QUANDO A LÍNGUA TORRA!*

* Do colaborador e leitor do blog, José Henrique Dognani

Era como esperava, a mesma história do ano passado e de tantos outros anos. Times se ‘superando’ e ‘mudando’ o discurso dos “especialistas” do Futebol.

É uma pena que o esporte “esteja sendo feito” apenas de momentos e não também das glórias de cada clube. É o que percebo, mas pelo menos o respeito deveria existir. Não digo o respeito dos torcedores adversários ou dos cartolas que, queiram ou não, de camarote “botam lenha na fogueira pro circo pegar fogo”. Falo dos especialistas em futebol, não só dos jornalistas (existem exceções), mas de todo aquele que se compromete em comentar e enriquecer de alguma forma o espetáculo. Ah é apaixonante o futebol.

Sobriedade sejam rogadas a estes “especialistas” que assim se designam. E eu me incluo nesse círculo que hoje em dia nem é tão particular mais.

Eu já deveria saber e entender que o respeito deve surtir pela tradição e pela capacidade de cada um. Não pelas derrotas, que as vezes causam comichões no torcedores do contra. Mas convenhamos, como é bom ver Corinthians, São Paulo ou Santos se afundar. Porquê? Porque fica mais fácil pro meu time; Palmeiras, no meu caso. E que siga a mesma regra os torcedores de Corinthians, de São Paulo e de Santos. “É sempre assim: Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

O que não pode é pessoas que precisam prezar pela coerência, alfinetar e quase terminar de degolar o time no início de um campeonato. Queima a língua (de novo). Vamos ao exemplo do São Paulo. Todo ano a mesma coisa. Segunda divisão! Não, campeão? E os anos se passam e o discurso continua; e a língua torra.

O exemplo do Corinthians. Saiu vitorioso de um rebaixamento pra ganhar dois títulos seguidos. Vendeu jogadores, mexeu com o esquema tático, com o entrosamento, com o psicológico de cada jogador que ficou na equipe; ai floresce o tempo pra colocar as idéias em ordem e encontrar a segurança que apresentava. O técnico (Mano Menezes), que não pode ceder ao psique, cede, só não transparece. E é assim, de novo.

Hoje o futebol é mais tática que garra, e mais inteligência que raça e quando se soma os dois, ai fica imbatível. Dois exemplos (distintos): Itália ‘retranqueira’, mas precisa na conclusão, campeã do mundo em 2006. Corinthians, inteligência tática, pontaria afinada, campeão duas vezes esse ano.

A única coisa que não dá pra duvidar é a de que quando uma equipe está fechada, entrosada, com bons jogadores, ela irá decair. É quase impossível. Isso algumas equipes vem mostrando bem neste Brasileirão. Posso citar o Palmeiras que tem óbvias chances de sagra-se campeão, só depende dele. Mas times como Internacional, Atlético Mineiro, e a surpresa que é o Goiás, fecham bem no quesito entrosamento, um diferencial para uma disputa que se vê tão pobre de craques, exportados sem nenhum critério para a Europa e Ásia. Esses sim poderiam fazer a diferença como Ronaldo faz para o Corinthians. Como Nilmar fez ao Internacional. E por ai vai.

Agora, continuar concluindo que times como São Paulo e Corinthians com os jogadores que ainda tem, não podem se superar e colocar isso em duvida, é botar a língua pra tostar; e a língua torra!

OBS: Olá Vitor, tudo beleza?Estou lhe enviando em anexo o texto, espero que ache interessante e que de alguma forma ele venha enriquecer seu blog.
O blog está cada dia melhor e mais interessante. Percebo que a cadatexto seu domínio na forma de colocar as palavras para criar o textoprende mais a atenção do leitor, não fica chulo e fácil de entender aomesmo tempo. São elogios na forma de incentivar e enriquecer, não rasgação de seda, que fique claro (rs).

Forte abraço. José Henrique.