VITÓRIA.....DE RONALDO

Um clássico digno da grandeza dos dois clubes. Ainda mais por ser um dérbi, talvez o maior do país. E, porquê não, um dos maiores do mundo. O fato é que Corinthians e Palmeiras proporcionaram um espetáculo eletrizante no segundo tempo. Por mais que o sol escaldante de Presidente Prudente fosse o maior adversário dos jogadores em alguns momentos da partida.

Antes do jogo, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes optaram pela cautela na formação de suas equipes. Afinal, era um Corinthians e Palmeiras. E Mano e Luxa sabem disso. Sabem o que pode significar uma derrota para o arquirrival histórico.

DENTRO DE CAMPO.....
O jogo começa morno, com as duas equipes se estudando. E se respeitando demais. O Corinthians até tinha mais posse de bola. Mas não conseguia produzir, traduzir em jogadas. Tanto que o melhor lance do primeiro tempo foi uma cabeçada do zagueiro Mauricio em bela defesa de Felipe.
Jorge Henrique era o melhor corintiano em campo e, junto com Elias, eram os únicos que levavam algum perigo à meta palmeirense. Pelo lado alviverde, Diego Souza e Cleiton Xavier, apagados na partida, não conseguiam distribuir bolas para o artilheiro palmeirense, Keirrison.

ALEGRIA VERDE EM PRUDENTE
Mas o jogo reservava suas melhores emoções para a etapa final. E logo no começo, Keirrison manda um lançamento despretensioso para Diego Souza. Felipe sai mal do gol, é traído pelo gramado e deixa a bola passar por cima dele. O camisa 7 palmeirense corre atrás dela, a domina e, com calma e frieza, tira Felipe da jogada e chuta pro gol. 1 a 0 em falha bizarra de Felipe, que até então vinha bem na partida.

FENÔMENO EM CAMPO
O Corinthians, precisando do resultado, sai pro jogo. E começa a pressionar. Até que, aos 18 minutos, o momento mais aguardado da partida. Ronaldo, enfim, entra em campo. E muda a história do jogo.

Aos 23 minutos, o seu cartão de visitas. No primeiro toque na bola, Ronaldo dá um belo drible em Pierre. Em outro lance, minutos depois, o centroavante corintiano escapa da marcação e manda uma bomba no travessão do goleiro Bruno. A torcida palmeirense se cala por alguns instantes. Era o prenúncio do que estava por vir.

Em compensação, o Palmeiras perdia chances de liquidar a partida nos contra-ataques. Era inútil. Os deuses do futebol já haviam preparado o roteiro fenomenal.
Aos 42, Ronaldo faz outra bela jogada, gira sobre a marcação de Mauricio e cruza para André Santos cabecear e quase empatar a partida. Bruno faz excelente defesa e manda pra escanteio.

ILUMINADO...
Mas nos acréscimos, em um escanteio cobrado por Douglas, o goleiro palmeirense sai mal, Ronaldo engana Marcão, se livra da marcação dele e sobe sozinho para empatar a partida. Delírio do Fenômeno que corre para comemorar no alambrado. Delírio da torcida corintiana no Prudentão. E delírio de todos aqueles que torcem pelo bom futebol. Era o retorno do Fenômeno. Triunfal, diga-se de passagem. Por mais que o resultado final não fosse a vitória da equipe, Ronaldo pode dizer que sai de campo com uma vitória pessoal sua, a da redenção.

Como ele próprio diria depois em entrevista coletiva; “Esquecendo um pouco a modéstia, mas neste momento (do gol) eu domino à perfeição”. E aí, alguém (ainda) duvida disso????