quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

MERECIDAMENTE, FLUMINENSE!

Dizer que um campeão por pontos corridos depois de 38 rodadas é merecido soa quase que evidente, para dizer o mínimo. Foi assim desde que a fórmula foi implantada, lá em 2003, com o Cruzeiro de um então vitorioso e ambicioso Luxemburgo, o primeiro campeão desta nova era. Foi assim também em 2010 com o Fluminense de Muricy Ramalho, a equipe que por mais rodadas esteve na ponta deste Brasileiro. Ainda que aqui, tenhamos a infeliz distorção das já famosas entregadas na reta final. Simplesmente por sermos brasileiros.

Pequenezas à parte, costuma-se dizer também que o campeonato de pontos corridos premia a fórmula da regularidade. Sendo assim, o Brasileirão deste ano foi tão parelho que até na irregularidade de Corinthians, de Fluminense e de Cruzeiro, os três foram quase que regularmente iguais.

Todavia, melhor para o Fluminense de Muricy Ramalho que passou por sua fase ruim um pouco antes das de Corinthians e Cruzeiro, pela ordem. E saiu fortalecido no momento certo para buscar seu Bi. E também com o futebol mais consistente, sem quedas absurdas de produção. Coisas da qual só um Muricy Ramalho - e também um Mano Menezes, diga-se - são capazes de introduzir em equipes brasileiras.

Campeão Fluminense de Muricy Ramalho, sem dúvidas o grande nome da conquista tricolor. Fluminense também de Conca, o grande craque da competição, que jogou todas as partidas em bom nível, chegando a ser brilhante em algumas delas. E que jogou todas para todos, torcedores e time, mesmo diante de um calendário humanamente irracional.

Fluminense dos milhões insanos de Celso Barros, que não se cansa de 'investir' no seu clube de coração. E que, mesmo depois de tantos anos relegados mas nem assim capaz de demovê-lo, só agora foi premiado com um merecido título que lhe trará retorno. Loucuras das quais só mesmo o futebol é capaz de produzir.

Fluminense de ninguém menos do que Nelson Rodrigues. Do genial Nelson Rodrigues. O mesmo que certa vez sacramentou que no futebol aprende-se na vitória, no empate e na derrota. E como as doloridas derrotas de anos passados ensinaram a este renascido Fluminense. Merecidamente, Fluminense. Bicampeão brasileiro.

Ao Corinthians, não resta do quê reclamar. A não ser pela série de sete jogos sem vitórias, ainda sob o comando de Adilson Batista. De 21 pontos possíveis, o clube de Parque São Jorge somou três. Desnecessário dizer a imensa falta que os outros 18 fizeram. Ao Cruzeiro, muito menos. Sequer de arbitragem.

Agora é esperar por 2011. Ainda que torcedores de Goiás e Inter tenham um longo ano pela frente. No caso goiano, o ano resume-se aos 90 minutos de hoje no caldeirão de Avellaneda. Já no caso Colorado, serão os dois jogos para sagrar-se bimundial. E, aí sim, dizer que o ano foi mesmo deles, os gaúchos, embora já tenha tido grande parte dele com a conquista da América.

Mas voltando - ou adiantando-se - a 2011, oremos. Oremos por um calendário humano, por dirigentes racionais, por uma tabela que não deixe a desejar no fim do Brasileiro, por um STJD menos risível, por uma melhora de arbitragem e, por fim, pelo fim da violência nos estádios.

É ter fé demais, eu sei. Até porque ao que tudo indica, continuaremos orando por um bom tempo em terras tupiniquins. Mas não custa tentar. E orar.

AVISO AOS NAVEGANTES!

Pessoal, fiquem tranquilos que vai ter post falando sobre o merecido bicampeonato do Tricolor das Laranjeiras. Obviamente.
O blogueiro esteve em Minas no fim de semana, uma viagem pra lá de cansativa e, para piorar, está fechando uma edição especial de fim de ano para o jornal no qual trabalha. Além de tudo, a de número 100, que terá uma série de inovações editoriais.
É isso.
Grato pela compreensão.
OBS: Podem antecipar comentários aqui mesmo, neste espaço. Até amanhã o post sai.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

UM TRATO DE BRILHO PARA O BI! SERÁ?!?!?!

Crédito: Mário Alberto/ Lance!

EM TEMPO: A quantia ainda nem foi oferecida de forma concreta, mas jornais paulistas já especulam que o valor da suposta mala branca será de R$ 2,5 milhões ao Guarani. Isso da parte alvinegra porque é bem provável que tenhamos duas malas azuis voando no fim de semana também, uma para o Rio e outra para Goiânia.

Dinheiro em jogo haverá, até porque a premiação para o primeiro colocado cobre isso. Resta saber se teremos futebol da parte bugrina para segurar o esquadrão tricolor de Muricy Ramalho. Aí sim as coisas se complicam.

Palpite numa hora dessas?!? Só arrisco dizer que tudo passará, principalmente, pelo quê ocorrer na primeira etapa no Engenhão. É possível, embora improvável. Mais respostas no domingo à noite.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

REFLEXOS DE UMA SOCIEDADE VIRA-LATA

Entrega, palavra da moda. Ano após ano no país do futebol.

Alternam-se os nomes, os envolvidos, o local da peleja, mas o sentimento é sempre o mesmo. Nada muda. Infelizmente, a vida como ela é.

Nos últimos dias, mudamos até o nome da já enraizada entregada em terras tupiniquins. Conviu-se por chamá-la de desinteresse. É menos frustante e mais subjetivo.

É verdade também que aqui as rivalidades regionais ultrapassam a ética desportiva. Anomalia já identificada no Brasileiro.

Também não podemos jogar fora tudo o quê de bom foi feito. O Brasileiro de pontos corridos não é o vilão da história, mas sim a vítima. Distorcido por um desvio de caráter, algo tão natural em nossa sociedade.

Aqui temos ao menos 13 clubes com rivalidades que ultrapassam a beira do campo. Ano que vem com o retorno do Coritiba serão 14. Na Europa não. O Velho Continente possui alguns poucos e parcos clubes em condições de disputa de título nacionais. É assim na Itália, na Inglaterra, na Alemanha e ainda mais na Espanha e na França. Diante disso, algo deve ser repensado.

O que vivemos e continuaremos vivendo é o reflexo nu e cru de uma sociedade execrada pela amoralidade. Ou pela imoralidade. Não importam os valores éticos, desportivos, tampouco os de carateres. Princípios são coisa do passado. Atualmente os valores andam tão invertidos que a derrota é considerada vitória.

Ano após ano. Foi assim em 2007, 2008, em 2009 e está sendo assim em 2010. Será assim também em 2011. Seja na política, na questão social ou no futebol. Nossos valores foram surrupiados. E sequer nos queixamos disso.

Hoje eu sinto vergonha. Pelos outros e por mim. Sinto vergonha de ver torcedores indo a um jogo de futebol para comemorar em êxtase a derrota do próprio time.

Só se fala disso nas ruas. Mas nada disso importa. Importante mesmo é se dar bem. Não importa a que valor isso seja. Nem o quanto isso custará.

Este blogueiro, mesmo sendo alvinegro, já se viu torcendo por um título brasileiro do Palmeiras que não veio e também torceu a favor dos Meninos da Vila no começo do ano. Porque admirava a beleza que viu com seus próprios olhos ser produzida por uma geração que deve ficar marcada por trazer de volta a essência de nosso futebol. E também porque acreditava que os palmeirenses, tão sofridos que andam, mereciam melhor sorte depois de uma década de amargura. E também pelo investimento feito.

Este blogueiro também não ficará triste quando a iminência do título brasileiro do Fluminense vir a acontecer. Pelo contrário. Sentirá-se alegre pelo retorno triunfal de um clube que merece estar no posto que chegou. Assim como também torceu pelo sucesso argentino em terras africanas porque se reconhece na aguerrida história albiceleste.

O que me entristece é a deterioração de valores. Este blogueiro, hoje mais do que nunca, sente vergonha por - lá no fundo - ter gostado da entregada alvinegra ano passado diante do Flamengo. Ainda mais porque assistiu ao lado de um parente que demonstrava toda sua indignação quanto ao que estava vendo no Brinco de Ouro. Fim dos tempos.

Revolta-me saber que os 300 picaretas de Brasília querem aumentar em quase 100% seus próprios salários e quase ninguém se indigna. Farão isso sorrateiramente, na calada da noite e sob nossos olhos incólumes, embora cerrados.

Nós precisamos de um choque de moral.

Também tenho meus pecados. E não são poucos. Mas isso não me tira o direito de indignar-me. De apontar caminhos melhores.

Eu sou de outros tempos. Eu sonho com outros tempos. Eu sonho em poder ver as torcidas de Palmeiras e Corinthians chegando juntas, lado a lado, durante um ensolarado dérbi de domingo no Pacaembu.

Eu sonho com dias melhores, conceitos melhores. Eu sonho com uma sociedade justa e igualitária. Eu sonho com o dia no qual não mais teremos que ouvir discursos demagogos e hipócritas, como andamos ouvindo por esses dias.

Eu sonho ainda mais com o dia no qual o conceito de desportividade seja realmente colocado em prática. Eu sonho também com o dia no qual valores democráticos estejam acima dos interesses pessoais.

É frustrante sonhar com algo tão utópico, eu sei. Mas mais frustante ainda é ver como os valores estão distorcidos.

É sonhar demais eu sei. Mas não custa continuar sonhando. E apontando.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PRECISO ME ENCONTRAR!

Triste sina, Palmeiras. Eliminado em casa por um fraco Goiás já rebaixado no Brasileiro. Pior, precisando apenas de um empate. Só não se pode colocar a palavra inacreditável porque a história novamente se repete, Palmeiras. Sempre com você, Palmeiras.

Mas verdade seja dita, um time apático, limitado, fraco tecnicamente, sem peças de reposição, sem laterais e com apenas um único atacante que se preze, está sujeito a passar pelo quê houve ontem.

Foi como este blogueiro havia dito no começo do mês. Felipão e seu elenco sabiam que a recuperação das glórias alviverdes passavam diretamente pela conquista de uma taça que recuperasse sua auto-estima. O caminho viável era a Sul-Americana.

Agora não mais. A recuperação terá de passar por um tratamento psicológico primeiro. De choque, provavelmente.

Rir pra não chorar.

A década que se inicia começa do mesmo jeito que terminou a passada, sem títulos. Em 11 anos, apenas uma conquista, o Paulista de 2008. É pouco, muito pouco para quem acostumou-se a ser grande.

E pior, os prenúncios que sopram pelos lado do Palestra são os piores possíveis. Orçamentos modestos, contas a pagar, categoria de base falida, problemas políticos e, principalmente, falta de dinheiro. Não se sabe até quando o grupo de Eternos Palestrinos continuará investindo dinheiro sem vislumbrar retorno. Toda a situação é crítica.

A Traffic já retirou quase todo seu investimento deixado no clube. E com enorme prejuízo, diga-se. Mesmo com as vendas de Henrique e Keirrison, a soma delas não chegam nem perto daquilo que um dia foi investido.

A situação é preocupante sob vários aspectos. Não há alento verde num horizonte próximo.

Em onze anos, nada menos do que 28 técnicos já dirigiram a equipe. Isso mesmo, 28. Nomes de grife e da estirpe de um Muricy Ramalho, Levir Culpi, Vanderlei Luxemburgo - quando ainda era considerado top, Emerson Leão, Candinho e agora Felipão. Mas os resultados foram sempre os mesmos, vexame. De diversas formas e maneiras.

A maldição começou lá atrás, com a queda em pleno Morumbi diante do Boca Juniors na final da Libertadores de 2000 e com uma derrota de virada impressionante e, nesse caso, até hoje inacreditável para o Vasco no Parque Antártica na final da extinta Copa Mercosul.

A partir daí, sucessivos fracassos. Em 2002, a dor da queda para a série B. Desclassificações desmoralizantes na Copa do Brasil e no Paulista. No Brasileiro, o clube se acostumou a ser figurante. Isso quando não brigou por nova queda. Em 2007, uma derrota em casa para um fraco Atlético-MG tiraria o clube da Libertadores do ano seguinte. Ano passado o fracasso foi ainda maior na reta final do Brasileiro.

Não se sabe quanto mais poderá aguentar o torcedor alviverde.

Ao menos de uma coisa os palmeirenses podem se gabar - o adjetivo sofrimento foi roubado dos arquirrivais corintianos. Triste fado, Palmeiras. Sabe-se lá até quando.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A PRIMEIRA DAS QUATRO ÚLTIMAS

Nove jogos, nove decisões particulares para pelo menos uma das equipes que entram em campo neste sábado e domingo. Em alguns casos, as decisões ganham ares de final, com as duas equipes precisando da vitória a qualquer custo para continuar sonhando com algo. Seja com a permanência na série A, na briga pela quarta vaga condicionada ou - aquilo que mais importa - pelo título da competição. Mas se querem palpites, vamos ao motivo pelo qual estão aqui.

Santos x Grêmio - Este blogueiro crê na vitória gaúcha, embora um empate na Vila também dê sinais de que aconteça. Até porque o time santista não quer terminar o ano em baixa.

Corinthians x Cruzeiro - Do duelo mais interessante da rodada, cai um candidato ao título. Desde que a vitória alvinegra aconteça, como crê o palpitador de plantão.

Atlético-MG x Flamengo - Dá Galo. Para desespero rubro-negro. Mas não, o Flamengo não cai. Nem mesmo os mineiros.

Fluminense x Goiás - Vitória carioca. Mas com cheiro de apertada.

Inter x Avaí - Com titulares ou reservas, com cabeça no Mundial ou no Brasileiro, dá Colorado. O que praticamente selará a degola catarinense, a exemplo do resultado no Engenhão que também colocará os goianos na série B em 2011.

Guarani x Vitória - Empate no Brinco. Para aumentar o suspense de quem fica com a quarta vaga malquista. Mas sobra espaço também para um pitaco em favor dos campineiros. Quem sabe a vitória do Bugre reapareça depois de oito rodadas.

Atlético-GO x Palmeiras - Vitória goiana. Fundamental na luta contra a degola.

Vasco x São Paulo - Dá São Paulo. Para aumentar o suspense da próxima rodada.

Atlético-PR x Grêmio Prudente - Barbada paranaense. E a primeira degola matemática do Brasileiro sendo sacramentada.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

QUE A DUREZA DO PRÉLIO NÃO TARDE, PALMEIRAS!

Não foi lá uma apresentação que empolgasse, contagiasse ou algo que o valha. Mas em tempos de vacas magras, o que importa é passar, avançar, ganhar. Passos fundamentais para retomar a confiança de jogadores e torcedores.

Felipão sabe mais do que ninguém disso. E tem incorporado e projetado esse espírito no elenco. O outrosa vitorioso treinador sabe que a recuperação de suas glórias e as do Palestra passam diretamente pela conquista de uma taça que recupere sua auto-estima. E, claro, pelo fato de que isso acabará com a seca de títulos de ambos.

O torcedor alviverde embarcou na ideia e a comprou de corpo e alma. O festivo e lotado Pacaembu que se viu na noite de ontem foi a prova disso.

Mas como nem tudo são flores, a questão não é tão simples assim. Hoje o Palmeiras conta com um bom goleiro, um ótimo zagueiro, um veterano que tem mostrado-se excepcional e resolvido tudo, dois bons meias que não conseguem render o que podem e um excelente atacante que joga só e isolado pelo esquema de seu técnico. É pouco, muito pouco. Mas, em contrapartida, dá para ganhar uma Sul-Americana. Até pelo peso da camisa verde e pela fragilidade do adversário que se avizinha na semifinal.

Não é nenhum torneio classe A também é verdade. Mas ganhou um plus com a garantia de vaga na Libertadores. É a competição ideal ao Palmeiras neste momento. A classificação de ontem, diante de um Atlético combalido e na condição de franco-atirador, serve para dar nova esperança ao torcedor palmeirense.

Levantar um trófeu é o presente de Natal preferido e pedido por 11 entre 10 palmeirenses. Mas cuidado, Felipão. Praticar o QuitoBol, na provável final da competição com a equatoriana LDU, é tarefa para poucos. O Fluminense que o diga.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AS CONDICIONANTES DO TÍTULO ALVINEGRO

Dizer que o pentacampeonato alvinegro voltou a ser possível após os últimos e convicentes resultados é redundar no evidente. A tabela e o futebol maduro não deixam dúvidas a ninguém em sã consciência. Mas a conquista corintiana esbarra também em uma série de fatores a serem considerados.

O primeiro e mais óbvio deles passa diretamente pelas vitórias sobre Cruzeiro e Vitória, pela ordem. Depois, em menor grau de dificuldade, por triunfos também sobre Vasco e Goiás. Quatro jogos e doze pontos somados, o que tiraria a pedra mineira do caminho.

Mas aí vem a segunda parte, que soa como a mais espinhosa delas, o Fluminense terá de perder pontos. Tal cenário seria não só possível, como também provável, desde que São Paulo e Palmeiras, os dois jogos mais difíceis do time carioca e ambos fora, estivessem disputando algo. Fato que não condiz com a atual conjuntura dos dois na tabela.

E aí entra a delicada questão que vem se repetindo nos últimos anos, jogar para valer ou aquilo que se conviu chamar de desinteresse entrará em cena para prejudicar o grande rival dos dois clubes no ano de seu centenário? Anomalia de reta final dos pontos corridos em um país no qual as rivalidades regionais ultrapassam a ética desportiva.

Nesse caso a ordem se inverte e isso torna-se não só possível, como até mesmo provável no caso são-paulino. Tanto pela questão da rivalidade entre os dois clubes que se acirrou de tal maneira e em graus extremamente elevados nas duas últimas décadas, e ainda mais depois do boicote de Ricardo Teixeira ao Morumbi para a Copa de 2014, em detrimento do grande sonho da arena própria à sua altura que o alvinegro se vê prestes a realizar.

O alento corintiano pode vir com uma combinação de resultados. O primeiro deles terá de vir na quarta-feira com uma vitória cearense em cima do Botafogo no Castelão, algo possível. No sábado, o Santos terá de bater o Grêmio, algo nem tão possível assim, para manter acesa a brasa pelo sonho do G4 tricolor. E para completar a trinca favorável em apenas uma rodada, a equipe de Carpegiani terá de bater o Vasco em São Januário no domingo. Aí sim, pode ser que venha a haver jogo, ainda que a contragosto da grande maioria de sua torcida que já lançou até campanha na internet para que a partida seja entregue.

Já no caso palmeirense, este blogueiro tem uma visão diferente. E passa diretamente pela classificação ou não à Copa Sul-Americana diante do Atlético-MG, nesta quarta. Em caso de avanço, Felipão colocará seus reservas no duelo ante os cariocas, o que chega a ser absolutamente aceitável. O que, por sua vez, não se possa cravar que os jogadores que estarão em campo mostrarão desinteresse pela partida. Creio até mesmo no contrário.

Enfim, o cenário que se desenha é esse. Talvez o mesmo me desminta, o que seria louvável para o bem dos pontos corridos, que todo fim de ano se vê nessa encruzilhada. Talvez o Corinthians sequer chegue perto dos doze pontos sonhados, também é verdade. O certo, dentre tantas dúvidas, é que quem viver, conferirá. Mas duvido que alguém pague com convicção apostando em uma visão contrária.

domingo, 7 de novembro de 2010

TIMÃO SOBERANO NO MAJESTOSO!

Na raça e no coração, segundo Ronaldo. Mas principalmente, e ainda mais que isso, na base da confiança, da inteligência e dos números favoráveis. E no talento de Dentinho, de Elias e de Jucilei. Assim pode ser sacramentada a vitória corintiana no Majestoso que fechava os clássicos paulistas no ano. Vitória com soberania descabida até.

Time por time, o Corinthians de Tite é melhor que o São Paulo de Carpegiani. Sistemas defensivos equilibrados - o São Paulo possui miolo levemente melhor e laterais piores -, mas com ataque e meio-campo pendendo claramente ao lado alvinegro. Ronaldo, mesmo fora de forma, e Ricardo Oliveira hoje se equivalem. Mas entre Dentinho e Dagoberto a diferença é nítida. E ficou ainda mais clara na tarde de hoje. Já no meio, a diferença entre as duas equipes também foi evidente e até abismal.

O duelo opunha também uma rivalidade que há tempos ultrapassou a beira do gramado. Polêmicas extra-campo, brigas políticas nos bastidores, guerra aberta e declarada pelo direito de sediar a abertura da Copa.

Além de tudo, tinha um tabu de quase quatro anos sem vitória são-paulina diante de seu maior rival no meio do caminho. O Morumbi fervia com mais de 40 mil pagantes, a esmagadora maioria dos donos da casa. Eufóricos com a possibilidade de vitória.

Era a chance que o torcedor tricolor sonhava para acabar com o centenário alvinegro. O direito de poder gozar, de libertar-se do estigma de cliente preferencial, além de sentir-se parte de qualquer eventual fracasso que a perda do título brasileiro possa vir a trazer. Fora todo esse peso, o São Paulo jogava para continuar sonhando com Libertadores. Agora não mais.

Antes do confronto, jogadores tricolores alimentaram ainda mais o peso do clássico com declarações apimentadas, provocações. Maduro, mais leve e experiente, o grupo corintiano não quis responder. Sabia que as respostas seriam dadas dentro de campo. E elas viriam da melhor maneira possível, com mais uma vitória em cima do rival que tem sido atormentado pelo clube de Parque São Jorge.

Até por jogar fora de casa e contra um São Paulo empenhadíssimo em acabar com as pretensões de seu grande arquirrival, além de um incômodo jejum de vitórias, a equipe de Tite consagrou na tarde de hoje a certeza de que lutará até o fim pelo quinto título brasileiro.

Senhor dos clássicos paulistas no ano com sete vitórias e apenas um empate e uma derrota, o Corinthians fez por merecer o resultado. Foi mais time, mais letal, mais frio, mais consistente. Foi fatal. De quebra, pode vangloriar-se de ter batido com folga nos números todos os seus maiores rivais no ano.

Já o São Paulo de Carpegiani não sabe mais qual caminho trilhar. Derrotar o Fluminense daqui duas rodadas pode significar o coroamento do título alvinegro. Entregar o jogo e enterrar de vez as chances de Libertadores significará um rombo ao qual os cofres do clube não está acostumado nos últimos anos. Durma-se com um barulho desses.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

BRASILEIRÃO - POUCA COISA MUDOU!

Quase nada mudou na 32ª rodada. Quem brigava pelo título, continua brigando. Quem luta para não cair, continua lutando. A exceção fica por parte do Botafogo, o maior beneficiado da rodada, que bateu o aguerrido Atlético em Minas e chegou aos 51 pontos, sonhando cada vez mais firme e forte com Libertadores. Rodada favorável também ao líder Fluminense que bateu o Grêmio com atuação de gala de Conca, ainda que sob protestos legítimos dos gaúchos sobre desastrosa a arbitragem do Engenhão.

PITACOS DA RODADA

Santos x Vitória - Embora a cada rodada com menos chances de título, o time santista conquista três pontos em casa hoje. Para desespero dos baianos que, por sinal, podem e devem endurecer na Vila.

Botafogo x Atlético-GO - Apesar de ser considerado um duelo de opostos na tabela, o time carioca não deve ter vida fácil no Engenhão. Mesmo assim, vitória carioca.

Guarani x Atlético-MG - Outro duelo direto da noite, o de sobrevivência na série A. Apesar de mandante, o time campineiro não é favorito no confronto. Um empate ao Bugre não é de todo ruim. E também há grande possibilidade de que ele aconteça no Brinco de Ouro.

Inter x Fluminense - O time gaúcho anda devendo uma apresentação convincente há tempos. Nada melhor do que encarar o líder da competição para devolver a moral e a confiança antes daquilo que lhe interessa, o Mundial de Clubes. Por tudo isso, o jogo de hoje será encarado como decisão no Beira-Rio. Vitória colorada.

Goiás x Grêmio - Vitória gaúcha. E segunda divisão sendo anunciada aos esmeraldinos goianos.

Cruzeiro x São Paulo - O time paulista joga suas últimas cartadas em busca da Libertadores 2011. Já os mineiros duelam para seguir vivos em busca do título. Neste, que tem tudo para ser o jogo mais interessante da rodada, o placar antecipado soa como o mais incógnito dentre todos os de hoje à noite. Para ficar no meio-termo e diante do equilíbrio que promete ter o confronto, empate no Parque do Sabiá.

Ceará x Flamengo - Empate no Castelão. O que não deixa de ser conveniente para ambos.

Corinthians x Avaí - Vitória paulista. Crucial para manter as chances de título. E com gol(s) de Ronaldo.

Vasco x Prudente - Três pontos obrigatórios aos cariocas.

Atlético-PR x Palmeiras - Empate com ares de melancolia aos dois clubes na Arena da Baixada.

AVISO AOS NAVEGANTES!

Caros, o blogueiro já concluiu sua mudança. Falta só a net ser estabelecida na nova casa, razões pelas quais o blog andou ficando de lado nos últimos dias.
Mas retomarei hoje com novidades, logo mais.
Abraços a todos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

IGUALDADE JUSTA NO ENGENHÃO!

Nem lá, nem cá. Nem bom, nem ruim. O Corinthians, em mais uma decisão de reta final do Brasileiro, foi até o Rio enfrentar o Flamengo invicto de Luxemburgo e voltou com um só ponto na bagagem. Diante da gangorra que foi a partida, o resultado de ontem fica no meio-termo. Poderia ter sido três, poderia ter sido nenhum.

Na primeira etapa, o Corinthians funcionou bem. Marcava com disposição e controlava o jogo como queria. O Flamengo, mesmo com três atacantes, pouco assustava. Faltava apenas contundência para o time paulista chegar ao gol de Marcelo Lomba. Em uma delas, Ralf deu arrancada espetacular do campo alvinegro, passou lotado pelos marcadores rubro-negros, tocou para Ronaldo e recebeu novamente na frente, cara a cara com o goleiro carioca. Na finalização faltou a frieza de atacante e a bola saiu em cima de Lomba que desviou para escanteio.

Se faltou frieza para Ralf, isso é qualidade que sobra para Ronaldo. Aos 30 minutos, Bruno César recebeu bola na entrada da área entre três marcadores e fez passe preciso e precioso para o atacante. Livre, o Fenômeno recebeu e exibiu a categoria e a frieza de sempre. Bola colocada no canto, fora do alcance de Lomba e comemoração do lado paulista.

No segundo tempo, a ordem do jogo se inverteu. O time de Tite dava espaços de sobra aos cariocas e o Flamengo jogava melhor. O gramado do Engenhão lembrava o do Maracanã tamanho os vazios no campo, principalmente na ligação entre ataque e meio-campo alvinegros.
E para desespero dos paulistas, o Fla empatou com Diogo logo aos dois minutos, após jogada ensaiada em cobrança de escanteio. A partir daí, o jogo ficou aberto. E melhorou.

As duas equipes buscavam a vitória. Pelo lado paulista, Julio César salvava quando exigido. Já os donos da casa foram salvos pelo poste, em cobrança de falta batida por Bruno César. E a partida seguia em ritmo alucinante. No fim, os dois times davam sinais de cansaço, muito em razão da movimentação que teve o jogo.

E foi só. Um ponto somado para ambos. Melhor para o Flamengo que afasta-se rodada a rodada da zona de rebaixamento, pior para o Corinthians que não pôde dormir na liderança provisória. O alento alvinegro pode vir com uma vitória gremista ante o líder Fluminense na noite de hoje.

EMPATE TAMBÉM PELA SUL-AMERICANA
Galo e Palmeiras ficaram apenas no empate por 1 a 1, na partida de ida das quarta da Sul-Americana. Igualdade favorável aos paulistas que jogam em casa no jogo de volta. E ainda saem com motivos justos de reclamação sobre a confusa e criminosa arbitragem na Arena do Jacaré.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BRASILEIRÃO 2010; ALGUMAS PARCAS CERTEZAS E MUITAS DÚVIDAS

Se há uma certeza neste Brasileiro é a de que ele chega à reta final com ares de indefinição total, embora soe mais como uma indefinição definida. Isso porque a briga pela ponta não escapará da tríade Fluminense, Cruzeiro e Corinthians. Algo que este blogueiro vem dizendo já há um bom tempo, aliás. Santos e Inter tiveram a oportunidade para chegar, mas empacaram de maneira quase definitiva.

Para se ter uma ideia, ano passado - quando a competição deu guinada surpreendente e o Flamengo terminou como campeão, a diferença do líder Palmeiras para o clube que terminaria com a faixa era de apenas três pontos na 31ª rodada. No meio do bolo havia ainda Atlético-MG, Internacional e São Paulo, pela ordem. Inter e Santos estão a seis pontos dos líderes, com apenas 21 a serem disputados. Só mesmo uma hecatombe para mudar esse cenário.

ANALISANDO A TABELA
Rodada a rodada, a tabela mostra-se favorável ao time mineiro. Dos sete jogos restantes, a equipe celeste terá três jogos difíceis, dois deles decisivos. Um contra o São Paulo ainda vislumbrando chances de Libertadores e outro naquele que poderá vir a ser a decisão do campeonato, contra o Corinthians no Pacaembu.

O Flamengo, no Rio, completa a lista de jogos-chaves dos mineiros. Fora isso, talvez só o Vitória no Barradão ofereça perigo, já que Prudente e Vasco têm de ser computados como três pontos obrigatórios, além do Palmeiras, no jogo derradeiro e certamente com o time paulista jogando mais interessado em favorecer os mineiros e, de quebra, prejudicar seu arquirrival. Problema crônico de reta final dos pontos corridos.

Já a lista de jogos do clube paulista também aponta para três decisões, coincidentemente envolvendo os mesmos São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, a exemplo do clube mineiro. Avaí e Vasco, em casa, traz em si a obrigação de vitória. Fechando a série alvinegra, dois jogos delicados, Vitória e Goiás, ambos como visitante. Sabe-se lá como estarão os dois desesperados a essa altura do campeonato.

E por fim os cariocas tricolores. Neste momento, o Flu tem uma sequência difícil pela frente - Grêmio, Internacional fora, além do clássico contra o Vasco. Depois um jogo delicado contra o Goiás, ainda que em casa, e outros dois fora contra São Paulo e Palmeiras. Felipão já deu todas as dicas de que deve abandonar o Brasileiro. Resta então saber se o clube de Carpegiani estará com chances de Libertadores até lá, faltando três rodadas para acabar a competição. Caso contrário, Juvenal Juvêncio dobrará o bicho aos seus jogadores em caso de derrota. Fechando a série, jogo de três pontos obrigatórios contra o Guarani, em casa.

O panorama é esse. Sete jogos, 21 pontos e sete decisões. Em jogo, o direito de sagrar-se campeão do nacional mais disputado do planeta. Projeções, meras projeções. Mas que dizem muito.

CORINTHIANS GRANDE! E VIVO!

Um dérbi no detalhe. Mas não um detalhe mínimo, e sim um que quantifica, o da qualidade. Qualidade que vinha do compacto meio-campo alvinegro, superior ao apenas esforçado palmeirense.

Compacto porque tinha Ralf de volta ao lado de Jucilei e de Elias - este mais como meia -, e os três correndo como se fossem cinco. Além de Bruno César, centralizado e ao mesmo tempo solto pelos dois lados do campo. E decisivo, como vinha sendo até a fase ruim chegar. O Corinthians, reorganizado e reforçado, é mais time que o rival. Felipão sabia disso. E Tite também.

Ciente de seus problemas técnicos, juntamente com os desfalques, Felipão armou o Palmeiras preparado para se defender primeiro e quem sabe, na bola parada, na aérea ou na velocidade de Kléber, contragolpear. Mas oferecia-se muito pouco para vencer. Felipão queria o empate, ainda mais porque sabe da dificuldade que terá para superar o Grêmio e obter a quarta vaga - condicionada - e das cobranças que só um dérbi proporciona.

O Corinthians não vencia há sete jogos. O Palmeiras não perdia há nove. Mas um dérbi tem poder de transferência de pressão como nenhum outro jogo tem para os dois clubes. A derrota palmeirense está dolorida para seu torcedor hoje. A vitória corintiana injeta ânimo novo, passa moral e esperança para o Parque São Jorge, novamente em dias de calmaria. Ainda mais depois da rodada que se vestiu de preta e branca no fim de semana.

Era a retomada que o Corinthians precisava. Na hora certa e no jogo certo. Como num passe de mágica, a pressão se inverte. Capaz de ser tão clara assim como foi a irritação demonstrada por Felipão em sua coletiva presunçosa pós-jogo. Efeitos de um dérbi que ganhou manchetes e valorização como há tempos não se via.

Depois de sete rodadas e dezoito pontos desperdiçados, o corintiano pôde finalmente dormir tranquilo. O sonho do título no ano do centenário está de volta. O Penta está vivo, vivíssimo aliás. Que venha o Flamengo de Luxemburgo agora. Ao Palmeiras, o foco de agora em diante passa a ser a Sul-Americana.

sábado, 23 de outubro de 2010

INCOMPARÁVEL, PELÉ!



Isto é Pelé. Sem mais. E tudo o que mais for dito será apenas lugar-comum.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UM DÉRBI ENTRE O BEM E O MAL

Um clássico divisor de águas. Ou até mais do que isso. Uma partida que opõe perspectivas versus realidade. Um jogo que certamente definirá o futuro de ambos no Brasileiro.

Corinthians e Palmeiras representa mais que um simples jogo. Os efeitos de um dérbi vão além disso. Muito além da tabela de classificação e dos meros três pontos. Tudo isso, todos esses ingredientes, estarão em campo na tarde de domingo no Pacaembu.

Uma vitória alvinegra e o Corinthians, agora de Tite, retoma a luta pelo título. Uma derrota representará o pior centenário possível ao corintiano já que o risco de se ver fora da Libertadores ficará evidente. E iminente. Já o Palmeiras de Felipão, por sua vez, também decidirá seu rumo no domingo, embora jogue como franco-atirador. Vitória alviverde e o G-3 ficará possível e palpável. Por outro lado, a derrota significará esquecer o Brasileiro e foco total na Sul-Americana. Com o perdão do apelo, será matar ou morrer.

Peguemos como exemplo dois clássicos recentes entre as duas equipes. Os dois ocorridos no Paulista. Em 2008, o Corinthians de Mano Menezes ainda estava sendo montado, mas vinha em um bom momento na tabela de classificação e tinha tudo para figurar entre os quatro primeiros. De quebra, estava quatro pontos à frente de seu arquirrival. Uma derrota deixaria o Palmeiras de Luxemburgo em situação complicadíssima e, por outro lado, praticamente garantiria a classificação alvinegra à próxima fase da competição.

Mas Valdívia tratou de sacramentar os três pontos para o Palestra, em vitória por 1 a 0 em um domingo abarrotado com mais de 50 mil pessoas no Morumbi. O Palmeiras não perdeu mais na primeira fase e depois desse jogo caminhou com sobras para conquistar o título paulista. Já o Corinthians teve destino inverso e sequer chegou às semifinais. A derrocada alvinegra na competição começou ali, naqueles revés amargo em tarde ensolarada de domingo.

O outro dérbi em questão ocorreu ano passado. E desse, todos os alvinegros se lembram. O Corinthians de Mano Menezes estava de volta à elite do Brasileiro, mas ainda existia uma névoa de desconfiança em relação à qualidade de seus jogadores. Ronaldo, a grande contratação do futebol brasileiro, ainda não havia jogado de fato. Tinha disputado apenas uns minutos em jogo pela Copa do Brasil contra o modesto Itumbiara, quatro dias antes do grande clássico. Sua falta de mobilidade em campo e a aparente má forma física chamaram a atenção. Para muitos, o fenômeno estava liquidado para o futebol. Era apenas uma jogada de marketing da diretoria alvinegra. Seria um total fracasso no futebol brasileiro alardeavam os pessimistas.

E, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, sob um sol escaldante em Presidente Prudente, lá foi o maior artilheiro das Copas entrar em campo com a camisa alvinegra. E ali, naquele 8 de março de 2009, Ronaldo reescreveria novamente sua história renascendo mais uma vez para o futebol.

O resto da história todos sabem. Muitos dizem que o Corinthians só ganhou confiança depois de ganhar as duas partidas das semifinais contra o São Paulo. Pode até ser. Mas no caso de Ronaldo, a retomada de sua confiança começou ali, naquela partida épica e naquele alambrado do Prudentão. Afinal, e modéstia à parte, no momento do gol o ídolo alvinegro beira à perfeição. Quanto ao Palmeiras, bem, digamos que aquela cabeçada nunca mais foi esquecida nos bastidores do Palestra.

Esse é o espírito de um Corinthians e Palmeiras. Suas nuances, seus efeitos, seus dissabores e seus deleites. Corinthians e Palmeiras não seriam os mesmos sem um ao outro, não teriam a mesma intensidade, o mesmo brilho. É por isso que o clássico deste domingo vale mais do que simplesmente três pontos. Enfim, um dérbi para o bem e para o mal.
*créditos das fotos: Agência Globo

domingo, 17 de outubro de 2010

RODADA DOS TRICOLORES! E DOS ATLÉTICOS!

Se tivemos beneficiados na 30 rodada do Brasileiro, certamente estes foram os tricolores Grêmio e São Paulo. Os gaúchos pela vitória sobre o líder Cruzeiro no Olímpico abarrotado e ainda mais pela belíssima campanha neste segundo turno. Já o São Paulo pela vitória na base da superação no eletrizante clássico contra o Santos, decidido no apagar das luzes.

Outros três que tiveram motivos para comemorar são os Atléticos, ainda que sob diferentes perspectivas. O paranaense, pela campanha sólida que o faz sonhar com Libertadores. Por outro lado, o caçula goiano e o xará mineiro pelas arrancadas na reta final que dão alento à permanência na série A. Vitória, Guarani e Avaí que se cuidem.

SANSÃO EM RITMO ELETRIZANTE
Os prognósticos já anunciavam que teríamos um jogo aberto. Mas nem o mais otimista deles, imaginava um clássico com ritmo tão sensacional como foi o do começo do jogo. Isso porque, com menos de 20 minutos, o duelo já registrava cinco gols, com placar favorável ao São Paulo por três a dois.

Meio-campo praticamente não havia. Era mais um duelo entre ataque e defesa. E nesse quesito a são-paulina se saía melhor, até porque a santista falhava e muito. O jogo era aberto. E o placar dele, também.

Na segunda etapa, o São Paulo voltou melhor, ciente de que só a vitória interessava para manter qualquer esperança de Libertadores. Mas aí, quando o jogo caminhava ao gosto dos mandantes, Richarlyson fez a besteira de ser expulso. Sempre ele, para que se conste.

O Santos partiu pro tudo ou nada. E empatou aos 24 com Neymar cobrando pênalti. Dessa vez sem paradinha. Mas quando tinha tudo para virar novamente a partida, estranhamente o visitante recuou. E o São Paulo passou a jogar melhor e até fazia por merecer a vitória.

Vitória que quase veio no fim com Jean perdendo gol incrível. Mas, para fazer justiça, alguns minutos depois a bola sobrou livre na pequena área para que o mesmo Jean fizesse de cabeça o gol da sobrevida tricolor.

Com os três pontos, o São Paulo ultrapassa o arquirrival Palmeiras que deixou escapar dois pontos em casa. De quebra, vem com ânimo e moral renovados para brigar por uma das vagas à Libertadores. O grande problema tricolor no caso é tirar o indigesto Grêmio de Renato Gaúcho do posto.

Já o Santos deixou escapar uma valiosíssima chance de encostar nos líderes. Derrota dolorida, para abalar qualquer elenco. Inclusive, ou até mesmo, o santista.

EMPATE AMARGO NO BRINCO
Já em Campinas, o Corinthians ainda cambaleando tinha a volta de Ronaldo e de Ralf no duelo ante o Guarani. E era justamente neles que os corintianos depositavam suas esperanças para acabar com dois problemas crônicos da equipe, a falta de um homem de referência e a falta de proteção à defesa, amplamente vazada neste últimos jogos.

E se era de gols que o Corinthians precisava, o fenômeno fez logo dois. Mas como a fase não é lá das melhores, a arbitragem tratou de anular os dois alegando impedimento. Inexistentes, diga-se.

E o placar teimou em ficar em branco no Brinco, ainda que chances não faltassem. Pior para os dois clubes, embora a igualdade seja ainda mais lamentada pelo lado alvinegro.

Domingo que vem, o Corinthians - agora de Tite - terá jogo crucial para definir sua situação neste Brasileiro. Uma vitória o recoloca na briga pelo título. Um empate ou derrota e os corintianos devem contentar-se em assegurar sua participação na Libertadores de 2011. O risco, como já foi dito aqui, é iminente. Rodada a rodada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PALMEIRAS BEM NA SUL-AMERICANA!

No Equador, existe o Quitobol. Na Bolívia, o Sucrebol. Tanto um como outro são derivações de esportes andinos daquilo que concebemos e conhecemos como futebol. E como em campeonatos sul-americanos temos essas distorções absurdas, lá foi o Palmeiras de Felipão, na altitude de Sucre, praticar esta modalidade que continua permitida pela Fifa.

A partida começou morna, até fraca tecnicamente. Muito em razão do pífio adversário, já que o Palmeiras fazia o jogo que lhe cabia. E foi seguindo sonolento até que veio a oportunidade que o time paulista esperava.

Já que o duelo tinha grandes chances de ser resolvido na velocidade da bola, nada melhor do que uma falta na intermediária para Marcos Assunção cobrar. Se em condições normais a bola venenosa do veterano alviverde já produz estragos, em condições favoráveis ela é fatal. Foi fatal, aliás.

Depois do gol, o Palmeiras controlou bem o jogo e foi para o intervalo com valiosa vantagem. No segundo tempo, o Sucre esboçou reação, mostrou algo que aparentava ser futebol e pressionou. Mas nada que significasse mudança no placar. Se houvesse alteração, ela seria ainda mais favorável ao clube brasileiro já que Lincoln teve gol mal anulado pela arbitragem. E ainda houve um pênalti não marcado em Kléber.

Mas ficou de bom tamanho para a equipe de Felipão que deve encarar o Atlético-MG nas quartas-de-final. O jogo de volta das oitavas, em São Paulo, já tem cheiro de goleada.

O Palmeiras, agora sim, segue dividido entre Brasileirão e Sul-Americana. Mas chegará o momento de definir por qual deles brigar e creio que a Sul-Americana será o caminho a seguir. E frise-se, o clube alviverde é sério candidato a ficar com ela.

Felipão já deu todas as dicas, no sentido de que deve abandonar logo logo o Brasileiro. Resta apenas ao arquirrival Corinthians tratar de eliminar qualquer pretensão alviverde.
*Crédito da foto: Agência Reuters

O REAL E IMINENTE RISCO ALVINEGRO

Um time totalmente entregue, combalido. Desorientado, esfacelado. Sem poder de reação alguma. Sem rumo, nem prumo.

O Corinthians que ontem perdeu para o Vasco lembrava o time que foi rebaixado em 2007. Tomou dois gols bobos - ainda que um em posição de impedimento - e não conseguiu oferecer perigo algum ao time carioca, que controlou a partida como quis. Salvo um gol bisonhamente perdido por Iarley. Mais um em sua interminável conta neste Brasileiro, aliás.

Um ataque totalmente ineficiente. Um ataque, decididamente, de nervos.

O Centenário alvinegro que se anunciava como próximo do inesquecível, caminha a passos largos pelo caminho inverso. O Corinthians está à beira de um colapso físico e mental.

E corre risco de ficar fora até mesmo da zona de classificação à Libertadores. Algo inimaginável, duas semanas atrás. O Grêmio de Renato Gaúcho é sério candidato a brigar por ela.

Mas ainda há tempo. Tempo curto, é verdade. E também sem espaços para novas derrotas. Neste momento, a meta é se reestabilizar. Para só depois poder voltar a pensar em algo maior.

O Corinthians de Andrés Sanchez e Ronaldo terá que se superar. Assim como teima a sina de histórias alvinegra.

SANTOS DE VOLTA À BRIGA
No outro jogo adiado da rodada e realizado ontem, o Santos bateu o Inter por um a zero na Vila, gol de Neymar.

A diferença que já chegou a mais de 10 pontos para o líder, caiu para seis. E os garotos voltaram a sonhar.

Mas para isso, três jogos serão fundamentais para as pretensões santistas. O São Paulo, já neste domingo no Morumbi, o Inter novamente, só que no Beira-Rio e o Grêmio de Gaúcho na Vila Belmiro. Além do Atlético-MG fora. Ainda dá. Por mais inacreditável que seja.

Quanto ao Inter, resta 'só' o Mundial de Abu Dhabi. Se é que me entendem.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES!

Pessoal, o blog está no segundo turno da prêmio Top Blog na categoria esportiva. Para votar é só clicar no banner na aba direita do blog. É simples, rápido e fácil. Conto com o apoio de todos.
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