INTER NA FINAL!!! E GARANTIDO NO MUNDIAL!!

Um senhor duelo no Morumbi. Em campo, um confronto que seria decidido nos detalhes. O São Paulo apostava na mística de sua camisa na competição continental e na força de sua torcida.
E o Inter, em seu elenco e no resultado conquistado quarta passada, no Beira-Rio.

Uma partida que começou apenas morna. O São Paulo esboçava a pressão. Mas o Inter vencia a batalha no meio-campo. Tanto que até os 20 iniciais, as duas melhores chances foram coloradas, em chutes de Alecsandro e Taison de fora da área. Na base da bola aérea, o São Paulo também assustava. O Morumbi, com 57 mil pagantes, pulsava de tensão.

O jogo caminhava do jeito que o Inter queria. Caminhava.....

Isso porque aos 31, Renan falhou de forma grotesca e entregou a bola para Alex Silva, sozinho na pequena área, abrir o placar. Explosão da maioria no Cícero Pompeu. Ricardo Gomes ganhava um presente dos céus àquela altura.

O São Paulo melhorou, enquanto o Inter acusou o golpe. E dá-lhe bola aérea no perímetro defensivo colorado.

No segundo tempo tudo igual. Gomes e Roth voltaram com a mesma escalação. Os 45 minutos finais prometia.

E como prometia. Com menos de seis minutos, Alecsandro - em posição legal - empatou após desviar falta cobrada por D'Alessandro. Um a um no placar e euforia da minoria gaúcha. A classificação estava próxima. Ainda que estivesse longe, distante por 40 longos minutos.

Mas o time de Rogerio Ceni não estava morto. E conseguiu tirar mais um coelho da cartola. Em bola mal afastada pela defesa colorada, ela encontrou Ricardo Oliveira sozinho, e em posição legal, na área colorada. Foi só escolher o canto para colocar o time paulista novamente à frente do placar. O São Paulo estava vivo, vivíssimo aliás.

A partida seguia tensa. Lá e cá. Aos 18, o lance que poderia ter definido a partida. Em bela triangulação do ataque colorado, Sandro foi até a linha de fundo e cruzou para Tinga, na marca do pênalti e sozinho, chutar em cima de Jean, a salvação são-paulina. Os colorados ainda reclamaram pênalti no lance, alegando mão na bola do lateral. Sem razão. E em vão.

O Inter não se intimidava e atacava os donos da casa. E marcava sob pressão, as vezes até mesmo no campo de seu adversário.

Aos 28, Gomes deu sua última cartada. Sacou um nulo Cléber Santana para a entrada de Marlos. Como há tempos não se via, o São Paulo era extremamente ofensivo.

Tinga, infantilmente, aos 34, recebeu o segundo amarelo por falta desnecessária e foi expulso. Na sequência, Gomes pôs sangue novo no jogo. Fernandinho no lugar de um cansado Dagoberto.

Hernanes arriscava todas. O jogo era eletrizante. O São Paulo, pressão. O Inter, coração e superação.

O tempo se arrastava para o Inter e passava rápido demais para o São Paulo. Era uma chuva de bolas aéreas na área colorada. Em vão. Amarilla apitou o fim do jogo e deu início à festa gaúcha em pleno Morumbi.

Assim como em 2006, o Inter batia o São Paulo em confrontos pela Libertadores. Em 2006, teve título continental e mundial, os primeiros da história colorada. Teremos novamente em 2010???

Ao fim do jogo, Rogerio e Hernanes se abraçaram, chorando no meio de campo. Um abraço de despedida do capitão tricolor ao volante, com partida marcada para a Lazio. Ao São Paulo, resta juntar os cacos pela dolorosa eliminação.

Já o Inter chega firme, forte e com cara e elenco para conquistar pela segunda vez a América. De quebra, está garantido no Mundial de Clubes da Fifa em dezembro. Abu Dhabi é logo ali! Pelo menos para a metade vermelha do Rio Grande do Sul.