quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

UM DÉRBI PARA BEM E PARA O MAL!


Apenas mais um jogo valendo três pontos na fase classificatória do Paulista, certo? Errado caro leitor, completamente errado e acho que disso a grande maioria tem conhecimento. Pelos menos a parcela que entende o mínimo possível de futebol. Os efeitos de um dérbi vão além disso. Muito além da tabela de classificação e dos meros três pontos.

Peguemos como exemplo dois clássicos recentes entre as duas equipes. Os dois ocorridos no Paulista. Em 2008, o Corinthians de Mano Menezes ainda estava sendo montado, mas vinha em um bom momento na tabela de classificação e tinha tudo para figurar entre os quatro primeiros. De quebra, estava quatro pontos à frente de seu arquirrival. Uma derrota deixaria o Palmeiras de Luxemburgo em situação complicadíssima e, por outro lado, praticamente garantiria a classificação alvinegra à próxima fase da competição.

Mas Valdívia tratou de sacramentar os três pontos para o Palestra, em vitória por 1 a 0 em um domingo abarrotado com mais de 50 mil pessoas no Morumbi. O Palmeiras não perdeu mais na primeira fase e depois desse jogo caminhou com sobras para conquistar o título paulista. Já o Corinthians teve destino inverso e nem mesmo chegou às semifinais.

O outro dérbi ocorreu ano passado. E desse, todos os alvinegros recordam-se com muito carinho. O Corinthians de Mano Menezes estava de volta à elite do Brasileiro, mas ainda existia uma névoa de desconfiança em relação à qualidade de seus jogadores. Ronaldo, a grande contratação do futebol brasileiro, ainda não havia jogado de fato. Tinha disputado apenas uns minutos em um jogo pela Copa do Brasil contra o modesto Itumbiara, quatro dias antes do grande clássico. Sua falta de mobilidade em campo e sua aparente má forma física chamaram a atenção. Para muitos, o fenômeno estava liquidado para o futebol. Era apenas uma jogada de marketing da diretoria alvinegra. Seria um total fracasso no futebol brasileiro alardeavam os pessimistas.

E, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, sob um sol escaldante em Presidente Prudente, lá foi o maior artilheiro das Copas entrar em campo com a camisa alvinegra. E ali, naquele 8 de março de 2009, Ronaldo renasceu mais uma vez para o futebol.

O resto da história todos sabem. Muitos dizem que o Corinthians só pegou confiança depois de ganhar as duas partidas das semifinais contra o São Paulo. Pode até ser. Mas no caso de Ronaldo, a retomada de sua confiança começou naquela partida épica e naquele alambrado do Prudentão. Afinal, e modéstia à parte, no momento do gol o ídolo alvinegro beira à perfeição.

Esse é o espírito de um Corinthians e Palmeiras. Suas nuances, seus efeitos, seus dissabores e seus deleites. Corinthians e Palmeiras não seriam os mesmos sem um ao outro, não teriam a mesma intensidade, o mesmo brilho. É por isso que o clássico deste domingo vale mais do que simplesmente três pontos. Enfim, um dérbi para o bem e para o mal.
*créditos das fotos: Agências Globo, Futura Press e IG

4 comentários:

  1. é por isso que cada dia mais os bambis sao rejeitados, pq sempre estao de fora dos melhores jogos do pais. domingo teremos O MAIOR CLASSICO PAULISTA sem duvida e infelizmente sem diego souza e ronaldo

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  2. esse maior classico tem apenas 1 libertadores e "1" mundialzinho que colocaram o corinthians jogar....ja nos temos 3 liberta e 3 mundial....ja basta!!!

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