terça-feira, 10 de novembro de 2009

AINDA SOBRE BELLUZZO, SIMON, FATALIDADES E AFINS


O presidente palmeirense, Luiz Gonzaga Belluzzo, resolveu apimentar ainda mais a discussão sobre a fatídica partida de domingo no Maracanã. Depois de uma série de graves acusações ao árbitro da partida, o sempre polêmico Carlos Eugênio Simon, Belluzzo prossegue reiterando seus ataques verbais.

Em sua nova investida o presidente palestrino ameaça processar Simon na Justiça Comum, acusa o STJD de favorecer o Flamengo, reconhece que o próprio Palmeiras já foi beneciado pela arbitragem neste Brasileiro e diz que o São Paulo é quem foi diretamente beneficiado com o resultado do Maracanã.

Todos sabem da admiração que tenho por Belluzzo. Principalmente pela honestidade e pela coragem do presidente alviverde em meio à fétida podridão que infesta nosso futebol. Belluzzo é sim um dirigente diferenciado. E fez todo o trabalho e planejamento possíveis para tornar o Palmeiras novamente campeão brasileiro. Da melhor maneira que lhe cabia, salvo um equívoco aqui ou acolá.

O dirigente só não pôde* lidar com o imponderável, os imprevistos e as mazelas do futebol. Afinal, isso é algo que está fora do seu alcance. Nessas horas, muitas vezes não se trata de merecimento, e sim de acaso, de destino. Ou de fatalidades, se assim preferirem. Ou ainda, porquê não, de má fé??? E, quer gostem alguns ou não, é assim que as coisas funcionam. Belluzzo veio para botar o dedo na ferida. Enfim, um alento....
* Ou pode, segundo a nova ortografia. Mas reparem como muda o sentido do verbo.

*E deram férias antecipadas para o Carlos Simon

*Do blog do Juca.

Depois de ter errado demais no Maracanã, depois de ter sido ameaçado e humilhado pelo presidente do Palmeiras, eis que o árbitro Carlos Simon foi eliminado do restante do Brasileirão pela CBF.

Justiça feita? Só se for para inglês ver.
Porque faltam apenas quatro rodadas para o campeonato acabar e punição mesmo teria sido a CBF comunicar que ele não será mais o árbitro brasileiro na Copa do Mundo da África do Sul.

O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que extrapolou em seu protesto contra a desastrosa atuação de Simon, além de ter mantido todos os adjetivos com que brindou o apitador, foi mais longe.

Ele mostrou como não são sérias as decisões do STJD, ao relatar a gracinha de um auditor bobinho que deu dois jogos de suspensão a Vagner Love depois de ter dito que preferiria vê-lo com trancinhas rubro-negras no cabelo e não verdes.

Com pouco tempo de cartola, Belluzzo sente na pele aquilo que os mais experientes estão cansados de saber: duas das maneiras mais sórdidas de se exercer o poder no futebol estão exatamente no controle da arbitragem e da justiça esportiva.

Enquanto as duas não forem independentes, assim será: um árbitro fraco, um auditor leviano, e um título de campeão pode se esvair por caprichos de capachos.

Um comentário:

  1. Pois bem, como palmeirense, eu aprovei muito bem a atitude do Belluzzo. Tanto as declarações que fez ao Simon no domingo a noite, como a iniciativa de processa-lo na Justiça Comum e a transparência do que aquele relator do STJD disse no julgamento do Love. O Belluzzo não vive de futebol e já disse que não vai se reeleger. Ele não tem nada a perder. Tem mais é que continuar com esse processo e botar todas as cartas na mesa. Tem o meu total apoio.
    Comemorei sua eleição. É um grande profissional, uam grande pessoa e um grandiosíssimo palmeirense. Muitos da mídia o estão criticando, com acusações de "apologia à violência", mas sinceramente, não vejo dessa forma. Sei que o Belluzzo é o presidente de um clube grande, mas primeiramente, ele é humano e palmeirense. Está certo e deve continaur nessa caminhada.
    Sei que tudo isso não vai fazer do Palmeiras campeão, mas vai contribuir para que impeça que esse campeonato continue sendo manchado e comprado mais uma vez.

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