO BRASILEIRO


O Corinthians entrou em campo sabendo que só os três pontos interessavam. Jogando em casa, para quase 25 mil torcedores, diante de um frágil Atlético como visitante - ainda mais sem Tardelli e contando com o retorno de um inspirado Dentinho. Ah sim, e jogando não só para manter-se na ponta como para distanciar-se ainda mais na liderança do Brasileiro.

Na área técnica, o interessante embate entre Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes, dois postulantes ao cobiçado posto de técnico da seleção mais estrelada do planeta.

E o jogo começou como se esperava, com o Corinthians partindo para cima e querendo o gol logo no início. Gol que só não saiu porque Chicão desperdiçou de maneira rara cobrança de pênalti em Fábio Costa.

O Corinthians dominava e se impunha no Pacaembu. Mas faltava o finalizador, coisa que Iarley certamente não é. E, de tanto perder chances e gols, foi o time mineiro quem quase inaugurou o placar em bola aérea resvalada na coxa de Neto Berola, direto no travessão de Júlio César, até então um mero espectador na partida.

Na segunda etapa, Mano trocou um ineficiente Iarley por Jorge Henrique para pôr ainda mais fogo no jogo. Mas gol que é bom, nada. Uma dessas teimosias do mundo da bola e, mais ainda, da mística que cerca o clube alvinegro.

E o jogo já ganhava contornos dramáticos no Pacaembu, até que Bruno César - cada vez mais um caso de amor com a camisa corintiana - arriscou um chute meio despretensioso e a bola desviou na zaga atleticana para morrer no fundo das redes de Fábio Costa. Enfim, justiça no placar do Paulo Machado de Carvalho.

O Corinthians de Mano lidera de maneira isolada o Brasileiro com 21 pontos. E caso vença o Atlético-GO na quarta - fora de casa - uma tarefa perfeitamente possível, diga-se, já terá feito 1/3 da pontuação exigida para que se levante o título de campeão brasileiro. Isso em apenas 1/4 da competição.

Contas, contas, apenas contas, dirão alguns. Mas que dizem muito.

Resta saber o tamanho do estrago que a janela de transferências fará ao clube do Parque São Jorge. Mas não se enganem, com janela e tudo - ou apesar dela, o Corinthians de Mano Menezes disputará o título brasileiro.
* Crédito da foto: Agência Estado

quinta-feira, 15 de julho de 2010

VISITANTES BEM, MANDANTES MAL


AINDA LÍDERES, AINDA INVICTOS
Um resultado nem lá nem cá. Nem bom, nem ruim. Ceará e Corinthians fizeram um duelo movimentado, com chances de gols para os dois lados, mas nada de balançar as redes no Castelão. Castelão aliás, que recebeu público recorde neste Brasileiro com mais de 44 mil pagantes para ver a igualdade entre os dois líderes invictos. E que mereciam melhor sorte com um empate em, no mínimo, um a um.

O Corinthians foi o único time a não ser derrotado pelos nordestinos em sua casa. Os empolgados cearenses ainda devem tirar pontos de muita gente jogando em seus domínios. A notícia ruim é que o time de Mano Menezes pode - e deve - ser ultrapassado pelo Fluminense na noite de hoje. O time carioca recebe o Grêmio Prudente no Maracanã e pode chegar aos mesmos 18 pontos de Corinthians e Ceará, caso vença. Mas ultrapassaria os dois no número de vitórias.

No fim de semana, o time paulista encara o desesperado Atlético-MG no Pacaembu. Talvez um Atlético pouco menos desesperado, já que o time de Luxemburgo deve fazer a lição de casa contra o xará goianiense hoje. Já o Ceará visita o Internacional em Porto Alegre. Colorado que estará embalado pela bela vitória fora de casa contra o Guarani.

TROPEÇO TRICOLOR
Quem decepcionou mesmo seu torcedor - se é que havia algum na gelada e chuvosa noite paulistana de ontem - foi o São Paulo. Derrota por 2 a 1 no Morumbi para o Avaí, com direito a vacilos coletivos de todo o sistema defensivo tricolor, inclusive de Rogerio no segundo gol. A meta é o Inter daqui duas semanas, mas pontos perdidos como o de ontem podem fazer falta lá na frente.

Fechando a noite de descaso dos mandantes, o Grêmio apenas empatou com o Vitória e o Atlético-PR sofreu sua primeira derrota neste Brasileiro na Arena para o Cruzeiro, por 2 a 0. Goiás e Vasco ficaram no empate sem gols, em um jogo que não deve ter sido lá dos mais interessantes.

VITÓRIA RUBRO-NEGRA NO CLÁSSICO CARIOCA
O único a salvar a noite dos mandantes foi o Flamengo que bateu o Botafogo por 1 a 0, gol do garoto Paulo Sérgio. Vitória para espantar o mau-olhado da Gávea. E mostrar que o Flamengo continuará sendo grande, independente de Bruno, Adriano, Vagner Love e afins. Pelo contrário, os pequenos é que serão eles. No caso de Adriano, uma definição nem tão literal assim.
* Fotos: Getty Images

quarta-feira, 14 de julho de 2010

AGORA SIM, BRASILEIRÃO!

Ele andava meio esquecido, quase que desprezado. Relegado a segundo plano, em razão de uma certa Copa que a grande maioria preferirá esquecer (afora os eufóricos espanhóis, os orgulhosos holandeses, os entusiasmados alemães e os bravos uruguaios). Foi deixado de lado por quase 50 dias. Mas retorna hoje, ainda meio cambaleante. Contudo, já com bons jogos.

Nesta quarta, o duelo mais interessante fica por conta de Ceará e Corinthians. Um confronto de líderes, ambos invictos, diante de um Castelão que certamente estará abarrotado com mais de 40 mil fanáticos nordestinos. Com direito a quebra de recorde de público e tudo. O duelo marca também o encontro da melhor defesa, a nordestina no caso, contra o melhor ataque, o paulista.

Se só esse jogo já é motivo para empolgação, eis que teremos ainda na noite de hoje Flamengo e Botafogo no Maracanã. O clássico que marca o recomeço de Zico na Gávea. E já com uma penca de problemas para o Galinho resolver. Menos o de Bruno, que isso já é coisa da esfera criminal, policial, patológica, enfim.

Ainda hoje, São Paulo e Avaí jogam no Morumbi num jogo que não deve ser a melhor das atrações. Nem mesmo para o são-paulino. Isso porque o time tricolor está mais com a cabeça na Libertadores e no duelo com o Inter do que em qualquer outra coisa. Assim como o time gaúcho que encara este surpreendente Guarani no Brinco de Ouro, também hoje.

Já amanhã, outro clássico pra ninguém botar defeito. Palmeiras e Santos no Pacaembu, no primeiro repeteco depois daquele brilhante jogo que as duas equipes fizeram na Vila Belmiro, ainda pelo Paulistão. O time alviverde já com Kléber, mas ainda sem Felipão no comando de fato. E o Santos, provavelmente, com Robinho e Ganso. Outro jogo que promete.

Se as coisas andavam apenas mornas - e olhe lá - em terras tupiniquins, tem tudo para esquentar nos próximos dias. Mesmo que com frio, janela de transferências e tudo. Isso porque, finalmente, "ele" está de volta.

terça-feira, 13 de julho de 2010

BEM-VINDA, ESPANHA!!!!


Qual o balanço que se faz deste Mundial africano?!? Afinal, foi uma Copa excepcional ou pode-se dizer que foi uma decepção tremenda? Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. São muitas as considerações, mas resumirei aquelas as quais considero de maior importância. Para tanto, vamos por partes.

A Espanha fez por merecer sua conquista, mesmo jogando aquém do que se esperava. O time da posse de bola e da troca de passes fez apenas oito gols (que poderiam facilmente ter sido doze, tamanho foi o preciosismo espanhol). Mas foi o suficiente para encantar os mais saudosistas e provar que é possível vencer jogando bonito. Para sorte dos amantes da bola.

Por outro lado, a perigosa Holanda não encantou em momento algum (no máximo, durante o fatídico segundo tempo das quartas-de-final). Mas chegou forte à final e, por pouco, não levou o título para os Países Baixos em uma final excessivamente violenta - e também medrosa - de sua parte. O time de Van Marwijk também pecou ao não ousar medir forças com os espanhóis na decisão.

UMA NOVA ORDEM MUNDIAL?

Os destaques coletivos do Mundial africano ficam por conta desta surpreendente seleção alemã, com dois volantes de chegada ao ataque e dois meias rápidos e de rara qualidade, além do resgate da tradição e da força uruguaias e do respeito reconquistado pela Holanda (apesar do certo pragmatismo laranja). E, é claro, desta bela e técnica Espanha, a nova sócia deste seleto grupo de campeões mundiais.

Se a Copa de 2006, na Alemanha, priorizou a força do sistema defensivo com excessivos três volantes de contenção em campo, a de 2010, talvez tenha marcado o surgimento de uma nova era. Uma nova ordem onde tudo foi subvertido. O Brasil de Dunga jogando ao melhor estilo alemão, frio e calculista. E a Alemanha de Low jogando ao melhor estilo brasileiro. Isso para ficar apenas em alguns pontos.

Já a péssima arbitragem que pôde ser vista em terras africanas apenas corrobora aquilo que todos já sabem. A impossibilidade humana - de qualquer um de nós, reles mortais - de se apitar uma partida inteira sem que esteja lançando sua sorte ao acaso. Acaso de angulações, espaço, tempo e de interpretações. Não há má-fé, como alegam ingenuamente alguns. É apenas um sistema falho, desumano. E a pauta da discussão por novas tecnologias não pode passar mais uma vez em branco.

Já o outro ponto negativo fica por conta da péssima Copa de França, Itália, Inglaterra e porquê não ousar dizer, também do Brasil?!?! Seleções envelhecidas, cambaleantes, extenuadas e pobres taticamente. Apenas mais do mesmo. Que não nos esqueçamos de algumas destas primordiais lições aprendidas em terras africanas.

E ainda, se o resultado final deixou a desejar em alguns aspectos, ao menos a consagração espanhola serviu de esperança. Esperança de que teremos espetáculos e dias melhores. Isso porque, essa é a essência do esporte - alegria, arte, encantamento, êxtase.

Em 2104 (* 2014, como todos sabem), é a vez do Mundial brasileiro. É a chance da redenção verde-amarela. Sob todos os aspectos, inclusive de organização.

De qualquer forma, bem-vinda Espanha! Já era em tempo....

segunda-feira, 12 de julho de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES!

Este blogueiro não se encontra em seus melhores dias. Uma viagem de volta extremamente cansativa pós-feriado e uma segunda atribulada no trabalho fizeram com que o blog passasse em branco hoje.
Mas voltarei amanhã - sem falta - para falar sobre a épica conquista da Espanha no Mundial africano. E, é claro, sobre a volta do Brasileiro no meio de semana. Promessa é dívida.
Abraços.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FÚRIA!!!! REESCREVENDO A HISTÓRIA!!!


Nem bem o jogo havia começado no belo estádio de Durban e a Espanha já dava claros indícios do quê teríamos pela frente. Muita posse de bola, muita troca de passes e infiltrações por entre os espaços do meio-campo alemão. Sempre buscando o gol, embora algumas vezes o fazia com meticulosidade exagerada. Del Bosque sabia que o jogo teria de ser ganho nesse setor e, obviamente, apostou no que tem de melhor. A Espanha, sem o peso do favoritismo, enfim, impunha-se na Copa.

Espaço em campo, quase não havia aos alemães. O time ibérico minava aos poucos os germânicos. Não era uma partida de xadrez, muito menos uma guerra, e sim um belo jogo de futebol. A habilidade espanhola contra a surpreendente rapidez alemã. Mas faltava o gol.

O segundo tempo foi praticamente jogo de um time só. Era um bombardeio espanhol ao gol alemão. Mas o time germânico também tinha seus méritos e suas qualidades. E resolveu equilibrar as coisas por alguns instantes.

Mas não tinha jeito. Era dia da Fúria. O meio-campo espanhol engolia o alemão, para espanto de muitos que apostavam nos saxões, grande sensação desta Copa até então. Era a chave para vencer o jogo.

Mas o futebol tem algumas particularidades e uma delas é a de ser surpreendente. Isso porque quando mais esperava-se um gol em troca de passes, depois de vários perdidos dessa forma, o gol espanhol saiu de uma cabeçada de Puyol, do alto (?) de seus 1,78m. Para delírio do povo ibérico, tão alucinado por futebol. O relógio já marcava 28 do segundo tempo.

Ainda houve tempo para os espanhóis desperdiçarem a esmo contragolpes. Um deles com um egoísta Pedro, que não passou a bola a Torres, sozinho na grande área. A Alemanha ainda tentou igualar ao seu mais fiel estilo, na base da bola aérea. Mas não havia jeito, o placar da Eurocopa 2008 repetia-se na África.

E assim foi até o final. Pela primeira vez em sua história, a Espanha chega a uma final de Mundial. Obviamente, teremos uma decisão inédita. O time de Del Bosque é favorito domingo no Soccer City, mas - sempre é bom lembrar - o Brasil também era contra os mesmos holandeses. Um jogo, simplesmente, imperdível. Como toda decisão de Mundial que se preze.

EM TEMPO - O Barcelona pode não ter triunfado nas Champions nesta temporada. Mas quem aí ousa dizer que o time catalão também não será parte desta conquista, caso a Espanha confirme seu favoritismo diante da Holanda domingo? Eu não....
* Crédito da foto: Agência Reuters

A HOLANDA ASSISTE DE CAMAROTE!


O Uruguai bem que tentou. Lutou bravamente contra os holandeses a ponto de igualar a partida e ter até mais posse de bola e chances para virar no início da segunda etapa. Mas era sonho demais. Fardo demais para estes renascidos uruguaios. A Holanda venceu, mesmo tendo feito talvez o seu pior jogo nesta Copa. Já os uruguaios saem de cabeça erguida e de alma lavada no Mundial africano.

Se pode-se dizer que há um alento nesta dolorosa derrota, este é o de que o time sul-americano voltou a ser grande, respeitado. Depois de quatro décadas de ostracismo no cenário mundial. Já os monárquicos - e até surpreendentemente pragmáticos - holandeses chegam pela terceira vez a uma final de Copas. Dessa vez, ainda mais confiantes de que chegou sua hora.

REPETECO OU FINAL INÉDITA?

Na tarde de hoje, Espanha e Alemanha duelam em Durban em um jogo pra lá de interessante. O time espanhol do toque de bola contra o time bávaro do contragolpe mortal, calculado em detalhes.

A defesa alemã já enfrentou uma seleção com descomunal poder de ataque neste Mundial - a Argentina de Messi, Tevez, Higuaín e Dí Maria. E passou com sobras pelo teste. Mas os espanhóis são mais inteligentes e meticulosos em termos de produção ofensiva. Trabalham melhor a bola. As vezes até demais, sem a profundidade desejada.

Por outro lado, a defesa espanhola já deu claros sinais de que não vive sua melhor fase. Sempre é bom lembrar, a questão do momento em Copas é fundamental. E, nesse caso, é o que pode fazer toda diferença na tarde de hoje. A não ser que Casillas seja a diferença.

A Holanda espera por seu adversário. Resta saber se teremos repeteco da final de 74 ou um oitavo integrante na seleta lista de ganhadores da Copa? Respostas na tarde de hoje.

EM TEMPO - O bicampeonato alemão conquistado em 1974, em casa, (ainda na época da divisão entre Ocidente e Oriente), comemora hoje exatos 36 anos. Bons prenúncios aos bávaros?

terça-feira, 6 de julho de 2010

A SUPERAÇÃO CELESTE


Dentre os cinco sul-americanos, o Uruguai chegou como o menos badalado. Classificou-se em quinto nas Eliminatórias e só obteve a vaga na África depois de uma suada repescagem contra a fraca Costa Rica. No Mundial, caiu em uma chave difícil, na mais difícil delas, aliás. E muitos apostavam na eliminação celeste já na primeira fase. Mas o time latino passou. E com sobras, diga-se. Primeiro lugar do grupo e nenhum gol tomado.

Nas oitavas foi a vez da Coreia do Sul cair diante dos uruguaios, num jogo que os sul-americanos se encolheram estranhamente quando estiveram a frente do placar e, por pouco, não sucumbiram diante dos asiáticos. Mas passaram.

Nas quartas, a vez de Gana. Um jogo memorável, com empate no tempo normal e direito até a pênalti perdido no último minuto da prorrogação pelos africanos. Simplesmente inacreditável. Na loteria das penalidades, a frieza e a superação uruguaias foram decisivas para o avanço às semifinais.

Enquanto isso, seus rivais hermanos foram caindo um a um. Lado a lado. Primeiro o Chile, depois o Brasil, na sequência a Argentina e por fim, o Paraguai. Não houve Copa América em terras africanas, como se anunciava. Resta agora apenas os bravos uruguaios, aparentemente encolhidos diante de três belas seleções europeias.

Cenário inimaginável para qualquer torcedor em sã consciência. As potências Brasil e Argentina fora e o Uruguai ali representando o continente em um Mundial meio insensato.

O Maracanazo, a maior tragédia do futebol, está prestes a completar 60 anos. O Uruguai invoca seus imortais daquela batalha épica. Mesmo destroçado, desfalcado, extenuado, a seleção Celeste é uma das quatro melhores do Mundial. A Holanda que não a subestime. O Uruguai, de Oscar Tábarez, quer continuar teimando e surpreendendo a todos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ALGUNS NOMES E UM DESTINO


Dunga se foi, como já era mais do que previsto. O balanço final de seus quase quatro anos à frente da Seleção não é dos piores. Pelo contrário, Dunga obteve resultados significativos e perdeu apenas sete partidas em 68 jogos. O índice de aproveitamento beira os 80% e o coloca entre os quatro melhores que já dirigiram o selecionado verde-amarelo. De quebra, conquistou o primeiro lugar nas Eliminatórias, a Copa das Confederações e a Copa América. Mas ficou pelo caminho na principal tarefa pela qual foi contratado.

Talvez o maior demérito de Dunga não tenha sido nem mesmo o revés na África. Afinal, em futebol se perde ou se ganha. E em Mundiais, detalhes - como a expulsão de Felipe Melo - decidem o jogo. O grande problema foi mesmo a oportunidade única de renovação que não foi feita na gestão do treinador. Ou não éramos uma das seleções com a maior média de idade do Mundial?!?!?!

Enfim, a era Dunga acabou - para alívio de muitos. Surgem agora dois nomes com maior força entre a cúpula da CBF para assumir o lugar do antigo treinador, Felipão e Mano Menezes. Dois gaúchos com personalidades e estilos diferentes. Felipão é o grande sonho, mas Mano a possível realidade. Leonardo - ex-Milan - corre por fora. Alguns veículos especializados também colocam o nome de Ricardo Gomes na disputa, mas este blogueiro não crê na hipótese.

Cá entre nós, eu preferiria mesmo alguém da estirpe e da visão de um Leonardo, ou até mesmo um Falcão que anda livre, leve e solto pelo mercado da bola. Mas sei não, algo me diz que o treinador corintiano é quem irá assumir um dos cargos mais cobiçados no país do futebol. A conferir.....

sábado, 3 de julho de 2010

A DURA DOR DA DERROTA!


A decepção é imensa. Por mais que não fosse a seleção que o povo sonhava ver na África, era a seleção que os representava. E era por eles que ela lutava.

Por mais que não fosse o estilo de jogo que agradasse e representasse toda tradição e beleza do futebol tupiniquim, era a seleção brasileira. E a derrota dói. Talvez, menos do que deve ter doído naquele 5 de julho de 1982. Mas dói também.

Para muitos o futebol acabou ali, na tragédia do Sarriá. Desta vez, a derrota representa o adiamento de um sonho, a busca por uma hegemonia que fosse ainda maior.

Dunga também teve seus méritos, isso é inegável. Talvez o mérito maior fosse o de depositar a confiança em Robinho, mesmo quando o camisa onze esteve em seus piores dias e quando muitos pediam sua cabeça. Mas Robinho é maroto e soube lidar com as críticas como ninguém, respondendo a elas dentro de campo.

Alguém aí lembrará da força defensiva construída na era técnica do capitão do tetra. Mas juntar o melhor goleiro do mundo, o lateral-direito mais completo e a dupla de zaga mais entrosada e qualificada de todo o planeta, é algo fácil. Prefiro lembrar do ponto negativo, o buraco não preenchido na ala esquerda em quatro anos de trabalho.

Mais uma vez o sonho do Hexa foi adiado. Mais uma vez nas quartas de final. Mais uma vez contra adversários europeus e em um jogo que nos considerávamos superiores. Isolar-se ou não nunca foi a questão. Triste ironia.

Algo tem de ser revisto. A primeira atitude de Ricardo Teixeira deve ser a de demitir Dunga. A era Felipe Melo acabou. Dias melhores virão. Dessa vez, quem sabe, com um resgate de nossas origens.

O futebol muda, também é verdade. Só não se pode ceder à tentações mesquinhas. Tampouco se esquecer de onde viemos. Muito menos, quem somos.

O Mundial de 2014 é aqui. É a chance da redenção. Dessa vez com futebol- arte. Afinal é ela que nos motiva e nos orgulha de ser quem somos. Vida que segue.
* Crédito da foto: Agência France Press

EUFORIA LARANJA!

* Do sítio da Globo.com

A imprensa holandesa reflete neste sábado a euforia do país depois que a sua seleção venceu o Brasil por 2 a 1 na Copa do Mundo da África do Sul. Após a vitória contra a seleção pentacampeã nas quartas de final, na sexta-feira, todos mostram confiança que o país pode conquistar o inédito título mundial.

O jornal "Algemeen Dagblad", que traz várias páginas sobre a vitória do time de Bert van Marwijk, traz a manchete "A laranja pode crer em um título mundial", e destaca a "potência de campeões" que a seleção holandesa mostrou contra o Brasil, na partida desta sexta.

No "De Volkskrant", a manchete é "Com personalidade, vencemos o Brasil", enquanto as páginas interiores refletem a confiança naquele que seria o primeiro título mundial do país. O jornal ainda lista uma série de elogios ao treinador: "consequente, tranquilo, tático, simpático, perfeccionista, trabalhador e crítico".

O diário "De Telegraaf" ressalta o "milagre" realizado na sexta-feira pela seleção. "A Holanda superou a 'Síndrome Brasil', ressalta".

A euforia também é visível nas ruas da Holanda, que a cada dia se tingem mais da cor de sua seleção, com bandeiras por todos os lados e incentivos aos ídolos.