quarta-feira, 31 de março de 2010

SEMANA DE DECISÕES PELA LIBERTA!


Três brasileiros em campo pela Libertadores na noite de hoje. Três jogos decisivos, e também complicados. E que todos eles abram os olhos, porque qualquer tropeço nesta rodada - que abre hoje com três jogos e fecha quarta que vem com o Flamengo - pode complicar as pretensões em busca do título continental.

TRICOLOR EM BUSCA DE UM PONTO
O São Paulo vai até o México pressionado após mais uma derrota em clássicos neste ano. E joga por um empate para eliminar o Monterrey e decidir depois o primeiro lugar do grupo, em casa, contra o Once Caldas. Em caso de igualdade no México, o São Paulo jogará pela obrigatoriedade da vitória no Morumbi para sacramentar o primeiro lugar do grupo. Isso porque é inimaginável que os colombianos não batam o saco de pancadas paraguaio amanhã, jogando em Manizales.
UPDATE: Pensando bem, ao Monterrey só resta a possibilidade da vitória para permanecer vivo na competição. Razão pela qual teremos um jogo aberto e com enormes possibilidades de três pontos para um dos dois lados.

COLORADO EM ALERTA
Já o Inter não tem outra opção a não ser ganhar do principal rival em sua chave, o uruguaio Cerro. Jogando no Beira-Rio, a equipe de Jorge Fossati joga para espantar a crise que ronda o Colorado e pela cabeça - cada dia mais - a prêmio de seu treinador. Um empate deixa os brasileiros em situação delicada, embora ainda reversível.

MINEIROS À PERIGO
Quem deve ter a partida mais difícil pela frente é o Cruzeiro que encara o líder de seu grupo, o argentino Vélez. Um empate hoje no Mineirão aliado a uma possível vitória do Colo-Colo diante do Deportivo Itália, complica as pretensões do time azul-celeste. Até porque, vale lembrar, nove pontos (em caso de um empate no jogo derradeiro, no Chile) provavelmente deixa o time brasileiro de fora como um dos piores segundos colocados. Ou seja, é vencer ou vencer.

TIMÃO NA BOA
Amanhã, quem faz as vezes brasileiras é o Corinthians. O time de Mano Menezes possui o melhor aproveitamento entre os brasileiros até agora, com duas vitórias e um empate. Uma vitória com boa margem de gols nesta quinta-feira, em casa, diante do paraguaio Cerro deixa o time paulista com a classificação bem encaminhada às oitavas. Três pontos estes que, convenhamos, soam como quase que obrigatórios, além de iminentes.

FLA EM JOGO-CHAVE
Fechando a participação brasileira na rodada quem vai a campo quarta que vem é o Flamengo. E terá um compromisso complicado contra o Universidad do Chile, líder de seu grupo. Menos mal que o jogo será aqui. Mas para os cariocas seguirem sonhando com o primeiro lugar do grupo 8, a vitória será fundamental.

terça-feira, 30 de março de 2010

O DESABAFO DE UM PALESTRINO!


Neste momento só me resta um sentimento. Vergonha!

Ouvir falar do Palmeiras me dá vergonha. Estamos sendo meros coadjuvantes desde o título da Libertadores conquistado no século passado. Neste meio tempo apenas um paulistinha de 2008. Ah já ia me esquecendo, um vice na Libertadores e também no Mundial, além de um honroso título da segunda divisão do Brasileiro. Quanto orgulho.

Neste período nossos rivais paulistas colecionaram "n" títulos, indo desde campeonatos mundiais a também honrosos títulos de segunda divisão. Muitas vezes me pergunto, não seria melhor participar da Segundona? Pelo menos seríamos campeões de algo.

Brincadeiras à parte, é com profundo pesar que escrevo esse desabafo como um torcedor que corre de rodas de futebol por não conseguir argumentar mais sobre nossas derrotas. Estamos tão apagados que até aquela velha rivalidade Palmeiras e Corinthians está se transformando em São Paulo versus Corinthians.

Difícil, precisamos reagir urgentemente se não nos transformaremos num futuro próximo na “Segunda Portuguesa do Estado”, porque que criança irá torcer para uma equipe que não conquista título algum?!?!

Deixo aqui a minha indignação,

abraços,

Renato Garcia Ribeiro, economista - assim como mister Belluzzo - e leitor deste blog.

segunda-feira, 29 de março de 2010

UM MESTRE DAS PALAVRAS!


México 1970*

E as palavras, eu que vivo delas, onde estão? Onde estão as palavras para contar a vocês e a mim mesmo que Tostão está morrendo asfixiado nos braços da multidão em transe? Parece um linchamento: Tostão deitado na grama, cem mãos a saqueá-lo. Levam-lhe a camisa levam-lhe os calções. Sei que é total a alucinação nos quatro cantos do estádio, mas só tenho olhos para a cena insólita: há muito que arrancaram as chuteiras de Tostão. Só falta, agora, alguém tomar-lhe a sunga azul, derradeira peça sobre o corpo de um semi-deus.

Mas, felizmente, a cautela e o sangue-frio vencem sempre: venceram, com o Brasil, o Mundial de 70, e venceram, também, na hora em que o desvario pretendia deixar Tostão completamente nu aos olhos de cem mil espectadores e de setecentos milhões de telespectadores do mundo inteiro.

E lá se vai Tostão, correndo pelo campo afora, coberto de glórias, coberto de lágrimas, atropelado por uma pequena multidão. Essa gente, que está ali por amor, vai acabar sufocando Tostão. Se a polícia não entra em campo para protegê-lo, coitado dele. Coitado, também, de Pelé, pendurado em mil pescoços e com um sombrero imenso, nu da cintura para cima, carregado por todos os lados ao sabor da paixão coletiva.

O campo do Azteca, nesse momento, é um manicômio: mexicanos e brasileiros, com bandeiras enormes, engalfinham-se num estranho esbanjamento de alegria.

Agora, quase não posso ver o campo lá embaixo: chove papel colorido em todo o estádio. Esse estádio que foi feito para uma festa de final: sua arquitetura põe o povo dentro do campo, criando um clima de intimidade que o futebol, aqui, no Azteca, toma emprestado à corrida de touros.

Cantemos, amigos, a fiesta brava, cantemos agora, mesmo em lágrimas, os derradeiros instantes do mais bonito Mundial que meus olhos jamais sonharam ver. Pela correção dos atletas, que jogaram trinta e duas partidas, sem uma só expulsão. Pelo respeito com que cerca de trezentos profissionais de futebol se enfrentaram, músculo a músculo, coração a coração, trocando camisas, trocando consolo, trocando destinos que hão de se encontrar, novamente, em Munique 74.

Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes. Orgulha-me ver que o futebol, nossa vida, é o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Trinta e duas batalhas, nenhuma baixa. Dezesseis países em luta ardente, durante vinte e um dias — ninguém morreu. Não há bandeiras de luto no mastro dos heróis do futebol.

Por isso, recebam, amanhã, os heróis do Mundial de 70 com a ternura que acolhe em casa os meninos que voltam do pátio, onde brincavam. Perdoem-me o arrebatamento que me faz sonegar-lhes a análise fria do jogo. Mas final é assim mesmo: as táticas cedem vez aos rasgos do coração. Tenho uma vida profissional cheia de finais e, em nenhuma delas, falou-se de estratégias. Final é sublimação, final é pirâmide humana atrás do gol a delirar com a cabeçada de Pelé, com o chute de Gérson e com o gesto bravo de Jairzinho, levando nas pernas a bola do terceiro gol. Final é antes do jogo, depois do jogo — nunca durante o jogo.

Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar? Os campeões mundiais em volta olímpica, a beijar a tacinha, filha adotiva de todos nós, brasileiros?

Ternamente, o capitão Carlos Alberto cola o corpinho dela no seu rosto fatigado: conquistou-a para sempre, conquistou-a por ti, adorável peladeiro do Aterro do Flamengo. A tacinha, agora, é tua, amiguinho, que mataste tantas aulas de junho para baixar, em espírito, no Jalisco de Guadalajara.

Sorve nela, amiguinho, a glória de Pelé, que tem a fragrância da nossa infância. A taça de ouro é eternamente tua, amiguinho. Até que os deuses do futebol inventem outra.

* Armando Nogueira, um ícone do jornalismo brasileiro nos deixou hoje, aos 83 anos. A recepção de Nogueira terá nada mais nada menos do que Garrincha, Zizinho, Vavá, Didi....Aqui estamos em luto, mas o céu, com certeza, está em festa.

domingo, 28 de março de 2010

UM MAJESTOSO ARREBATADOR!


Alguns descrentes previam um jogo ruim no Pacaembu. Azar o deles, porque o que se viu na tarde de hoje foi um grande Majestoso, com direito a sete gols e cheio de reviravoltas. Melhor para o Corinthians que venceu o clássico no sufoco, manteve-se na briga pelo G-4 do Paulista e ainda sustentou o tabu diante do arquirrival. E, melhor ainda, em um jogo digno do nome que carrega. Uma partidaça mesmo.

Os dois clubes entraram pressionados em razão das derrotas no meio de semana, ainda que o São Paulo permanecesse no grupo dos quatro, enquanto o alvinegro precisava da vitória a todo custo para seguir sonhando. Mas havia também um tabu a ser quebrado pelo clube do Morumbi, de oito jogos e três anos sem vitórias sobre o maior rival. Além da equipe de Ricardo Gomes não ter vencido nenhum clássico em 2010.

Já no plano tático a partida seria decidida no meio-campo. Pelo lado corintiano, um meio de muita movimentação e com variação de jogadas. Já do lado tricolor, um meio mais técnico, embora muito cadenciador.

O JOGO

O clássico começou morno com os rivais se estudando e se respeitando muito. Aos poucos, o time de Mano Menezes foi se soltando e começou a ter domínio do jogo. Domínio que se traduziu na primeira grande jogada do clássico, com duas bolas alvinegras em sequência na trave do São Paulo e uma bela defesa de Rogério em chute de Wiliam.

A jogada acendeu o Corinthians. Ainda antes dos 20 minutos, Elias surgiu na velocidade, recebeu belo passe de primeira de Ronaldo e, de fora da área, concluiu com um belo chute colocado. Indefensável para Rogerio. Um a zero no Pacaembu para fazer justiça ao que era o jogo até então.

O São Paulo tentou empatar em alguns chutes de fora da área. Mas era pouco, muito pouco para um Majestoso. Aos 34, o Corinthians chegou ao segundo depois de bobeada de Miranda dentro da área, que perdeu uma bola que era inteira sua. Na sequência a bola para sobrou Danilo chutar de direita e fazer um golaço no ângulo de Rogerio que se esticou até onde pôde.

Com dois a zero no placar, os 23 mil pagantes, em sua maioria alvinegros, pediam goleada no Pacaembu. Mas soava pretenso demais para um Majestoso. Ainda na saída de bola, Dentinho e Washington se desentenderam e foram ambos corretamente expulsos. Dez contra dez e o jogo ficava ainda mais aberto.

Com a superiodade em campo traduzida no placar, o Corinthians cozinhava o São Paulo em banho-maria esperando ir para o intervalo com bela vantagem que tinha. Mas aí Dagoberto fez boa jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para a chegada-surpresa de Jean que só escorou e diminuiu a vantagem alvinegra. Era tudo o quê o São Paulo precisava.

No segundo tempo, Ricardo Gomes sacou um nulo Léo Lima para a entrada de Fernandinho. O São Paulo queria o empate e, finalmente, ousava para isso. Mas logo aos sete, Roberto Carlos tinha uma falta frontal, do jeito que ele gosta. O lateral soltou uma bomba rasteira, com efeito no campo molhado e Ceni aceitou para delírio da Fiel.

O São Paulo, em desvantagem, partiu pro tudo ou nada. O Corinthians se segurava com certa tranquilidade e podia até fazer o quarto tamanho era o buraco que a equipe tricolor deixava atrás. Mas pecou pelo preciosismo e por optar pela cadência.

A solução são-paulina foi contar com a sorte e a imaturidade do goleiro Rafael Santos. Aos 30, o arqueiro soltou uma bola fácil de Hernanes nos pés de Rodrigo Souto. O São Paulo diminuiu e passou a buscar o empate.

Elias, cansado, deu luga a Tcheco. Mal na partida, Hernanes deu lugar a Cicinho. Aos 37, Cicinho cobrou falta e alçou na área, o goleiro alvinegro saiu bisonhamente errado e Rodrigo Souto empatou a partida. A torcida são-paulina, em minoria, passou a ser ouvida. E ainda zombava da provável eliminação da equipe de Mano Menezes no ano de seu Centenário. O empate para o São Paulo estava de excelente tamanho. Para o Corinthians, era a catástrofe.

Jorge Henrique entrou no lugar de Danilo e depois foi a vez de Iarley aparecer no lugar de Ronaldo, que esteve abaixo do esperado, apesar do bom passe no gol de Elias. Era tudo ou nada para o Corinthians. Naquele momento, pouco importava a manutenção do tabu.

Mas, nos acréscimos, o grande desfecho para o clássico. Iarley fez boa jogada na entrada da área, cortou dois defensores tricolores e chutou com força, cruzado, na esperança de encontrar alguma alma alvinegra que desviasse a bola. E acabou encontrando a cabeça de Alex Silva que tentou cortar e mandou de forma estranha para o gol. Abatido, Rogerio nada pôde fazer. Era a redenção alvinegra depois de duas derrotas no Paulista.

Aí foi só comemorar. Quatro a três em um belo clássico. Com a vitória o Corinthians dá um bico na crise que se aproximava do Parque. De quebra, passa o bastão para o rival tricolor. Mesmo dentro do G-4, é o time de Ricardo Gomes quem precisa provar agora.

Enfim, venceu quem jogou melhor. Venceu quem fez por merecer.
*créditos das fotos: Agência Estado

sexta-feira, 26 de março de 2010

MITOS NÃO MORREM!


No último domingo, celebrou-se 50 anos de vida do maior dentre os maiores, Ayrton Senna da Silva. Este blogueiro passou em branco, mas deixa hoje aqui a sua homenagem. Até porque não há dia para celebrar Ayrton, qualquer dia é dia.

Ayrton não precisava de adjetivos. Ayrton, por si só, era o adjetivo. Senna não era só a esperança de dias melhores, de dias mais alegres, Senna era também a esperança de que nosso país podia ser diferente. Senna é um mito não só por aquilo que ele fez dentro das pistas, mas ainda mais pelo exemplo que dava fora delas.

Isso tudo para dizer, Ayrton, que mitos não morrem. Mitos da sua grandeza, Ayrton, não se curvam ao tempo e nem mesmo à morte. Mitos iguais a você, Ayrton, permanecem para sempre enraizados em nossas mentes e corações. Ayrton Senna da Silva, um heroi do Brasil!


LUTO!

Peço desculpas a todos, mas este blogueiro não se encontra em condições de atualizar o blog hoje de manhã. Mas faço questão de registrar aqui minha indignação quanto ao estado calamitoso das estradas paulistas - em especial aquelas que são responsabilidade do Palácio dos Bandeirantes.

Hoje este blogueiro perdeu um amigo, quase no mesmo local onde meses atrás uma família inteira também sofreu acidente semelhante e deixou-nos. As tragédias se repetem na mesma ordem e na mesma estrada medonha de sempre. O caos, a desordem e a inabilidade administrativa maqueados pelo marketing político. A região sudoeste do Estado pode não ser a mais produtiva, mas também faz parte da federação paulista. E que nossas autoridades abram os olhos para isso!

Vá em paz, meu caro amigo!

quinta-feira, 25 de março de 2010

UMA QUARTA PARA SER ESQUECIDA!


TIMÃO SUCUMBE NA ARENA

A versão 2010 do time de Mano Menezes não empolga, não inspira, quase nada cria. Pelo menos no Paulista, já que na Libertadores a situação é um pouco diferente, até mesmo por tratar-se de competições distintas. E ontem, jogando como mandante na Arena Barueri, o Corinthians obteve a façanha de ser superado pelo Paulista, um dos que lutam contra o rebaixamento neste inesperado Paulistão. Um a zero com gol de Mazola e direito à vaias merecidas para o clube de Parque São Jorge.

Apática, insossa e lenta em campo - principalmente no primeiro tempo, a equipe alvinegra não chega perto daquilo que espera-se para seu Centenário. O jogo de ontem foi o retrato da falta de inspiração. Principalmente por Ronaldo que começa a ter seu desempenho questionado entre os torcedores. Algo inimaginável meses atrás para o maior artilheiro das Copas

O Fenômeno pode até fazer gols e decidir o clássico domingo e o próximo confronto contra o Cerro, no dia 1º. Mas uma provável desclassificação do alvinegro no Paulista, será também motivada pelo desempenho de Ronaldo. E, claro, por seu treinador Mano Menezes que não conseguiu dar o padrão de jogo esperado à equipe. Os cobrados serão eles, mas a conta final é de todos.

MAL, TRICOLOR CAI EM BRAGANÇA

O São Paulo vinha de uma boa sequência de vitórias neste Paulista. Com triunfos tranquilos é verdade, embora também sem inspiração. A exemplo de seu rival alvinegro. Mas não foi páreo para o Bragantino e também caiu por um a zero, em um jogo que pelo menos teve movimentação e velocidade. E de ambas as equipes.

Menos mal que o São Paulo está com sua classificação bem encaminhada. Ainda que tenha uma dura tabela pela frente. Domingo é dia de clássico. Dia de uma possível crise estender-se para um dos dois lados. Ainda que pelos lados do Morumbi a situação esteja bem mais tranquila.

TUDO COMO ANTES NO PALESTRA

Completando os desastres do Trio-de-Ferro ontem, o Palmeiras foi até Araraquara e não conseguiu voltar com três pontos na bagagem. Empate amargo por 2 a 2 contra o vice-lanterna da competição, o Rio Branco de Americana. Se a vaga já era difícil, depois de ontem pode se dizer que ficou impossível.

O jeito é focar a Copa do Brasil para, quem sabe, tornar este início de ano menos doloroso para seu torcedor. A alegria - e o embalo que se anunciava - após a retumbante vitória contra o Santos na Vila foi apenas passageira. A exemplo do ano passado.

EM TEMPO - Não há como questionar, neste Paulista só mesmo quem salva é o Santos. Quem sabe se o time praiano doasse um pouco de seus gols para Corinthians, São Paulo, Palmeiras. Isso dentre os quatro grandes, porque há esperanças também para Santo André, Lusa, Ponte Preta, Botinha....

domingo, 21 de março de 2010

UMA ODE EM MEIO À POESIA!


Diante da masmorra, o êxtase. Diante do enfado, do fastio e do tédio, o encantamento. Diante da penúria, a esperança. Este é o Santos de Dorival Júnior, que contrapõe a tudo e a todos. E hoje não foi diferente, diante de dez mil sortudos no Pacaembu, goleada por NOVE (!!!) a um contra o Ituano.

O atual time da Baixada possui até mesmo a soberba de desvincular-se do atual modelo de futebol global, cheio de zagueiros, volantes de contenção, premissas de marcação, táticas burocratas e jogos apenas de resultados. Enquanto os outros nivelam-se pela indigência, o time da Vila brinca. E reiventa, assombra.

De quebra, o Santos chega a incrível marca de 60 gols em apenas 18 jogos no ano. Média de 3,3 por jogo. E ou não é para ficar embasbacado?!?! O clube da Vila pode até perder o Paulistão. Até porque temos neste esporte a premissa de ser algo incerto, irresoluto.

Mas, de qualquer forma, terá dado uma lição naqueles que concebem o futebol apenas como um esporte de resultados. Porque melhor do que ganhar apenas com objetividade, é condicionar futebol-arte a ele e assinalar na memória dos torcedores de que não só podemos, como somos mais. Porque aqui se pratica futebol imortal, o futebol que encanta e que perdura no imaginário. Justo agora, em tempos tão modorrentos. E, é claro, em tempos de seleção do Dunga.

ENQUANTO ISSO....

Ah sim, nos outros jogos da rodada o Corinthians perdeu em Prudente para os donos da casa por dois a zero. Mas foi beneficiado pela derrota do Botafogo de Ribeirão e permanece no G-4. Já o São Paulo goleou o Mogi Mirim, em casa, por três a zero e está quase garantido entre os quatro. E o Palmeiras sucumbiu mais uma vez no Palestra diante da Ponte e praticamente dá adeus às suas chances de classificação. Mas quando comparados ao Santos, não sei não, mas tenho cá pra mim que tudo fica meio sem graça.

*crédito da foto: Agência Estado

quinta-feira, 18 de março de 2010

GOLEADA TRICOLOR!


No Morumbi, com pouco mais de 34 mil* pagantes (um bom público), o São Paulo goleou com facilidade. Três a zero com sobras diante do paraguaio Nacional. Dagoberto, Léo Lima - a novidade de Ricardo Gomes - e Washington fizeram os gols. E olha que poderia ter sido mais, tamanha a fragilidade do adversário.

Uma boa vitória para alcançar a liderança do grupo com nove pontos em quatro jogos. Um empate no México contra o Monterrey no dia 31 deve garantir a classificação do time são-paulino às oitavas. Pelo menos entre os seis melhores. Mas para garantir a primeira colocação, o São Paulo precisará de uma vitória no jogo derradeiro contra o Once Caldas. Ou bater o rival mexicano fora. Isso porque é inimaginável que o time colombiano não consiga bater o saco de pancadas paraguaio em casa, na próxima rodada.

OUTRO SHOW SANTISTA

Já o Santos nem precisou forçar muito. Foi lá em Belém e goleou o Remo por 4 a 0, dois gols de André, com uma contribuição imensa de Neymar, que ainda fez os outros dois. Paulo Henrique foi outro que teve boa atuação em sua terra natal.

Com os quatro gols, o time de Dorival Júnior chega a média cinco gols por jogo na competição. Só para se ter uma breve ideia. De quebra, elimina o jogo de volta. Ah, e como este blogueiro lamenta a iminência da Copa do Mundo. Logo agora, quem sabe se houvesse mais um tempinho para testes.

VACILO COLORADO

O jogo, teoricamente, era fora de casa. Mas na prática a cidade de Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul, foi tomada por uma invasão colorada. Mais de 20 mil torcedores apoiaram o time gaúcho, maioria nas arquibancadas.

Mas, no entanto, não foi o suficiente para garantir os três pontos ao clube brasileiro. Empate por magro 0 a 0 diante do Cerro. Resultado desagradável pelas circunstâncias. E que obriga o Inter a somr três pontos no jogo de volta no Beira-Rio.
* ERRATA: Na verdade, foram 31 mil pagantes. Este blogueiro foi traído pelo site da Globo que computou os 34 mil.

RONALDO DECIDE!


Não houve pressão, nem mesmo guerra (como se anunciara), tampouco catimba. Saiu tudo como planejado pelo sir Mano Menezes. O Corinthians dominou, na medida do possível e do que propôs, e voltou de Assunção com três pontos na bagagem. Ronaldo desencantou e fez o seu. Em uma chance apresentada por ele próprio, um gol e a primeira vitória fora de casa. Triunfo fundamental para encaminhar classificação e até mesmo o primeiro lugar do grupo. E apagar qualquer faísca que ameaçava fagulhar no Parque.

O JOGO

Mano Menezes entrou novamente com dois volantes de ofício, Ralf e Jucilei, e deixou Elias solto pelo meio. E acostumem-se, pois continuará assim em jogos fora de casa. Na frente a principal mudança, Mano sacou Jorge Henrique e colocou Dentinho, que dessa vez esteve apagado. No meio Danilo tinha a função de cadenciar, dar qualidade ofensiva e cobrir a faixa esquerda do campo. Já Roberto Carlos fez mais uma partidaça. E vai enfileirando uma sequência de boas atuações com a camisa alvinegra. Felipe é outro que mostra segurança e tranquilidade para a sequência da competição continental.

Não teve espetáculo, mas teve domínio. O Corinthians volta de dois jogos fora com quatro pontos na bagagem. Uma boa série. De quebra, possui o melhor aproveitamento entre os brasileiros da competição. Ainda que o Inter possa - e até mesmo deva - sacramentar amanhã contra o também Cerro, só que o do Uruguai, os mesmos sete pontos do time paulista em três jogos.

Dentre o que fica de hoje, o melhor é a perspectiva. O Corinthians de Mano Menezes é um time maduro, em evolução e ciente de seus objetivos. Em Libertadores, isso é fundamental. Enfim, o Centenário Corinthians de 2010 começa a acontecer.

VERDÃO EMBALA

Assisti apenas os melhores momentos, mas fiquei satisfeito com o que vi. O Palmeiras de Zago foi até Belém e voltou com uma importante vitória ante o Paysandu pela Copa do Brasil, por 2 a 1.

O clube paulista sai da turbulência que ameaçava instaurar-se e começa a se acertar. Afinal nada como uma vitória em clássico para levantar o moral dos jogadores. E olha que teve até "Armeration" hoje de novo.

Melhor ainda, não é que Ewerthon e Lincoln caíram muito bem no time alviverde?!?! Ainda não é o ideal e também é cedo, mas o Palmeiras 2010 começa a dar sinais de que pode ressurgir. E os palestrinos começam a retomar suas esperanças.
*crédito das fotos: Agência Estado

quarta-feira, 17 de março de 2010

ARBITRAGEM; POR UMA DISCUSSÃO MAIS JUSTA!


Já venho com essa questão na cabeça há algum tempo. Porque lá discute-se tão pouco arbitragem como aqui? Será que os árbitros de lá são melhores do que aqui? Porque a discussão é tão pouco difundida lá e aqui ganha manchetes e mais manchetes? Semana atrás de semana. Refiro-me ao continente europeu, a Meca do futebol moderno, contraposto ao modelo brasileiro. Mas enfim, a discussão que proponho é um exercício de reflexão.

Acompanhando a Champions e alguns campeonatos europeus nos últimos meses, pude me deparar com uma constatação, a arbitragem de lá é tão ruim quanto aqui. E comete-se os mesmos erros. Mas porque lá a questão não é tão gritante como aqui? Nem tão polêmica? Salve um outro lance capital que expõe, desnuda até, o sistema falho. A resposta, de tão simples, parece óbvia. É algo cultural, encadeado à engrenagem que movimenta o futebol - dirigentes, técnicos, jogadores, torcedores e imprensa.

Primeiro ponto, lá não há tanta reclamação dentro de campo. Nem exaltação de ânimos. Segundo, quando há, ela parte apenas do capitão de sua equipe, na maioria dos casos. Não há rodas de jogadores cercando juízes e quase chegando às vias de fato. Terceiro, os jornais só tomam partido em jogos internacionais, sempre no caso alimentando a reclamação daquele que se sente prejudicado e defendendo seus interesses nacionalistas. O mesmo vale para técnicos e dirigentes. Não que isso seja regra, também há exceções, principalmente em jogos da Champions.

Já aqui não, vemos uma postura totalmente diferente. Tanto dentro de campo quanto fora dele. O vencido nunca se dá por satisfeito, quer achar culpados. Desmerece o feito do outro. Por mais notável que seja. Indigna-se, aponta o dedo, esquece-se de suas falhas e fala. E como fala. Mitifica o erro. Sempre. A mídia, no outro dia, levanta a polêmica. Discute, corrobora, verbaliza, aguça o debate e dá as manchetes. Torcedores seguem pelo mesmo caminho. Está armado o circo e feito o ciclo. Desnecessário.

Não há roubalheira, nem juiz ladrão, nem jogos comprados, nem teoria de conspiração alguma. Nem mesmo movimentos orquestrados. O que há, às vezes, são juízes caseiros e lances interpretativos, além do jogo político nos bastidores. Há falhas, também é verdade. Causa revolta às vezes, causa. Mas como é difícil chegar a um consenso na espinhosa questão. Um lance interpretado peço árbitro de uma forma, pode ser interpretado por você de maneira diferente. É um sistema falho, não há dúvidas. É desumano. Sobre-humano.

O que podemos discutir é se realmente queremos a entrada de novas tecnologias auxiliando a arbitragem. E aí entra a nova polêmica. Chip na bola (o mais viável), tira-teimas, replays, linhas de impedimento computadorizadas, dois juízes em campo, enfim tudo o que é possível. Nesse caso, transcenderíamos os limites do futebol como conhecemos e o concebemos hoje. E, tenho cá pra mim, seria uma perda inestimável para a emoção do esporte. Fica a dica.
*crédito da foto: Agência Reuters

segunda-feira, 15 de março de 2010

TIMÃO CONVENCE. E VENCE!


O Santo André entrou em campo podendo liderar o campeonato. Já o Corinthians chegou à Arena Barueri pressionado e fora do G-4, em razão da vitória do Botafogo sobre o Oeste no sábado. E veio quase que com força máxima para o duelo. Azar do time do ABC que encontrou um alvinegro taticamente bem montado e tecnicamente inspirado no começo do jogo.

Aos quatro minutos, Dentinho recebeu passe precioso de Ronaldo e fez um gol histórico, o de número 10 mil na quase centenária história do clube de Parque São Jorge. Logo ele, a última grande promessa formada no já extinto terrão do PSJ. Logo depois, aos 10, Roberto Carlos recebeu passe do garçom Ronaldo e meteu um canudo no ângulo do goleiro Júlio César. Um golaço, o primeiro dele com sua nova camisa. E ainda comemorou ao estilo Neto, para alegria dos fiéis que viam uma excelente apresentação inicial alvinegra.

O Corinthians dominava com facilidade até. Mas depois arrefeceu. E ofereceu o jogo ao Santo André que começou a incomodar. E a exigir defesas de Felipe. Até que, aos 44, Ricardo Conceição descontou.

No segundo tempo, o Corinthians tratou de segurar o resultado. Roberto Carlos, inspirado, fazia sua melhor partida desde que desembarcou no Parque alvinegro. O Santo André esboçava reação. Até que Branquinho foi expulso ainda no começo da etapa final. Com um jogador a mais o time de Mano Menezes era inteligente e encontrava espaços para ampliar. E cansou de perder gols. Ora com um produtivo Ronaldo que até arrancada deu, ora com Jorge Henrique, perdendo um gol inacreditável depois de outra bela assistência de Ronaldo. Jucilei também quase ampliou, mas Julio César fez grande defesa.

Quase no fim, o Santo André ainda reclamou pênalti de Chicão em Rodriguinho, artilheiro do Paulista. Em vez do chute, o atacante esperou e preferiu o choque. O árbitro interpretou que não houve, mas este blogueiro se dá o direito de ficar, assumidamente, em cima do muro. Lance discutível, mas se é pra palpitar, assinalaria o pênalti.

Mas foi só e de bom tamanho. Até mesmo para os dois lados. O Corinthians venceu, e melhor, mostrando que pode evoluir. O Santo André perdeu, mas demonstrou e prova, a cada jogo, que será um dos classificados. São Paulo, Corinthians e Palmeiras que se virem para ver quem fica com as outras duas vagas. Sem esquecer-se que o Botafogo também é outro que está doido para estragar a festa.

EM TEMPO - O São Paulo suou para bater o Rio Branco no Morumbi. Desfigurado, o time de Ricardo Gomes empatava por 1 a 1 até os 46 da segunda etapa quando André Luís subiu mais que todos e fez um belo gol de cabeça. Menos mal. Com a vitória, o São Paulo chega a terceiro no Paulista. E tem uma tabela favorável neste momento para confirmar sua vaga.
*crédito da foto: Agência Estado

domingo, 14 de março de 2010

ESPETACULAR, PALMEIRAS!!!


Um grande jogo na Vila Belmiro. Digno da histórica rivalidade entre os dois clubes, que trouxe até lembranças memoráveis para os mais saudosistas que tiveram a honra de acompanhar a Academia de Ademir e o Santos de Pelé. E o que não faltou foram ingredientes para isso. Sete gols, virada, expulsões, uma pitada de polêmica e muitas danças e coreografias.

O jogo que se configurava fora de campo como o clássico dos opostos. O Santos, líder da competição e o time que apresenta o melhor futebol até agora, jogava contra um pressionado e desesperado Palmeiras, então o décimo colocado do Paulista e que precisava a qualquer custo da vitória para seguir sonhando com a classificação. Mas já dentro de campo....

Logo no começo, o prognóstico que cercava o clássico se confirmava. O Santos fez dois a zero, com um gol acidental de Pará - um golaço de cobertura, ainda por cima - e outro de Neymar que também teve de contar com a sorte. O Santos dominava o Palmeiras de Zago e poderia matar o jogo ainda na primeira etapa. O time de Dorival Júnior fazia barba, cabelo e bigode, até com certa facilidade nos clássicos em 2010.

Mas em futebol, tudo o que é sólido e certo derrete-se em questão de segundos. Nesse caso, exatos 60 segundos ou um minuto, caso prefiram. Robert, oportunista, fez dois e empatou o jogo ainda antes dos fim do primeiro tempo. Era o prenúncio do que estava por vir. E o jogo, que já era bom, ficava ainda melhor a essa altura.

Na segunda etapa, Zago acertou a marcação, colou Pierre, Edinho e Márcio Araújo em Neymar e Ganso e o Palmeiras melhorou. E ousou ir ao ataque em plena Vila Belmiro. Aos 11, Diego Souza fez de cabeça após bate-rebate e saiu para a dança. O Palestra virava e bailava. De quebra, fazia aquilo que ninguém ainda tinha feito em 2010, bater o time da Baixada na própria Baixada.

Depois do gol, o Santos partiu em busca do empate. Não queria vender barato a derrota. Mas o Palmeiras defendia-se com alma e dava impressão que iria segurar. Até que surgiu um descuido fatal. Aos 35 minutos, Pierre descuidou-se de PH. Para um jogador da categoria de Ganso, é assistência na certa. O camisa 10 achou Madson e rolou uma bola daquelas que só ele sabe como, deixando o baixinho na cara de Marcos. Aí foi só completar para o fundo da rede e comemorar. Com dança, é claro.

O Palmeiras teria de se superar. O empate na Vila, que seria de bom tamanho para qualquer clube, era pouco para o aguerrido e pretenso time palestrino.

Aos 40, Neymar deu uma entrada infantil em Pierre e foi corretamente expulso. Havia luz no fim do túnel verde. O clássico pegava fogo. Aos 42 a última sinfonia do jogo. Robert puxou contra-ataque e acertou uma bomba de fora da área, Felipe aceitou e o atacante comemorou extasiado o seu golaço. Que desfecho impressionante para o clássico.

Mas ainda havia tempo para mais. Aos 44, Léo fez falta na meia-lua em Madson, recebeu o segundo amarelo e foi expulso também. Dez contra dez. O jogo não parava. Era lá e cá. E assim foi até o apito final do árbitro, que - a despeito de reclamações santistas, teve boa atuação.

Quem dançou dessa vez na Vila, foi o Palmeiras. Com méritos. E agora retoma de vez a briga pelo G-4. São Paulo e Corinthians que se cuidem, embora ainda esteja difícil. Mas de qualquer forma, bravo Palmeiras!
*crédito da foto: Agência Estado

sexta-feira, 12 de março de 2010

WASHINGTON DECIDE PARA O TRICOLOR!


O São Paulo foi até Assunção, capital paraguaia, e entrou pressionado pela vitória. O adversário, seguramente o pior de sua chave, era o fraco Nacional que jogava sua última cartada nesta Libertadores. Melhor para a equipe brasileira que saiu de lá com três pontos na bagagem diante de um público de 700(!!!) perseverantes.

Washington foi mais uma vez o nome do jogo tricolor. Sempre contestado, o atacante mesmo assim fez os dois gols, um deles com oportunismo e garantiu a vitória. Não antes sem esquecer-se de deixar outra marca sua em campo, os habituais gols perdidos, também é verdade.

Mas engana-se quem pensa que foi um jogo fácil. Uma partida dura, que contou até com milagre ocasional de Rogerio Ceni, defendendo sem querer um chute à queima-roupa quando o jogo estava 0 a 0. Mas o importante era voltar do Paraguai com três pontos e isso a equipe de Ricardo Gomes conseguiu.

Dentre a partida de ontem, algumas considerações. A zaga, com Miranda e agora Alex Silva, continua sendo o ponto forte da equipe. Dois excelentes zagueiros que dão proteção como nenhuma outra dupla no Brasil hoje. Mas que peca pelas laterais. Cicinho, até agora, é apenas um rascunho do jogador que foi. Já na parte ofensiva, o São Paulo de 2010 continua dependendo ainda dos lampejos de Hernanes, da correria de Dagoberto e da canela de Washington. Assim como em 2009. É pouco para quem quer o título.

INTER GUERREIRO EM QUITO

Já o Inter foi até a capital equatoriana para encarar o Deportivo e jogar o "QuitoBol", uma atividade muito particular daquelas terras andinas. Isso a quase três mil metros de altitude, apenas um dos parâmetros do esporte praticado por lá.

Mas o time colorado foi guerreiro e, mesmo tendo saído atrás no placar, buscou o empate ainda na primeira etapa, com gol de Giuliano. Até pênalti - mal marcado, frise-se - chegou a ser anulado pelo próprio árbitro depois, para desespero dos donos da casa. Com o ponto somado fora, o Inter chegou aos quatro pontos e é vice-líder de sua chave. Podia ser melhor, mas pelo jogo de ontem e pelo apuro, ficou de bom tamanho.

VACILO DA RAPOSA

Se o empate do Inter deve ser comemorado, já o do Cruzeiro deve ser lamentado. O jogo era fora, em Caracas, contra o Deportivo Itália, adversário mais fraco do grupo. Kléber fez dois, mas a defesa também vacilou duas vezes. E ainda houve tempo para o atacante cruzeirense ser expulso, o terceiro vermelho do time mineiro em três jogos nesta fase da Libertadores. Dois a dois na Venezuela. Com sabor de derrota. E alerta ligado de novo na Toca da Raposa.
*crédito das fotos: Agência Estado

quinta-feira, 11 de março de 2010

EMPATE VALIOSO NA COLÔMBIA


Um resultado nem lá, nem cá. Talvez até soe agradável pelo ponto conquistado fora, ainda mais em razão das circunstâncias da partida, embora soe descrente para alguns pelo futebol apresentado. Mas este blogueiro aposta numa evolução do time alvinegro ao longo da competição.

Alguns desses indícios começaram a aparecer na noite de ontem, na Colômbia. E é bom a Fiel acostumar-se, gostando deles ou não. O meio funcionou bem defensivamente e cumpriu sua função de cadenciar o jogo, embora tenha tomado alguns sustos, também é verdade. Dentinho, em plena ascensão, pode ser a arma e a alma do time de Mano Menezes no segundo tempo. Aliás, que belíssimo gol do atacante na noite de ontem.

Mano Menezes também inovou e entrou com uma formação, no mínimo, interessante para jogos fora de casa, com dois volantes de marcação, Elias centralizado e solto no meio, Danilo pela esquerda e Jorge Henrique pela direita. Os três com a função de abastecer Ronaldo.

Mas na solução tática vislumbrada por Mano, o grande empecilho foi justamente ele, Ronaldo. Por mais paradoxal que possa parecer. Visivelmente fora de ritmo, o atacante não chegou perto do que espera-se dele para o ano do Centenário. E comprometeu a proposta e o plano de jogo alvinegro.

A bem da verdade?!?! Falta Ronaldo jogar bola em 2010. Aí sim o Corinthians poderá ser diferenciado dos demais. Do contrário, Mano terá de apelar para soluções táticas que certamente não agradarão a todos. Esse é o ponto-chave.

O fato é que o time paulista foi até a Colômbia para somar pontos apostando no poder de decisão de Ronaldo. E quase saiu de lá surpreendido. Mas voltou com um valioso empate. De quebra, ainda assumiu a liderança do grupo. Dos males, o menor.

SHOW NA VILA

E o quê dizer da goleada santista por 10 a zero na Vila Belmiro?!?!?! Sinceramente, até agora não consegui escolher qual deles foi o gol mais bonito, tamanha a leva de pinturas que os garotos da Vila proporcionaram. Tá certo que o adversário não era lá grande coisa, mas como embasbaca esse Santos de Dorival Júnior.....

LOVE RESOLVE

O Flamengo foi dominado pelo Caracas ontem na Venezuela. Mas se superou e venceu por 3 a 1, com dois gols de Vágner Love que vem jogando cada vez mais bola em 2010. Em Libertadores, ganhar é o que importa. Se for fora então, é garantia de classificação na certa. O Corinthians que trate de correr atrás no Paraguai e siga o exemplo do clube carioca.
* crédito das fotos: Agência Estado

quarta-feira, 10 de março de 2010

E AGORA DUNGA?


Dunga deve estar inquieto, apreensivo. Ou até mesmo apavorado. Sim, apavorado. Isso porque a apresentação de Kaká na eliminação do Real da Champions hoje passou longe das expectativas que cercavam o craque brasileiro. O meia chegou a sair vaiado de campo e, certamente, será o maior responsabilizado pelo vexame merengue.

A situação de Kaká e de sua pubalgia é crítica e tem de ser levada em conta para o Mundial da África. Zico até já deu o alerta.

Ah sim, por outro lado Dunga também deve estar aliviado. No outro confronto da rodada, Ronaldinho Gaúcho não conseguiu fazer o milagre da classificação milanista em pleno Old Trafford. Não só isso, o Milan foi massacrado pelo Manchester e por Rooney, que fez dois dos quatro gols na partida. E quem ri à toa, nesse caso, é a Inglaterra.

EM TEMPO - Já Michel Bastos do Lyon, o atual lateral esquerdo do técnico brasileiro, sequer entrou em campo na classificação heroica do time francês em pleno Santiago Bernabéu. Ou seja, do jeito que a coisa anda, teremos de nos superar na África. Mais do que imaginávamos.....

ESPECIAL LIBERTADORES - FLAMENGO


Pois bem caros leitores,

Dando sequência ao quadro "Especial Libertadores 2010" e às entrevistas com blogueiros-torcedores, nessa semana quem opina neste espaço é o flamenguista Arthur Muhlenberg, também colunista do Blog do Torcedor no sítio da Globo (a exemplo do colorado Mateus Reck). Com a palavra, o fanático rubro-negro.

"Essa é a Libertadores mais mole do século. Fla entra pra vencer".

Quais clubes você apontaria como favoritos para a disputa da Taça Libertadores?
Flamengo. E só o Mengo.

Qual adversário deve ser o mais difícil nesta primeira fase?
Colón - ARG. (Nota do Blog - O time argentino foi eliminado nos pênaltis na pré-Libertadores pelo chileno Universidad Católica).

Qual clube brasileiro você acredita que terá dificuldades na primeira fase?
Corinthians.

Qual a principal qualidade de seu clube para a conquista?
Camisa.

Jogador no qual você mais deposita esperanças?
Adriano, o imperador.

E a principal deficiência de sua equipe?
Campeonato Carioca e seus nanotimes.

Final que você deseja ver no dia 18 de agosto?
Flamengo x quaquer um.

terça-feira, 9 de março de 2010

O AUTOMOBILISMO INVADE O CAMPO


* Corinthians apresenta modelo da GT3 Brasil

O Corinthians resolveu entrar de vez no ramo dos automotores e, depois de apresentar modelos para a disputa das temporadas de Stock Car e F-Truck, mostrou nesta terça-feira seu novo carro para a categoria GT3 Brasil. O escudo do Corinthians estará estampado na Ferrari do piloto Linneu Linardi. A apresentação oficial do carro aconteceu na tarde de hoje, no Parque São Jorge.

Segundo o diretor de Marketing do clube, a ideia é fazer com que os corinthianos, tradicionais torcedores de futebol, animem também as arquibancadas do automobilismo. "Queremos criar uma cultura do corinthiano em frequentar as pistas para prestigiar o Corinthians em mais essa empreitada".

À frente da gestão de marketing do projeto está a Siciliano Duek, agência de marketing esportivo dos sócios André Duek e Vicente Siciliano Junior, agenciadora da carreira do piloto Linneu Linardi. Ela será responsável pela captação e ativação dos patrocínios e pelas ações de relacionamento para os clientes nos autódromos, além do gerenciamento e ativação da marca Corinthians.

O Piloto Linneu Linardi corre há mais de 15 anos e já participou da Fórmula Indy Lights e Fórmula 3, além de ser campeão brasileiro da Stock Jr em 2006. “A expectativa são as melhores possíveis. Estou correndo em um carro potente como a Ferrari por um time muito forte que é o Corinthians.” comenta Linardi.
* Cartaz Comunicação - A pedidos

NOTA DO BLOG - Fórmula Truck, Stock Car, César Cielo, Poliana Okimoto. São apenas algumas das novidades que a direção corintiana anda trazendo para seu torcedor em 2010, ano do celebrado Centenário alvinegro. E a lista não deve parar por aí. O esporte brasileiro, como um todo, é quem agradece.

SOFRIMENTO SEM FIM!


O Palmeiras teima em entrar em crise profunda. Jogo após jogo, campeonato após campeonato. Menos mal que ontem, jogando na Arena Barueri como mandante, conseguiu livrar-se do vexame de não bater o lanterna Sertãozinho ao alcançar a virada por 3 a 2, com gols de Lenny e dois - salvadores - de Cleiton Xavier. E olha que foi um sufoco só após estar perdendo até os 38 da segunda etapa e com o tento derradeiro marcado no último minuto dos acréscimos.

Convenhamos, é muito pouco para quem está devendo no século 21 e para um clube da grandeza do Palestra. A tolerância e a paciência do palmeirense já atingiu níveis além do suportável. Só não sei até quando irá durar. Agora é bater o Santos na Vila para tentar buscar a classificação entre os quatro primeiros no Paulista. Fácil, fácil.....
*crédito da foto: Agência Estado

segunda-feira, 8 de março de 2010

O IMPERADOR ESTÁ NU!


O enredo é digno das melhores novelas globais de Manoel Carlos. O cenário de fundo não poderia ser outro, o Rio de Janeiro. Os atores também desempenham muito bem o seu papel, alternando-se entre mocinhos e vilões. O drama conta a história de um grande jogador de futebol, que terá de se superar para tratar de um grave problema, o alcoolismo. No papel de vilão-coadjuvante, há também o "amigo" que já se envolveu em problemas extra-conjugais, briga com torcedores e festas polêmicas. Ah sim, há também muito dinheiro e interesses obscuros em jogo.

Dentre tudo isso, o fato é que não dá mais para esconder a dependência patológica do ator principal - o soberano, que até aposentadoria já anunciou por causa da bebida. A história, todos aqui conhecem. Adriano precisa de cuidados e sua doença precisa ser tratada. Urgentemente.

Tão lamentável quanto o problema em si foi também a infeliz declaração do goleiro Bruno de que, trocando em miúdos, todo homem já bateu em mulher. Que veio à tona justamente no Dia Internacional das Mulheres. Ainda mais vindo dele que já foi até acusado pela mãe de seu filho de agressão. Que incrível ironia.

O elenco é de peso, estrelado. Adriano, Marcos Braz, Bruno, Petkovic, Vágner Love, Joana Machado, Gilmar Rinaldi e participações especiais. Ou seja, o circo está armado na Gávea. E vai render muitos pontos no Ibope ainda. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
* crédito da foto: Agência Estado

PAULISTÃO 2010 - A BRIGA SE AFUNILA


TIMÃO DE VOLTA AO G-4

Um Corinthians bem melhor do que aquele de quinta-feira no Pacaembu. E olha que nem mesmo era o time que pinta-se como titular de Mano Menezes para o Centenário. Mas que contou com o retorno de Danilo. E, nesse caso, o salto de qualidade no meio é evidente.

Vitória magra por um a zero contra o São Caetano, com gol salvador de Dentinho, outro que segue em ascensão. Um gol que, aliás, fez toda justiça pelo que foi o jogo. Com a vitória, o Corinthians volta ao G-4, no lugar do Botafogo de Ribeirão Preto. Menos mal para os alvinegros. E, claro, menos pressão para encarar a altitude de Bogotá na quarta-feira.

SANTOS ARRANCA EMPATE

Já o Santos também não conseguiu fazer aquilo que todos - os outros grandes - já haviam tentado, ganhar da Lusa neste Paulistão. Empate por 1 a 1 no Canindé, em um jogo bastante movimentado. Se bem que uma derrota até que não cairia mal à superestimada equipe de Dorival Júnior. E olha que ouvi isso da boca de santistas, preocupados com o excesso de confiança da nova geração de garotos da Vila.

TRICOLOR VENCE EM CAMPINAS

Em Campinas, o São Paulo conquistou uma importante vitória contra a Ponte Preta. Dois a zero e teve até pênalti defendido por Rogério. Washington, que já começava a ser eleito o vilão do elenco tricolor pela torcida, desencantou e fez os dois. Melhor para ele. Melhor ainda para o São Paulo que soma três pontos e assume a terceira colocação.

SURPRESA NÃO, REALIDADE

Sem alarde e sem estrelas, quem vem surpreendendo mesmo é o Santo André do artilheiro Rodriguinho, vice-líder da competição com 30 pontos, apenas dois de desvantagem para o Santos. O time do ABC goleou ontem aquela que era a melhor defesa da competição - 4 a 1 no Botinha - e caminha a passos largos para ser um dos quatro semifinalistas do Paulista. Com méritos, diga-se ainda.

EM TEMPO - Ah sim, o único jogo que pude acompanhar no final de semana foi a vitória alvinegra em Barueri. São Paulo e Ponte foi apenas pelo rádio, o que não diz lá grande coisa.
* créditos das fotos: Agência Estado e Lancenet!

sexta-feira, 5 de março de 2010

A VITÓRIA DA MARGINALIDADE!


O jogo é de 2009, ainda pelo Campeonato Brasileiro. O Palmeiras, jogando no Palestra Itália, vence o Atlético-PR e, naquela época, ainda caminhava firme rumo ao quinto título nacional. Conquista esta que, como todos sabem, não veio no fim. Mas eis que imagens divulgadas agora no blog do repórter Mauro Cezar Pereira da Espn assombram pelo descaso de quem deveria cuidar da segurança dos torcedores. Na foto ao lado, um torcedor (de branco, no canto esquerdo) saca a arma para a própria torcida e cria um tumulto que quase termina em briga generalizada nas arquibancadas do estádio palestrino. Felizmente, nada de mais grave ocorreu.

Diante do absurdo, algumas ponderações. Primeiro, como o "ilustre" cidadão consegue entrar no estádio com a arma? Segundo, até quando teremos de tolerar esse tipo de atitude bestial em nossos estádios? Terceiro, quando, enfim, a incompetente Polícia Militar estará preparada para exercer a função para a qual foi, há décadas, designada? Quinto, diante da incapacidade policial que se apresenta hoje, será tão difícil assim pôr em prática a existência de uma polícia especializada e preparada para jogos, assim como ocorre na Inglaterra? Sexto, até quando? Até quando, meu Deus?

E não estou aqui me atendo apenas ao caso do Palestra Itália, pelo contrário. A espinhosa questão da segurança pública é um problema generalizado que arrasta-se há décadas. Esse próprio blogueiro, já sofreu intimidações desnecessárias de policiais cariocas quando foi ao Rio para acompanhar a partida entre Corinthians e Fluminense pela Copa do Brasil de 2009 (post aqui). Resumindo, vamos de mal a pior.

SÓ O SANTOS SALVA!


A 12ª rodada só confirma o que foi este Paulista até agora. Dos quatro grandes, só mesmo o Santos se salva. Melhor, não só se salva como encanta na maioria das vezes. Não só se salva, como lidera com folga, com exuberância, com alegria. Não só se salva, como também sobra. Vide as nove (isso mesmo, nove) vitórias consecutivas no campeonato já somadas.

O Santos é um time rápido, com poder ofensivo inigualável no futebol brasileiro em 2010 e de movimentação que deixa a qualquer adversário perdido, atordoado. Não é mesmo, Mano Menezes? A defesa ainda é o único ponto fraco, até porque não considero as insistentes jogadas aéreas um trunfo para qualquer equipe que se preze e atenda pelo nome de brasileira.

Ontem, contra o Paulista em Jundiaí, o time de Dorival Júnior conquistou mais uma vitória, ainda que suada e de virada, por 3 a 2. Com direito a um golaço de Robinho. Mais um, desde sua volta à Baixada.

E, dessa forma, o Santos já soma quatro pontos de diferença para o segundo colocado, dez para o São Paulo, onze para o Corinthians e quinze (!!!) para o Palmeiras. Isso em apenas 36 disputados. Pode até não dar título, mas que dá alegria, ah dá!
* crédito da foto: Agência Estado

quinta-feira, 4 de março de 2010

DESORGANIZAÇÃO EM CAMPO E FORA DELE!


Quatro de março de 2010. Exatamente um ano após a estreia de Ronaldo pelo Corinthians. Por esse e outros enes motivos mais, resolvi de última hora ir prestigiar a equipe de Mano Menezes hoje no Pacaembu. O horário - 17 horas - não era dos mais perspicazes, nem dos mais inteligentes. O clima na capital também não era dos mais agradáveis e condizente ao verão, mas corintianismo não se explica na maioria das vezes. Junte-se a isso a tradicional correria paulistana e lá fui eu.

Por volta das 16h 30 e, com muito custo, consigo chegar ao Pacaembu. Sem ingresso na mão, acreditava que conseguiria facilmente adquiri-lo na bilheteria em razão de tratar-se de uma nublada quinta-feira à tarde. Estava acompanhado e precisava de dois ingressos.

Besteira minha, já que milhares de alvinegros pensaram iguais a mim. A praça Charles Miller estava repleta de corintianos em filas quilométricas. Por todos os cantos. Portões ainda fechados, bilheterias com apenas um guichê aberto em cada setor e filas e mais filas para compra de ingressos. Pasmem, em todos os setores. Arquibancada, Laranja, Numeradas. Nenhuma possibilidade.

O jogo já havia começado e centenas foram aos poucos desistindo. Alguns, como este que vos escreve, ainda tentou permanecer em algumas filas, mas que nada. Apenas um guichê por setor é simples e logisticamente impossível. Desisto, porque paciência tem limite. O Corinthians é maior que tudo isso, mas de qualquer forma não se justifica.

EM TEMPO - Ah sim, quanto ao jogo em si, Corinthians e Botafogo ficaram no empate por 1 a 1 diante de um público de 11 mil pessoas, mas que, seguramente, poderia ser de 15. E o Centenário que prometia ser de festa, parece tomar outro rumo. Alerta ligado no Parque. E pior, mais cedo do que qualquer mortal em sã consciência poderia supor.
*crédito da foto: Agência Lancenet!

quarta-feira, 3 de março de 2010

ALGO DE PODRE NO REINO VERDE


Meus caros, o problema nunca foi Muricy. O Palmeiras segue sua triste sina e foi novamente derrotado em casa, com direito a uma aula de bom futebol dada pelo Santo André. Três a um, com direito a um golaço de letra de Rodriguinho, o que sacramentou a vitória da equipe do ABC. E Zago, que nem bem iniciou seu trabalho, já teve de ouvir a revolta que vem das arquibancadas do Palestra. Não será fácil para ele, assim como não foi para os anteriores.

Ah sim, ao final do primeiro tempo Marcos saiu com mais uma de suas frases de efeito retardado. O goleiro, que falhou no segundo gol e foi vaiado por parte da torcida, disse que a torcida deve se tranquilizar porque sua carreira só irá até o fim do ano. Trocando em miúdos, nem São Marcos mais aguenta.

Já o Palmeiras, agora está em um longínquo décimo lugar no Paulista. Sem nem mesmo acabar a rodada. E vê sua classificação às semifinais ficar cada dia, e a cada derrota, mais distante. Dia 14 de março, o time alviverde enfrenta o Santos de Robinho e Neymar na Vila Belmiro. Qualquer outro resultado que não seja a vitória deixará o Palmeiras praticamente sem chances. Ou seja, ficou quase impossível.

EMPATE SEM GOLS NA ARENA

Na Fonte Luminosa, um belo jogo de futebol. Movimentado, com boas chances para os dois lados, mas nada de gols. Muito em razão das atuações dos dois goleiros, Neneca e Rogério Ceni. Ainda que o primeiro tenha tido mais trabalho, até porque seu time jogou com um a menos durante boa parte do jogo. Nem mesmo Fernandinho, que entrou ainda no primeiro tempo, conseguiu salvar os três pontos. Mas o Oeste foi valente e, mesmo após a expulsão de Ricardinho aos 30 da primeira etapa, ameaçou por diversas vezes a meta são-paulina.

Pelo lado tricolor, Cléber Santana - um fiasco até agora - tratou de igualar numericamente as expulsões na segunda etapa. Nos acréscimos, Wellington teve que se sacrificar em um contragolpe que soava como mortal pelo lado dos anfitriões e também recebeu vermelho.

Com o empate o São Paulo permanece no G-4 da tabela, independente dos resultados de amanhã, embora possa ser ultrapassado pelo rival Corinthians.

EM TEMPO - E sabe quem briga com o Santos pela primeira posição do Paulistão neste momento? O Santo André de Nunes e Rodriguinho, apenas uma derrota em 12 jogos neste Paulista. Justamente para o Santos. Quem diria....

O PESO DE UM CENTENÁRIO!


No começo do ano, um então sereno Mano Menezes disse que sua equipe estaria pronta por volta da sexta, sétima rodada do Paulista. Pois bem, estamos chegando a 12ª e até agora o time alvinegro ainda não encaixou. E as trombetas do Parque São Jorge já começam a ecoar.

A derrota diante do Santos domingo, em pleno alçapão da Vila Belmiro e contra a equipe mais vistosa do ano até o momento, pode e deve ser encarada como algo normal. Ainda que tenha em si o peso de um clássico.

Anormal mesmo foi o comportamento de seus jogadores e do treinador durante o clássico. Nervosos além da conta, jogadores e técnico elegeram a arbitragem como a grande culpada pela derrota. Como já disse anteriormente, uma arbitragem confusa e descriteriosa, também é verdade. Mas que não justifica o mau futebol apresentado na Vila.

Talvez seja esse o divisor de águas que faltava no Parque São Jorge em 2010. Apenas nomes não ganham jogo, isso é sabido. Mas vale a ressalva, em se tratando de Corinthians (e também de Ronaldo), tudo ganha proporções ainda maiores.

Isso é o que os jogadores precisam entender. Mano já sabe disso, mas o peso do Centenário, dos holofotes e da Libertadores parece estar incomodando o treinador. Nesse caso, a derrota poderá fornecer uma grata lição. Aguardemos.

terça-feira, 2 de março de 2010

O ÚLTIMO TESTE ANTES DA COPA!


A seleção mais internacional do planeta fez hoje o seu último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. Obviamente que jogamos mais uma vez fora, tamanho é o descaso com a população brasileira pela CBF, muito mais interessada em expandir seus negócios - e seus lucros - do que em dar um pouco de carinho e de clima aos jogadores que defenderão nossa camisa no meio do ano.

O adversário da vez foi a boa seleção irlandesa. Não é uma seleção de primeiro escalão, mas também não pode ser desprezada. O resultado, dois a zero para o Brasil, com um gol contra e outro de Robinho. Não foi um espetáculo como sempre se espera de qualquer apresentação brasileira, em qualquer época que seja, mas foi mais um jogo ao estilo da era Dunga.

Assim como também não é a seleção que a maioria gostaria de ver em campo, mas muito provavelmente é com esse grupo que iremos à Copa. Para o bem ou para o mal. Dentre tudo isso, uma coisa é certa. Ninguém pode reclamar de inconsistência na seleção dirigida por Dunga nesses três anos. E até mesmo, de segurança. Resta saber se será o suficiente para trazer o Hexa.

Essa seleção que se desenha na Copa pode até ser campeã do mundo na África. Possui grandes chances para isso ainda, frise-se. Não é uma seleção que encanta, longe disso, embora seja um grupo coletivamente muito forte. No Mundial, Dunga terá a chance de provar que estava certo. Mesmo contra tudo e contra todos. Para exaltação suprema do eterno capitão de 1994. Do contrário, será eternamente execrado. A conferir.

EM TEMPO - Não sei quanto a vocês, mas a atuação apagada de Kaká hoje e nos últimos meses pelo Real, deixa-me mais hesitante quanto ao sucesso do grupo brasileiro. Afinal, a estrela brasileira será fundamental para qualquer pretensão de título na África. A pubalgia que tem atormentado o meia esse ano, é mais um dos obstáculos que teremos de superar no Mundial.
*crédito da foto: Agência Reuters

NOTINHAS DE TERÇA-FEIRA

DECO NO BRASIL? - O meio-campista brasileiro Deco, naturalizado português, está de saída do Chelsea segundo informa na edição desta terça o diário londrino The Sun. Sem chances na equipe de Carlo Ancelotti, o meia quer retornar ao Brasil e já teria até feito o pedido à direção do clube inglês.

A publicação informa que o Flamengo seria um dos clubes interessados. Mas vale lembrar, o meia já disse em diversas entrevistas que desejava retornar ao país para jogar no Corinthians, clube formador do atleta. Andres Sanchez, presidente alvinegro, também deu declarações recentes dizendo que há jogador brasileiro que atua na Europa querendo jogar no Parque São Jorge. É uma hipótese viável, mas a já inchada folha de pagamento do clube em 2010 é um dos empecilhos para a vinda de Deco.

CIELO NO PARQUE - O rescordista mundial e campeão olímpico, César Cielo deve ser anunciado como atleta do Corinthians nos próximos dias. Segundo seu pai - que também agencia a carreira de Cielo, destaca em entrevista à Folha de hoje que o acordo financeiro já foi fechado e faltam pequenos detalhes para assinatura do contrato.

UPDATE - Ainda na tarde de hoje, Cielo foi oficializado como atleta do clube. Nos próximos dias, o nadador deve vir ao Brasil para assinatura do contrato.

GRUPO FECHADO - Depois de fracassar nas tentativas por Fernandão e Diogo (Olympiacos - Grécia), a diretoria são-paulina tem dito nos bastidores que o elenco para o primeiro semestre de 2010 está fechado. Na visão dos dirigentes e após a bela estreia de Fernandinho, a aposta é a de que o grupo irá crescer ao longo das competições que disputa.


AINDA O CLÁSSICO - O meia Paulo Henrique do Santos, um dos destaques da equipe na bela vitória de domingo diante do Corinthians, admitiu em entrevista à rádio Eldorado que a entrada em Ronaldo no começo do jogo foi proposital. Horas depois da entrevista ser veiculada, Ganso veio a público para dizer que tudo não passou de mal entendido. Hoje, o meia santista concederá uma coletiva na Vila para falar sobre a polêmica e tentar se redimir. Não sei se conseguirá.

PROFISSIONALIZAÇÃO SANTISTA - O Santos, sob nova presidência desde o começo do ano, está tomando o caminho certo. O novo mandatário da Baixada, Luis Álvaro de Oliveira, tenta agora profissionalizar a gestão santista. E, para isso, contratou um time de executivos para orientar nas ações mercadológicas do clube. A medida foi destaque em matéria do Portal Exame.

UPDATE - Como palavra é palavra, deixo aqui um abraço para os santistas Érico Ribeiro e Nenê Mello. E uma menção especial ao Bernardo, outro torcedor da Baixada e leitor assíduo do blog.

segunda-feira, 1 de março de 2010

ESPECIAL LIBERTADORES 2010 - INTERNACIONAL


Pois bem pessoal,

A partir de hoje e durante todas as segundas-feiras, vocês poderão conferir aqui uma entrevista especial com blogueiros-torcedores (ou torcedores-blogueiros, se preferirem) sobre aquilo que esperam do desempenho de seus respectivos clubes na Libertadores 2010. Para iniciar o quadro, o entrevistado da semana é o colorado Matheus Reck, colunista do Blog do Torcedor no site da Globo. Com a palavra, o gaúcho fanático pelo Inter de Porto Alegre.

"A minha expectativa é que esta seja uma das mais disputadas Libertadores da história, pois com exceção do Corinthians, só os clubes que nunca caíram aqui no Brasil estão nela. Mesmo não tendo o Boca - que na atual situação não faria diferença - tem a nata do futebol brasileiro nela. E neste século, são os brasileiros que a dominam. Quanto ao meu Inter, espero que faça um ótimo torneio e que o finalize como em 2006. Temos time para isso".

Quais clubes você apontaria como favoritos para a disputa da Taça Libertadores?
Internacional, Cruzeiro ou Estudiantes. Pra mim vai ficar com um desses três.

Qual adversário deve ser o mais difícil desta primeira fase para o Inter?
Pelo que vi, o Cerru-URU vai incomodar. Contudo, a altitude em Quito pode atrapalhar também. Mas vale relembrar que ganhamos a LA 2006 jogando lá também. E só perdemos de virada.

Qual clube brasileiro você acredita que terá dificuldades na primeira fase?
Nenhum.

Qual a principal qualidade de seu clube para a disputa da Libertadores?
Justamente a qualidade do grupo e do comando.

Jogador no qual você mais deposita esperanças?
Giuliano

E a principal deficiência de sua equipe?
Um atacante matador.

Final que você deseja ver no dia 18 de agosto?
Internacional x Estudiantes.
*crédito da foto: Agência France Press

PERGUNTA DO BLOGUEIRO

O Santos foi melhor e fez por merecer os 2 a 1 no grande clássico de ontem na Vila. Ficou até barato.

Mas e se Tcheco faz aquele gol perdido quase debaixo das traves santista aos 41 minutos? Como seriam as manchetes dos jornais de hoje?

"Nove guerreiros em campo arrancam empate na Vila"? "Garotada do Santos vacila e deixa escapar vitória"?

Ah, as delícias e as contradições do mundo da bola. Exaltação e execração andam lado a lado. E é bom o jovem time santista acostumar-se com isso....