quinta-feira, 28 de outubro de 2010

IGUALDADE JUSTA NO ENGENHÃO!

Nem lá, nem cá. Nem bom, nem ruim. O Corinthians, em mais uma decisão de reta final do Brasileiro, foi até o Rio enfrentar o Flamengo invicto de Luxemburgo e voltou com um só ponto na bagagem. Diante da gangorra que foi a partida, o resultado de ontem fica no meio-termo. Poderia ter sido três, poderia ter sido nenhum.

Na primeira etapa, o Corinthians funcionou bem. Marcava com disposição e controlava o jogo como queria. O Flamengo, mesmo com três atacantes, pouco assustava. Faltava apenas contundência para o time paulista chegar ao gol de Marcelo Lomba. Em uma delas, Ralf deu arrancada espetacular do campo alvinegro, passou lotado pelos marcadores rubro-negros, tocou para Ronaldo e recebeu novamente na frente, cara a cara com o goleiro carioca. Na finalização faltou a frieza de atacante e a bola saiu em cima de Lomba que desviou para escanteio.

Se faltou frieza para Ralf, isso é qualidade que sobra para Ronaldo. Aos 30 minutos, Bruno César recebeu bola na entrada da área entre três marcadores e fez passe preciso e precioso para o atacante. Livre, o Fenômeno recebeu e exibiu a categoria e a frieza de sempre. Bola colocada no canto, fora do alcance de Lomba e comemoração do lado paulista.

No segundo tempo, a ordem do jogo se inverteu. O time de Tite dava espaços de sobra aos cariocas e o Flamengo jogava melhor. O gramado do Engenhão lembrava o do Maracanã tamanho os vazios no campo, principalmente na ligação entre ataque e meio-campo alvinegros.
E para desespero dos paulistas, o Fla empatou com Diogo logo aos dois minutos, após jogada ensaiada em cobrança de escanteio. A partir daí, o jogo ficou aberto. E melhorou.

As duas equipes buscavam a vitória. Pelo lado paulista, Julio César salvava quando exigido. Já os donos da casa foram salvos pelo poste, em cobrança de falta batida por Bruno César. E a partida seguia em ritmo alucinante. No fim, os dois times davam sinais de cansaço, muito em razão da movimentação que teve o jogo.

E foi só. Um ponto somado para ambos. Melhor para o Flamengo que afasta-se rodada a rodada da zona de rebaixamento, pior para o Corinthians que não pôde dormir na liderança provisória. O alento alvinegro pode vir com uma vitória gremista ante o líder Fluminense na noite de hoje.

EMPATE TAMBÉM PELA SUL-AMERICANA
Galo e Palmeiras ficaram apenas no empate por 1 a 1, na partida de ida das quarta da Sul-Americana. Igualdade favorável aos paulistas que jogam em casa no jogo de volta. E ainda saem com motivos justos de reclamação sobre a confusa e criminosa arbitragem na Arena do Jacaré.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BRASILEIRÃO 2010; ALGUMAS PARCAS CERTEZAS E MUITAS DÚVIDAS

Se há uma certeza neste Brasileiro é a de que ele chega à reta final com ares de indefinição total, embora soe mais como uma indefinição definida. Isso porque a briga pela ponta não escapará da tríade Fluminense, Cruzeiro e Corinthians. Algo que este blogueiro vem dizendo já há um bom tempo, aliás. Santos e Inter tiveram a oportunidade para chegar, mas empacaram de maneira quase definitiva.

Para se ter uma ideia, ano passado - quando a competição deu guinada surpreendente e o Flamengo terminou como campeão, a diferença do líder Palmeiras para o clube que terminaria com a faixa era de apenas três pontos na 31ª rodada. No meio do bolo havia ainda Atlético-MG, Internacional e São Paulo, pela ordem. Inter e Santos estão a seis pontos dos líderes, com apenas 21 a serem disputados. Só mesmo uma hecatombe para mudar esse cenário.

ANALISANDO A TABELA
Rodada a rodada, a tabela mostra-se favorável ao time mineiro. Dos sete jogos restantes, a equipe celeste terá três jogos difíceis, dois deles decisivos. Um contra o São Paulo ainda vislumbrando chances de Libertadores e outro naquele que poderá vir a ser a decisão do campeonato, contra o Corinthians no Pacaembu.

O Flamengo, no Rio, completa a lista de jogos-chaves dos mineiros. Fora isso, talvez só o Vitória no Barradão ofereça perigo, já que Prudente e Vasco têm de ser computados como três pontos obrigatórios, além do Palmeiras, no jogo derradeiro e certamente com o time paulista jogando mais interessado em favorecer os mineiros e, de quebra, prejudicar seu arquirrival. Problema crônico de reta final dos pontos corridos.

Já a lista de jogos do clube paulista também aponta para três decisões, coincidentemente envolvendo os mesmos São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, a exemplo do clube mineiro. Avaí e Vasco, em casa, traz em si a obrigação de vitória. Fechando a série alvinegra, dois jogos delicados, Vitória e Goiás, ambos como visitante. Sabe-se lá como estarão os dois desesperados a essa altura do campeonato.

E por fim os cariocas tricolores. Neste momento, o Flu tem uma sequência difícil pela frente - Grêmio, Internacional fora, além do clássico contra o Vasco. Depois um jogo delicado contra o Goiás, ainda que em casa, e outros dois fora contra São Paulo e Palmeiras. Felipão já deu todas as dicas de que deve abandonar o Brasileiro. Resta então saber se o clube de Carpegiani estará com chances de Libertadores até lá, faltando três rodadas para acabar a competição. Caso contrário, Juvenal Juvêncio dobrará o bicho aos seus jogadores em caso de derrota. Fechando a série, jogo de três pontos obrigatórios contra o Guarani, em casa.

O panorama é esse. Sete jogos, 21 pontos e sete decisões. Em jogo, o direito de sagrar-se campeão do nacional mais disputado do planeta. Projeções, meras projeções. Mas que dizem muito.

CORINTHIANS GRANDE! E VIVO!

Um dérbi no detalhe. Mas não um detalhe mínimo, e sim um que quantifica, o da qualidade. Qualidade que vinha do compacto meio-campo alvinegro, superior ao apenas esforçado palmeirense.

Compacto porque tinha Ralf de volta ao lado de Jucilei e de Elias - este mais como meia -, e os três correndo como se fossem cinco. Além de Bruno César, centralizado e ao mesmo tempo solto pelos dois lados do campo. E decisivo, como vinha sendo até a fase ruim chegar. O Corinthians, reorganizado e reforçado, é mais time que o rival. Felipão sabia disso. E Tite também.

Ciente de seus problemas técnicos, juntamente com os desfalques, Felipão armou o Palmeiras preparado para se defender primeiro e quem sabe, na bola parada, na aérea ou na velocidade de Kléber, contragolpear. Mas oferecia-se muito pouco para vencer. Felipão queria o empate, ainda mais porque sabe da dificuldade que terá para superar o Grêmio e obter a quarta vaga - condicionada - e das cobranças que só um dérbi proporciona.

O Corinthians não vencia há sete jogos. O Palmeiras não perdia há nove. Mas um dérbi tem poder de transferência de pressão como nenhum outro jogo tem para os dois clubes. A derrota palmeirense está dolorida para seu torcedor hoje. A vitória corintiana injeta ânimo novo, passa moral e esperança para o Parque São Jorge, novamente em dias de calmaria. Ainda mais depois da rodada que se vestiu de preta e branca no fim de semana.

Era a retomada que o Corinthians precisava. Na hora certa e no jogo certo. Como num passe de mágica, a pressão se inverte. Capaz de ser tão clara assim como foi a irritação demonstrada por Felipão em sua coletiva presunçosa pós-jogo. Efeitos de um dérbi que ganhou manchetes e valorização como há tempos não se via.

Depois de sete rodadas e dezoito pontos desperdiçados, o corintiano pôde finalmente dormir tranquilo. O sonho do título no ano do centenário está de volta. O Penta está vivo, vivíssimo aliás. Que venha o Flamengo de Luxemburgo agora. Ao Palmeiras, o foco de agora em diante passa a ser a Sul-Americana.

sábado, 23 de outubro de 2010

INCOMPARÁVEL, PELÉ!



Isto é Pelé. Sem mais. E tudo o que mais for dito será apenas lugar-comum.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UM DÉRBI ENTRE O BEM E O MAL

Um clássico divisor de águas. Ou até mais do que isso. Uma partida que opõe perspectivas versus realidade. Um jogo que certamente definirá o futuro de ambos no Brasileiro.

Corinthians e Palmeiras representa mais que um simples jogo. Os efeitos de um dérbi vão além disso. Muito além da tabela de classificação e dos meros três pontos. Tudo isso, todos esses ingredientes, estarão em campo na tarde de domingo no Pacaembu.

Uma vitória alvinegra e o Corinthians, agora de Tite, retoma a luta pelo título. Uma derrota representará o pior centenário possível ao corintiano já que o risco de se ver fora da Libertadores ficará evidente. E iminente. Já o Palmeiras de Felipão, por sua vez, também decidirá seu rumo no domingo, embora jogue como franco-atirador. Vitória alviverde e o G-3 ficará possível e palpável. Por outro lado, a derrota significará esquecer o Brasileiro e foco total na Sul-Americana. Com o perdão do apelo, será matar ou morrer.

Peguemos como exemplo dois clássicos recentes entre as duas equipes. Os dois ocorridos no Paulista. Em 2008, o Corinthians de Mano Menezes ainda estava sendo montado, mas vinha em um bom momento na tabela de classificação e tinha tudo para figurar entre os quatro primeiros. De quebra, estava quatro pontos à frente de seu arquirrival. Uma derrota deixaria o Palmeiras de Luxemburgo em situação complicadíssima e, por outro lado, praticamente garantiria a classificação alvinegra à próxima fase da competição.

Mas Valdívia tratou de sacramentar os três pontos para o Palestra, em vitória por 1 a 0 em um domingo abarrotado com mais de 50 mil pessoas no Morumbi. O Palmeiras não perdeu mais na primeira fase e depois desse jogo caminhou com sobras para conquistar o título paulista. Já o Corinthians teve destino inverso e sequer chegou às semifinais. A derrocada alvinegra na competição começou ali, naqueles revés amargo em tarde ensolarada de domingo.

O outro dérbi em questão ocorreu ano passado. E desse, todos os alvinegros se lembram. O Corinthians de Mano Menezes estava de volta à elite do Brasileiro, mas ainda existia uma névoa de desconfiança em relação à qualidade de seus jogadores. Ronaldo, a grande contratação do futebol brasileiro, ainda não havia jogado de fato. Tinha disputado apenas uns minutos em jogo pela Copa do Brasil contra o modesto Itumbiara, quatro dias antes do grande clássico. Sua falta de mobilidade em campo e a aparente má forma física chamaram a atenção. Para muitos, o fenômeno estava liquidado para o futebol. Era apenas uma jogada de marketing da diretoria alvinegra. Seria um total fracasso no futebol brasileiro alardeavam os pessimistas.

E, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, sob um sol escaldante em Presidente Prudente, lá foi o maior artilheiro das Copas entrar em campo com a camisa alvinegra. E ali, naquele 8 de março de 2009, Ronaldo reescreveria novamente sua história renascendo mais uma vez para o futebol.

O resto da história todos sabem. Muitos dizem que o Corinthians só ganhou confiança depois de ganhar as duas partidas das semifinais contra o São Paulo. Pode até ser. Mas no caso de Ronaldo, a retomada de sua confiança começou ali, naquela partida épica e naquele alambrado do Prudentão. Afinal, e modéstia à parte, no momento do gol o ídolo alvinegro beira à perfeição. Quanto ao Palmeiras, bem, digamos que aquela cabeçada nunca mais foi esquecida nos bastidores do Palestra.

Esse é o espírito de um Corinthians e Palmeiras. Suas nuances, seus efeitos, seus dissabores e seus deleites. Corinthians e Palmeiras não seriam os mesmos sem um ao outro, não teriam a mesma intensidade, o mesmo brilho. É por isso que o clássico deste domingo vale mais do que simplesmente três pontos. Enfim, um dérbi para o bem e para o mal.
*créditos das fotos: Agência Globo

domingo, 17 de outubro de 2010

RODADA DOS TRICOLORES! E DOS ATLÉTICOS!

Se tivemos beneficiados na 30 rodada do Brasileiro, certamente estes foram os tricolores Grêmio e São Paulo. Os gaúchos pela vitória sobre o líder Cruzeiro no Olímpico abarrotado e ainda mais pela belíssima campanha neste segundo turno. Já o São Paulo pela vitória na base da superação no eletrizante clássico contra o Santos, decidido no apagar das luzes.

Outros três que tiveram motivos para comemorar são os Atléticos, ainda que sob diferentes perspectivas. O paranaense, pela campanha sólida que o faz sonhar com Libertadores. Por outro lado, o caçula goiano e o xará mineiro pelas arrancadas na reta final que dão alento à permanência na série A. Vitória, Guarani e Avaí que se cuidem.

SANSÃO EM RITMO ELETRIZANTE
Os prognósticos já anunciavam que teríamos um jogo aberto. Mas nem o mais otimista deles, imaginava um clássico com ritmo tão sensacional como foi o do começo do jogo. Isso porque, com menos de 20 minutos, o duelo já registrava cinco gols, com placar favorável ao São Paulo por três a dois.

Meio-campo praticamente não havia. Era mais um duelo entre ataque e defesa. E nesse quesito a são-paulina se saía melhor, até porque a santista falhava e muito. O jogo era aberto. E o placar dele, também.

Na segunda etapa, o São Paulo voltou melhor, ciente de que só a vitória interessava para manter qualquer esperança de Libertadores. Mas aí, quando o jogo caminhava ao gosto dos mandantes, Richarlyson fez a besteira de ser expulso. Sempre ele, para que se conste.

O Santos partiu pro tudo ou nada. E empatou aos 24 com Neymar cobrando pênalti. Dessa vez sem paradinha. Mas quando tinha tudo para virar novamente a partida, estranhamente o visitante recuou. E o São Paulo passou a jogar melhor e até fazia por merecer a vitória.

Vitória que quase veio no fim com Jean perdendo gol incrível. Mas, para fazer justiça, alguns minutos depois a bola sobrou livre na pequena área para que o mesmo Jean fizesse de cabeça o gol da sobrevida tricolor.

Com os três pontos, o São Paulo ultrapassa o arquirrival Palmeiras que deixou escapar dois pontos em casa. De quebra, vem com ânimo e moral renovados para brigar por uma das vagas à Libertadores. O grande problema tricolor no caso é tirar o indigesto Grêmio de Renato Gaúcho do posto.

Já o Santos deixou escapar uma valiosíssima chance de encostar nos líderes. Derrota dolorida, para abalar qualquer elenco. Inclusive, ou até mesmo, o santista.

EMPATE AMARGO NO BRINCO
Já em Campinas, o Corinthians ainda cambaleando tinha a volta de Ronaldo e de Ralf no duelo ante o Guarani. E era justamente neles que os corintianos depositavam suas esperanças para acabar com dois problemas crônicos da equipe, a falta de um homem de referência e a falta de proteção à defesa, amplamente vazada neste últimos jogos.

E se era de gols que o Corinthians precisava, o fenômeno fez logo dois. Mas como a fase não é lá das melhores, a arbitragem tratou de anular os dois alegando impedimento. Inexistentes, diga-se.

E o placar teimou em ficar em branco no Brinco, ainda que chances não faltassem. Pior para os dois clubes, embora a igualdade seja ainda mais lamentada pelo lado alvinegro.

Domingo que vem, o Corinthians - agora de Tite - terá jogo crucial para definir sua situação neste Brasileiro. Uma vitória o recoloca na briga pelo título. Um empate ou derrota e os corintianos devem contentar-se em assegurar sua participação na Libertadores de 2011. O risco, como já foi dito aqui, é iminente. Rodada a rodada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PALMEIRAS BEM NA SUL-AMERICANA!

No Equador, existe o Quitobol. Na Bolívia, o Sucrebol. Tanto um como outro são derivações de esportes andinos daquilo que concebemos e conhecemos como futebol. E como em campeonatos sul-americanos temos essas distorções absurdas, lá foi o Palmeiras de Felipão, na altitude de Sucre, praticar esta modalidade que continua permitida pela Fifa.

A partida começou morna, até fraca tecnicamente. Muito em razão do pífio adversário, já que o Palmeiras fazia o jogo que lhe cabia. E foi seguindo sonolento até que veio a oportunidade que o time paulista esperava.

Já que o duelo tinha grandes chances de ser resolvido na velocidade da bola, nada melhor do que uma falta na intermediária para Marcos Assunção cobrar. Se em condições normais a bola venenosa do veterano alviverde já produz estragos, em condições favoráveis ela é fatal. Foi fatal, aliás.

Depois do gol, o Palmeiras controlou bem o jogo e foi para o intervalo com valiosa vantagem. No segundo tempo, o Sucre esboçou reação, mostrou algo que aparentava ser futebol e pressionou. Mas nada que significasse mudança no placar. Se houvesse alteração, ela seria ainda mais favorável ao clube brasileiro já que Lincoln teve gol mal anulado pela arbitragem. E ainda houve um pênalti não marcado em Kléber.

Mas ficou de bom tamanho para a equipe de Felipão que deve encarar o Atlético-MG nas quartas-de-final. O jogo de volta das oitavas, em São Paulo, já tem cheiro de goleada.

O Palmeiras, agora sim, segue dividido entre Brasileirão e Sul-Americana. Mas chegará o momento de definir por qual deles brigar e creio que a Sul-Americana será o caminho a seguir. E frise-se, o clube alviverde é sério candidato a ficar com ela.

Felipão já deu todas as dicas, no sentido de que deve abandonar logo logo o Brasileiro. Resta apenas ao arquirrival Corinthians tratar de eliminar qualquer pretensão alviverde.
*Crédito da foto: Agência Reuters

O REAL E IMINENTE RISCO ALVINEGRO

Um time totalmente entregue, combalido. Desorientado, esfacelado. Sem poder de reação alguma. Sem rumo, nem prumo.

O Corinthians que ontem perdeu para o Vasco lembrava o time que foi rebaixado em 2007. Tomou dois gols bobos - ainda que um em posição de impedimento - e não conseguiu oferecer perigo algum ao time carioca, que controlou a partida como quis. Salvo um gol bisonhamente perdido por Iarley. Mais um em sua interminável conta neste Brasileiro, aliás.

Um ataque totalmente ineficiente. Um ataque, decididamente, de nervos.

O Centenário alvinegro que se anunciava como próximo do inesquecível, caminha a passos largos pelo caminho inverso. O Corinthians está à beira de um colapso físico e mental.

E corre risco de ficar fora até mesmo da zona de classificação à Libertadores. Algo inimaginável, duas semanas atrás. O Grêmio de Renato Gaúcho é sério candidato a brigar por ela.

Mas ainda há tempo. Tempo curto, é verdade. E também sem espaços para novas derrotas. Neste momento, a meta é se reestabilizar. Para só depois poder voltar a pensar em algo maior.

O Corinthians de Andrés Sanchez e Ronaldo terá que se superar. Assim como teima a sina de histórias alvinegra.

SANTOS DE VOLTA À BRIGA
No outro jogo adiado da rodada e realizado ontem, o Santos bateu o Inter por um a zero na Vila, gol de Neymar.

A diferença que já chegou a mais de 10 pontos para o líder, caiu para seis. E os garotos voltaram a sonhar.

Mas para isso, três jogos serão fundamentais para as pretensões santistas. O São Paulo, já neste domingo no Morumbi, o Inter novamente, só que no Beira-Rio e o Grêmio de Gaúcho na Vila Belmiro. Além do Atlético-MG fora. Ainda dá. Por mais inacreditável que seja.

Quanto ao Inter, resta 'só' o Mundial de Abu Dhabi. Se é que me entendem.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES!

Pessoal, o blog está no segundo turno da prêmio Top Blog na categoria esportiva. Para votar é só clicar no banner na aba direita do blog. É simples, rápido e fácil. Conto com o apoio de todos.
EM TEMPO: Logo mais o blog estará atualizado com tudo o quê houve nestes dias de merecido descanso na terra natal do blogueiro.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A RODADA DA SOBREVIDA!

Se tanto Corinthians como Fluminense não andam lá nos seus melhores dias, quem tem se aproveitado e bem disso é o Cruzeiro.

Cruzeiro que ontem bateu o sofrível Goiás e pode chegar à liderança da competição, desde que vença o Fluminense no domingo, em Sete Lagoas. Mais do que isso, o time de Cuca vem mostrando equilíbrio fundamental neste segundo turno. Algo que tanto Corinthians quanto Fluminense não vêm fazendo. Cariocas e paulistas que polarizaram a briga pelo título até agora, deixaram a Raposa encostar. E até passar no caso do alvinegro.

O alento do time de Adilson Baptista continua sendo a tabela e o jogo a menos que tem. Mas o maior problema alvinegro não é a terceira colocação, e sim o futebol apresentado pela equipe nas últimas rodadas. Isso sim é preocupante.

Menos mal que o próximo adversário é o frágil Atlético-GO e em casa. Não há mais espaços para tropeços. Uma vitória com boa margem de gols no domingo e, na quarta, a equipe paulista fará o jogo que tem a menos na tabela, contra o Vasco em São Januário.

É jogo-chave para definir o rumo da equipe no campeonato. Uma vitória magra no Rio deve recolocar o time paulista na liderança. O problema será reencontrar o futebol perdido entre as três últimas partidas. E, principalmente, saber qual time deverá estar em campo.

PALMEIRAS E GRÊMIO RESSURGEM
Além do time mineiro, destaques também por conta do Grêmio de Renato Gaúcho e do Palmeiras de Felipão neste segundo turno. Embaladas, organizadas e sem problemas de desfalques, as duas equipes começam a vislumbrar algo mais neste Brasileiro. O grande objetivo é Libertadores e, para isso, uma vitória fora de casa na próxima rodada diante dos cariocas Vasco e Botafogo será fundamental.

Se o G-3 virar G-4 novamente, Grêmio e Palmeiras aparecem como maiores candidatos para brigar pela vaga. Pior para Atlético -PR, que perdeu seu técnico, e Botafogo que anda perdendo um jogador por semana para o racional calendário brasileiro.

GALO RESPIRA
A situação era pra lá de tenebrosa. Mas eis que bastou uma troca de comando, novamente de Luxa por Dorival assim como no Santos, e o Atlético-MG voltou a sonhar com a permanência na primeira divisão. Ainda é cedo, mas agora quem dá pinta de ingressar no temido grupo R-4, é o catarinense Avaí. O Vitória que se cuide também.

Por outro lado, Goiás e Atlético -GO devem repetir Náutico e Sport ano passado e serem os dois clubes rebaixados do mesmo Estado à série B. Completando a lista, o Grêmio Prudente é o virtual primeiro rebaixado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BRUXA SOLTA PELO BRASILEIRO!

Uma hora a conta chega. Sempre chega. Motivado por um calendário mais do que absurdo, os clubes brasileiros têm sofrido com a enorme lista de desfalques por contusão. Justo agora, na reta final do Brasileiro.

A rodada de ontem expõs ainda mais a mazela. Dentinho e Fred que voltavam após um longo período parados, jogaram alguns minutos e voltaram a sentir lesões. Pior, tanto líder como vice-líder também já haviam perdido mais uma atacante, Emérson e Jorge Henrique. O Cruzeiro, terceiro colocado e que pode superar o Corinthians na tabela hoje à noite, também tem sofrido com isso.

No Santos a lista é ainda maior e chega a uma dezena. Resquícios de um clube que conquistou - e encantou - tudo que disputou no primeiro semestre e que, no segundo, virou um time comum justamente por conta disso. E pelas lesões, é claro.

No Botafogo, que ontem enfrentou o Guarani, a conta chegava a cinco nomes. Todos da equipe titular. O Inter, que ontem se viu derrotado pelo Ceará, também teve seus desfalques por lesões.
A lista é grande e não para de crescer. No São Paulo, Fernandão, Ilsinho e J. Wagner. O Palmeiras também já sofreu com o espinhoso problema.

Se a briga aflige lá em cima, é desesperadora lá embaixo. O Atlético-GO, por exemplo, perdeu simplesmente seu melhor jogador, Elias, e justamente no momento em que a equipe dava sinais de reação.

Dizem que futebol é planejamento. Baseado nisso, talvez o melhor fosse planejar um calendário adequado àquilo que o corpo de um atleta pode aguentar. A irracionalidade de alguns, aliado à resistência de outros que atendem aos interesses da "Central", prejudica a tudo e a todos. Aliam-se interesses mercadológicos, mas alijam-se os clubes. E aleija-se o povo.

E assim segue o futebol tupiniquim, com seu calendário absurdo e deprezivelmente único no mundo. Como se todos estivessem errados e apenas nós estivéssemos certos. Apenas coloco o dedo na ferida. É isso.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

COCHILINHO ELEITORAL....

* Crédito da Charge: Mario Alberto/Lance!

ELEIÇÕES 2010 - O ABSURDO DOS ABSURDOS


Tiririca, mais de 1,3 milhão de votos para deputado federal em São Paulo.

Garotinho, Paulinho da Força, Jader Paspalho Barbalho, Maluf Ficha Limpa, Valdemar da Costa Neto e até Romário.......

Definitivamente, um circo chamado Brasil.

EM TEMPO: Voto de protesto?!?!?! Protesto bem lusitano esse hein?!?!?! E depois, nossos irmãos europeus é que são motivo de piadas. Agora senta e chora. Porque afinal, cada povo tem os governantes que merecem.....

sábado, 2 de outubro de 2010

EMPATES E EMPATES

Nos três jogos que envolviam os líderes da competição, três empates com diferentes perspectivas.

O cruzeirense é até aceitável em virtude justamente das virtudes do adversário, um Atlético-PR que não perde já há seis jogos e aparece na quinta posição da tabela. Já o carioca tem ares de lamento por ter sido contra o lanterna do campeonato, ainda que fora de casa. Mas a igualdade corintiana pode ser considerada desastrosa, principalmente pela péssima atuação dos donos da casa. E contra um decadente Ceará que, dos últimos dez jogos, venceu apenas um.

E se a rodada foi recheada de empates, seis no total, quem se deu bem mesmo foram os gaúchos Grêmio e Inter que golearam Vitória e Guarani. Já lá embaixo, no duelo dos desesperados, o Atlético MG bateu o xará Goiano de virada no Serra Dourada e voltou a respirar no campeonato. E com direito a um golaço de Réver de bicicleta, o do empate.

TROPEÇO ALVINEGRO, MAS COM AR DE ALÍVIO
Em um Pacaembu mais uma vez lotado, com mais de 28 mil pagantes, o Corinthians jogava não somente mal, mas muito mal aliás. E via o líder Fluminense desgarrar-se na tabela com a vitória parcial em Prudente. Isso porque os cariocas batiam os donos da casa por 1 a 0, gol de Rodriguinho ainda na primeira etapa e, àquela altura, via Marcelo Nicácio inaugurar o marcador em plena casa alvinegra. Era a pior combinação possível ao time de Adilson Baptista, que sequer oferecia perigo aos visitantes.

No segundo tempo, o Corinthians prosseguia mal e aumentava seu calvário ao ver o veterano Magno Alves fazer o segundo como quis, como se a improvisada defesa alvinegra fosse um salão de festas acolhedor a forasteiros. O sonhado título brasileiro em pleno ano do Centenário estava indo ladeira abaixo.

Mas aí na base da superação, o alvinegro conseguiu diminuir com Paulinho, empatou quase no fim com Defederico e ainda viu o Grêmio Prudente empatar o jogo com os cariocas. Na medida do possível, ficou de bom tamanho para os paulistas.

Por muito pouco, o Corinthians não coloca tudo a perder. E, dessa vez, pode até reclamar de um pênalti não marcado em Iarley, para contrabalancear os erros de arbitragem envolvendo a equipe.

CLÁSSICO MEIA-BOCA NA VILA
No clássico paulista entre Santos e Palmeiras, um jogo apenas morno e de muita marcação como é de praxe entre as equipes dirigidas por Felipão.

Empate por 1 a 1 e pretensões alviverdes brecadas até mesmo por Felipão que reconhece a dificuldade para vislumbrar G3. Quem sabe se a reação palestrina tivesse vindo umas rodadas antes. Ao Santos resta mesmo esperar por 2011. Até porque 2010 foi muito melhor do que o mais otimista do santistas poderia imaginar.

A GÁVEA EM DIAS DE VÁRZEA
Se o clássico paulista não foi lá dos melhores, o carioca então chegou a ser indiferente tamanha a apatia de Bota e Fla no Engenhão. O resultado não poderia ter sido outro que não o empate com gosto amargo para ambos. O Bota pela chance de aproximar-se do G3. Já o Fla por não tirá-lo da incômoda situação de preocupação com a zona de rebaixamento.

Pior que o resultado para o rubro-negro, foi a triste demissão de Zico na sexta por conta de problemas políticos. Lamentável a saída de Galinho que chegara meses antes com a dura missão de botar ordem nos bastidores da Gávea. Nem Zico pôde com tamanho fardo. Quem lamenta é o futebol brasileiro.