BALANÇO PAULISTA: O SALDO DE 2009

Corinthians - Dois títulos impecáveis (um de maneira invicta), um futebol de primeira grandeza apresentado no primeiro semestre, além do retorno fenomenal de Ronaldo, da vaga garantida na Libertadores e do lamentável - e aparente - desprezo pelo segundo semestre. Perdeu uma chance única de conquistar a tríplice coroa.

São Paulo - Eliminado em casa nas quartas-de-final pelo Cruzeiro na Libertadores, o tricolor paulista também sucumbiu diante do Corinthians na semifinal do Paulista, mas figurou na terceira colocação do Brasileiro e garantiu sua sétima Libertadores consecutiva. Dos males o menor.

Palmeiras - O grande prejudicado em 2009. Fez altos investimentos - tanto na comissão técnica quanto em contratações, repatriou Vagner Love, segurou seus principais jogadores na janela do meio do ano e, mesmo depois de liderar o Brasileiro por 18 rodadas, não obteve sequer uma vaga na Libertadores em 2010. Um ano amargo para os palestrinos. E cheio de contas a pagar. UPDATE: Matéria na Folha de hoje fala na ordem de R$ 21 milhões de deficit só neste ano. Um arrombo tremendo...

Santos - Dos grandes paulistas, o time da Baixada foi o que mais fez figuração durante todo o ano. Apesar da decisão no Paulistão. Mas ao menos surge uma luz no fim do túnel com a eleição de Luis Álvaro na presidência. Afinal, reformular os bastidores políticos da Vila era urgentemente preciso.

UM TÍTULO EM BOAS MÃOS!

Falar em méritos em um campeonato tão equilibrado e de baixo aproveitamento como este é um tanto quanto complicado. Ainda mais se considerarmos que a pontuação - e o aproveitamento - do campeão serviria, por exemplo, para deixá-lo de fora da vaga direta da Libertadores em grande parte dos outros anos. No máximo, o Flamengo de 2009 obteria uma repescagem ou uma terceira colocação em anos anteriores.

Mas ainda assim, a verdade é que o Flamengo foi a única equipe que diferenciou-se dos demais postulantes na reta final. Ainda mais quando o assunto é futebol vistoso. E fez por merecer a conquista de um título que a equipe carioca já não via há 17 anos. De quebra, igualou-se ao São Paulo como o maior campeão, desde que o Brasileiro passou a ter essa denominação em 1971.

A alegria do fim de ano é totalmente rubro-negra e também dos tricolores cariocas que conseguiram uma façanha épica ao livrar o time de um vexaminoso e quase certo rebaixamento. Ainda que seja daquelas proezas das mais dolorosas possíveis de serem comemoradas. Mas definitivamente, épica. Já a decepção generalizada nem preciso dizer que é verde. E, porquê não, também do tricolor paulista que esteve a um jogo de tornar-se heptacampeão brasileiro.

E que venha 2010, com uma Libertadores que promete. Ainda que esteja sem Boca e River, os dois gigantes argentinos. Ah, e o no meio do ano, teremos ainda uma Copa do Mundo. Um ano que, com certeza, será pra ninguém botar defeito. Aguardemos ansiosamente....