BRASILEIRÃO EM DIAS DE brasileirinho!

Um Brasileiro que começa meio clandestino. O termo foi cunhado por Juca Kfouri, perfeito na análise. Assim como ocorre todo ano, o campeonato mais equilibrado do planeta começa assim, meio chocho, sem brilho, sem foco e sem empolgação. E assim, opaco, deve ficar até agosto quando a disputa geralmente começa a esquentar. Qualquer crítica velada ao (des)organizado calendário brasileiro nesse caso é mera coincidência.

A rodada inaugural teve, pelo menos, cinco jogos interessantes. Que começou no sábado com o duelo envolvendo dois campeões estaduais, Botafogo e Santos, em partida disputada no Rio. Ainda que a equipe paulista esteja mais preocupada com as semifinais da Copa do Brasil contra o Grêmio. Um jogo de estilos opostos e que terá tudo para sacramentar o primeiro clube classificado à Libertadores 2011.

O Brasileiro continuou no domingo com Flamengo e São Paulo no Maracanã, para apenas 7 mil pagantes. Além de Inter e Cruzeiro no Beira-Rio, em dois duelos que envolvem os quatro remanescentes brasileiros na Libertadores 2010. Uma pena que os quatro clubes estejam muito mais preocupados (com razão, frise-se) com a sequência da competição continental do que com este início do nacional.

A rodada de estreias contou também com o (amargo) regresso do Vasco à elite nacional, em jogo no Mineirão contra o Atlético de Tardelli e Luxemburgo. O Pacaembu também foi palco de um destes jogos interessantes, envolvendo Corinthians e Atlético-PR. Verdade também que muito mais em razão da eliminação alvinegra da Libertadores do que pelos aspectos técnicos e táticos que cercavam a partida. Menos mal que o alvinegro conseguiu uma virada e freia o indício de crise que ameaça rondar o Parque São Jorge. Isso num jogo para apenas 9 mil pagantes.

Aliás, (falta de) público foi a tônica da rodada. Nesse quesito o único que pôde comemorar algo, de fato, foi o Ceará que levou quase 20 mil pagantes ao Castelão, no seu retorno à série A. Enfim, um começo nem lá nem cá. Ou melhor colocado, muito mais pra lá do que pra cá. E assim segue o futebol tupiniquim.....